quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Assembleia de Freguesia: O que realmente importa

Hoje li (e reli) com atenção o que o João Coelho escreveu para o Jornal Região de Águeda sobre a ultima sessão da Assembleia de Freguesia. Embora reconheça o valor jornalístico da informação ali prestada, parece-me que foi dado demasiado destaque a uma situação que, de tão recorrente, nada acrescenta ao que realmente interessa à Freguesia. 
É certo que a discussão não foi muito produtiva (tal como eu tinha previsto na publicação anterior), pois parece que tudo estava preparado para ser "abreviado" e poucos tinham disposição para intervir.
Acho que o Presidente da Junta também não esteve bem ao entrar no desafio de "medir à fita" o trabalho realizado antes e depois. Para quem está habituado a estas lides, parece-me mau deixar-se "enrolar" neste tipo de quezílias sem nexo. 
Quanto às propostas e à criticas que tive oportunidade de fazer sobre elas, parece-me "curto" fazer uma lista de propostas que, algumas delas, constam nos Planos de Actividades há décadas.
Mas o que realmente importa é o que ficou por dizer. Ficou por dizer o que realmente se pretende de uma União de Freguesias que é a segunda maior do concelho. Qual é a linha de rumo que pretendemos trilhar e "onde é que queremos estar" no final desta legislatura. 
Para isso é necessário traçar um projecto politico. Passar o tempo a queixar-se da falta de apoio da Câmara Municipal e da escassez dos meios, não vai fazer com que esses meios se multipliquem.
Renovo aqui a critica da falta de criatividade. E para que não percebeu o que quero dizer com falta de criatividade, posso começar por dizer que podiam começar por alterar a forma como apresentam a "Plano de Actividades". Elencar, por áreas de actuação, os objectivos que se propõe, explicar como pretendem lá chegar e qual o valor que pretendem alocar a cada objectivo.
Posso ainda voltar a explicar que há oportunidades que se apresentam fora do contexto habitual (financiamento do Estado e da Câmara Municipal).
Deixo aqui um exemplo do que poderá/deverá ser um verdadeiro "Plano de Actividades": https://www.cm-agueda.pt/uploads/document/file/2315/GOP2015_assinado__signed_.pdf

domingo, 27 de dezembro de 2015

Última Assembleia de Freguesia de 2015

Amanhã temos mais uma sessão da Assembleia de Freguesia. A última de 2015. Nesta sessão serão abordados vários temas, mas destaco a "discussão" de votação do Plano e Orçamento para 2015.
Já tive oportunidade de falar sobre o papel que eu gostaria que a Assembleia tivesse na escolha das opções para a Freguesia. Mas a democracia é o que é, e regesse pela vontade das maiorias. E esta maioria é a vontade do povo que nos elegeu. Por isso, a suposta discussão do Plano e Orçamento, não deverá passar de uma mera aprovação daquilo que o executivo apresentar. Até porque a sessão será seguida de um jantar  de fim de ano e a "paciência" para discutir e analisar os documentos não será muita.
Mas a minha reflexão de hoje tem mais a ver com o meu conceito de Assembleia e as vantagens e desvantagens das maiorias.
Na minha opinião as maiorias retiram capacidade de negociação e disponibilidade para ouvir as partes envolvidas. Decide-se antecipadamente e depois a Assembleia aprova e pronto. Acontece com o Governo da nação, com as Câmaras Municipais e com as Juntas de Freguesia. Portanto, esta critica não é exclusiva desta ou daquela situação em particular, mas sim na globalidade.
Por outro lado, as maiorias dão estabilidade. Permitem, a quem é eleito, cumprir o seu programa e implementar as suas ideias sem estar sujeito à vontade de outras forças políticas.
É assim, nem tudo é bom e nem tudo é mau. As pessoas fazem, como sempre, toda a diferença. A política é feita por pessoas e deve ser feita para as pessoas. Se, para cumprirmos esse objectivo, tivermos que "ceder" ou "rectificar" algumas das nossas ideias iniciais, para mim, será sempre um sinal de inteligência e nunca de fragilidade.
A ver vamos! 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Regeneração Urbana; uma oportunidade

A Câmara Municipal de Águeda já definiu a zona de intervenção para a Reabilitação Urbana (ARU) para a cidade. A medida foi aprovada pela Assembleia Municipal, com carácter de urgência, para poder concorrer a apoios do Portugal 2020.
Mas, nessa sessão da Assembleia Municipal, o Presidente prometeu que iriam ser definidas mais vinte ARU, nas freguesias.
Para a União de Freguesias de Recardães e Espinhel, referiu que estavam previstas três áreas de intervenção. Uma em Recardães de Baixo, outra em Paradela e outra em Espinhel.
Ora, aqui está uma "janela" de oportunidade para as Juntas de Freguesia, que se queixam de falta de obras no seu território (algumas com razão, outras nem por isso), para poderem ver alguns projectos de grande impacto para a população serem financiados com apoios comunitários. É uma oportunidade para exigir que seja dado um tratamento idêntico ao que foi dado à cidade. Não basta a Câmara e o estado, darem benefícios fiscais aos proprietários. É preciso que a Câmara promova também obras de interesse comunitário nessas zonas. Que apoie os proprietários na elaboração das candidaturas. Trata-se de processos com alguma complexidade que, se não houver apoio, dificilmente o cidadão mais comum terá acesso a estas candidaturas.
À Junta de Freguesia, cabe o papel de mediador e de facilitador destes processos. É preciso estar atento e não deixar passar estas oportunidades. Às vezes andamos tão preocupados com o farelo que deixamos escapar a farinha.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Parque da Pateira sem Casas de Banho. Por quanto tempo?

O parque na Pateira de Espinhel, dificilmente terá o novo edifício, com casas de banho e bar, a funcionar no próximo ano.
Já passamos "um ano" sem esta infra-estrutura e parece que ninguém se preocupa minimamente em resolver o problema com celeridade de forma a termos um serviço, que é básico, na próxima primavera. 
Já ouvi muita gente a criticar, outras a desculparem-se, mas ainda não vi ninguém a assumir um prazo para que a situação seja ultrapassada. Só vejo gente a criar obstáculos e poucos a darem soluções.
Todos sabem que fui contra a demolição do edifício antigo e  alguns sabem que tenho sugerido várias soluções para resolver o problema rapidamente. Forneci/sugeri modelos, projectos e orçamentos. Agilizei contactos para encontrar a melhor solução, tanto de localização como tecnicamente. Mas o que é certo é que, quase um ano depois dos primeiros contactos, tudo parece estar na mesma.
Espero estar enganado. E se estiver, venho aqui penitenciar-me por isso. Mas continuo convicto que não deixamos de ser aquilo que não gostamos que nos chamem.
A ver vamos!

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Junta reduz horário de funcionamento Posto de Espinhel

Na ultima campanha autárquica foi assumido por todas as candidaturas, nomeadamente pelos vencedores das eleições, que as freguesias não iriam perder a sua identidade nem os serviços que tinham até aí. Aliás, a grande bandeira da "agregação" era de que todos ficaríamos a ganhar, pois teríamos possibilidade de obter outros meios que sozinhos não conseguiríamos.
Se numa fase inicial se reconhece um esforço de "conquista" da popularidade e simpatia das populações da Freguesia de Espinhel, através de uma série de trabalhos e "operações de charme", o que é certo é que lentamente sentimos o esvaziamento desse ímpeto inicial.
Na ultima sessão ordinária da Assembleia, um dos elementos elencou uma série de problemas que, segundo ele (e eu concordo), fazem com que a população se sinta defraudada. Ora, esta critica, vinda de uma elemento que faz parte do grupo do poder, é tudo menos menos suspeita. 
Numa primeira fase, alteraram o horário de funcionamento, abrindo e fechando meia hora mais cedo. Depois retiraram uma funcionária do Posto de Atendimento de Espinhel, deslocando-a para Recardães. Agora acabam de reduzir o período de funcionamento em mais meia hora. Ora, este horário parece-me claramente desadequado para as necessidades das populações. Fechar os serviços às 18h, quando algumas pessoas ainda não saíram do trabalho, parece-me uma decisão precipitada e desadequada.
Não sei o que se preparam para fazer a seguir, mas isto vai ter de ser esclarecido em breve. Eu nunca aceitarei calado, perder o pouco que ainda nos restou depois desta aventura que foi (para mim) esta agregação. 
É certo que foi este o destino que o povo escolheu, dirão alguns, e agora há que "aguentar". Mas nunca lhe foi dito que iriam perder aquilo que tinham no passado, muito pelo contrario.
Acredito que haja algumas excepções na freguesia de Espinhel. Acredito que, como no passado, há lugares com mais privilégios que outros, mas de uma forma geral, ainda estão por provar as vantagens de sermos a segunda maior freguesia do Concelho.
A ver vamos!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Este é um país fantástico

Já dizia Júlio César, antigo imperador romano (100-44 a.C): "Há nos confins da Ibéria, um povo que nem se governa nem se deixa governar".
Este é realmente um povo incomum. Depois de uma época de extrema austeridade, em que o povo saiu à rua varias vezes em protesto, em que a classe média perdeu muito do seu poder de compra, em que muitas famílias perderam as suas casas, os seus filhos emigraram em busca de alternativas, eis que, este mesmo povo, decide continuar este caminho que tanto (aparentemente) lhe tinha custado a percorrer. 
Acredito que este povo tenha a esperança de que tenha valido a pena, e que a partir de agora, o caminho seja mais suave e, talvez um dia, lhe devolva uma melhor qualidade de vida. 
Mas eis que uma classe privilegiada, não tocada por esta austeridade avassaladora, não compreendeu o que se passou ao fim de todo este tempo. Uns, empolgados com os resultados (acho que nem mesmo eles os esperavam), acham que tudo continua na mesma e não tem que alterar a linha de rumo seguida até aqui. Outros, não perceberam que não conseguiram aquilo que parecia óbvio, e "ressaibiados", tentam iludir-se, querendo transformar uma derrota em vitória.
Esta, já longa, introdução serve para expor aqui uma solução que me parece tão óbvia, que às vezes me sinto um "perfeito anormal".
Então o(s) partido(s) que ganharam as eleições não tem o dever de formar um governo? Não é a eles que cabe encontrar uma solução estável para tentar levar esta legislatura até ao fim? Se é isso que diz a constituição, então que o façam. E que o façam o mais rápido possível. E que o façam sem grande alarido, sem ameaças e de boa-fé. Eles também tem de perceber que tem de fazer cedências. Assim como quem ficou em segundo lugar, não pode querer impor o seu programa na totalidade. Tem de saber ceder também. Só assim se poderá chegar a uma solução rápida e duradoura.
Se não conseguirem, então que se passe para a solução seguinte. Que se chame o segundo mais votado e que seja ele a propor uma solução igualmente estável.  Mas não é isso que se está a passar. Parece que todos se querem atropelar e fazer tudo ao mesmo tempo. Negociar à esquerda e à direita ao mesmo tempo, para ver que dá mais.
Se o bom-senso fizesse parte das qualidades desta gente, já tinha saído dali uma solução. Mas parece que o interesse dos partidos se sobrepõe ao interesse do país e, quando assim é, estamos realmente nas mãos de gente de muito fraca qualidade.


sábado, 10 de outubro de 2015

Assembleia de Freguesia: As inconformidades do costume...ou nem por isso

Desde a primeira hora que foi acusado de ter "excesso de zelo" e querer complicar o exercício do poder.
Como se costuma dizer, "não há uma segunda oportunidade para causar uma primeira impressão". E provavelmente terá sido isso que aconteceu.
Na altura da tomada de posse dos órgãos autárquicos, chamei à atenção para uns "pormenores" que não tinham sido cumpridos. Enquanto o Presidente da Junta, presidia ainda à assembleia, esta ficou por alguns instantes com 13 elementos, o que não era possível. Primeiro o Presidente da Junta teria de se retirar para a mesa do executivo e só depois "subia" outro elemento para o seu lugar. Mas a coisa passou assim e ninguém fez grande questão com isso. E isto já era uma questão que eu tinha levantado no mandato anterior, pois aconteceu exactamente a mesma coisa.
Agora, na penúltima sessão, o Presidente da Junta não compareceu e não delegou a sua função num dos seus colegas de executivo conforme manda a lei. Fiquei surpreendido em ver um vogal no lugar do presidente, pois isso não era habitual, embora a actual lei o permita. Mas a Presidente da Mesa não esclareceu qual dos elementos substituía o Presidente da Junta, embora fosse claro qual era, mas apenas pela posição que ocupava na mesa.
Na ultima Assembleia tive o cuidado de fazer jus à minha fama e alertar para mais esta inconformidade.O Presidente da Junta bem tentou arranjar uma desculpa dizendo que podia delegar em qualquer um dos outros membros, mas a lei é clara: 
2 — Compete ainda ao presidente da junta de freguesia:
.....
b) Proceder à distribuição de funções pelos restantes
membros da junta de freguesia e designar o seu substituto
nas situações de faltas e impedimentos.
É claro que não vem nenhum mal ao mundo por isso, mas há mínimos que se devem cumprir. Alguns dirão que; se fosse noutro tempo "caía o carmo e a trindade". Mas o que é certo é que fui o único a pensar no assunto e a dar pelo  lapso. Acredito que depois disto, pelo menos esta inconformidade não voltará a acontecer.
Outro dos "lapsos" que vejo acontecer frequentemente é o facto de vários membros da Assembleia misturarem os assuntos e falarem fora de tempo, sem que ninguém lhes chame à atenção. O período antes da ordem do dia serve para colocar questões novas, assuntos que não estejam relacionados com a ordem do dia, nomeadamente com a informação do Presidente da junta sobre o trabalho de executivo e a situação financeira. Mais uma vez, fiz o papel de "implicativo" e alertei para esta "balburdia" que se agrava de sessão para sessão. Acredito que, a partir de agora, também a Presidente da Mesa tenha mais atenção a estas situações.
Bem, já que tenho a fama, que ao menos tenha o proveito de contribuir para uma melhor produtividade nas assembleias. Que me perdoem os meus parceiros de bancada.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Cruzamento na Piedade continua um perigo

A situação do cruzamento da Piedade, na EN333, continua por resolver. As entidades, que podem e devem fazer qualquer coisa, "chutam" uns para os outros e a situação mantém-se na mesma. Para alem de mandarem a GNR colocar lá o radar de velocidade para multar os infractores, não se conhece nenhuma medida para controlar a velocidade e fazer respeitar as passagens de peões.
Já em tempo sugeri que fossem colocadas "lombas" para obrigar os condutores a diminuírem a velocidade. Rapidamente vieram os entendidos dizer que não era permitido fazer isso numa estrada nacional. Contrapus, dizendo que em Oiã, em frente à clínica, também lá existem lombas e é exactamente a mesma EN333. 
Cheguei também a sugerir que se marcasse a estrada com uma cor diferente, pois é uma das soluções mais económicas para sinalizar zonas de perigo e parece que surte bastante efeito.
Isto para não falar dos semáforos de velocidade, que sendo a solução mas dispendiosa, seria provavelmente também a mais eficaz.
Já há histórico de vários acidentes, alguns deles com gravidade, nesta zona. Cheguei a enviar algumas fotos para a Câmara Municipal a comprovar isso mesmo e a sugerir as várias soluções possíveis. Mas passados quase seis anos, tudo continua nas mesma.
Será que é preciso morrer lá alguém para, de repente, aparecerem os semáforos, como aconteceu na Mourisca, em Serém ou em Mamodeiro?

domingo, 4 de outubro de 2015

Rua da Ponte sempre vai ser alargada

Felizmente sempre houve acordo para alargamento na Rua da Ponte, em Espinhel, junto ao adro da Igreja.
Depois de algumas tentativas goradas de acordo com o proprietário, finalmente as obras de alargamento já se iniciaram. Este alargamento vai permitir melhorar o tráfego, a visibilidade para os peões e também o estacionamento.
Ainda sem saber os pormenores das condições da "negociação", cabe-me elogiar a boa vontade das partes para se chegar a um entendimento. Quando há dialogo e bom-senso, tudo se arranja.
Parabéns a todos.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Gravação das Assembleias de Freguesia

Após seis anos a bater-me pela transparência do que se passa nas Assembleias e pela facilitação de quem redige as actas, eis que finalmente consegui ver esta medida aprovada.
Para quem não está habituado a estas coisas, pode parecer insignificante mas, quem para está envolvido, isto pode fazer toda a diferença.
Já há muitos anos que as Assembleias Municipais no nosso concelho são gravadas. Nos últimos anos, para além da gravação audio, são tambem transmitidas via internet e assim passam a ficar gravadas em audio e video. Isto é uma mais valia e uma forma de abertura a toda a população que não tem hipótese de ir às Assembleias. Mas nas freguesias, que eu saiba, as gravações audio não são feitas de forma regular. Isto causa muitas duvidas na discussão e aprovação das actas, pois não é fácil que, passados três meses, as pessoas se lembrem de tudo o que se passou na assembleia anterior.
Se tudo correr como combinado, hoje teremos a primeira Assembleia de Freguesia com gravação audio oficial. Vai ser na Piedade, na sede da ARMEP, pelas 21.30h, e tem apenas um ponto na Ordem do Dia (para alem da informação do Presidente da Junta) relativo a mais uma revisão do orçamento. No entanto, no período "Antes da Ordem do Dia", não faltarão assuntos para debater o estado da Freguesia.
Apareçam!


sábado, 5 de setembro de 2015

Passagem de herbicida deixa cenário desolador nas valetas

As Juntas de Freguesia tem optado, de uma forma geral, pela aplicação de herbicida químico para matar as ervas nas valetas.
Nunca fui grande apologista desta solução para as valetas dentro das localidades. Para mim só tem desvantagens. Custa dinheiro, ainda mais agora com novas exigências da legislação. Tem de ser aplicado por técnicos habilitados, o que nem sempre acontece. É prejudicial à saúde (por mais que digam que não, o que é certo é que até é obrigatório colocar editais para avisar da sua aplicação). É prejudicial ao meio ambiente e, ainda por cima, deixa um cenário desolador alguns dias depois. As ervas, muitas com meio metro de altura, ficam secas mesmo em frente às casas, o que não é nada agradável de ver. Se, pelo menos, passassem depois a limpar o "lixo" que fica, ainda a coisa passava quase despercebida. Mas assim fica um cenário desolador.
Há já sistemas deservagem não-química no mercado. No Orçamento Participativo de 2015, em Águeda, há mesmo uma proposta para aquisição desse equipamento a titulo experimental. Eu acho que, pelos menos dentro das localidades, a enxada ainda é o sistema mais ecológico e prático. Se dá trabalho, lá isso dá. Mas qualquer dos outros sistemas também dá trabalho e é mais prejudicial para todos. 
O Presidente da Junta disse recentemente, que gostaria de aplicar um herbicida mais eficaz (passe a publicidade) ...o da Cimpor. Queria ele dizer que gostaria de cimentar mais valetas de forma a que as ervas deixassem de ser um problema. Mas, segundo ele, o dinheiro não chega para tudo e por isso vai aplicando do tal herbicida químico. 
A minha sugestão é que, pelo menos dentro das localidades, evitem colocar químicos, ou se os tiverem de colocar, pelo menos limpem as ervas antes ou depois da sua aplicação. E vejam os sistemas disponíveis no mercado que não poluam tanto e não deixem este triste cenário nas nossas aldeias.
Quanto ao tal "herbicida" da Cimpor (ou de outra marca), façam bem as contas e vejam quanto custo ao longo de quatro anos a colocação dos herbicidas e vejam para quanto km de valetas dariam para fazer.


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Alargamento da Rua da Ponte pode estar em risco

As obras de alargamento da Rua da Ponte em Espinhel (que liga a Igreja à ponte sobre o Rio Águeda) e a construção de passeios, já esteve protocolada com a Câmara Municipal há cerca de dois/três anos e acabou por não se concretizar. Na altura não foram bem esclarecidas as causas de não se ter avançado com a obra, pois o dinheiro foi disponibilizado pela Câmara (o cartaz esteve lá afixado e tudo) e depois não sei de o dinheiro se "perdeu" ou se foi para outra obra.
Mais tarde parece ter havido uma nova tentativa de resolver as questões pendentes e avançar finalmente com a obra, mas até agora nada se fez. 
O que me leva a trazer agora aqui este assunto é o facto de "alegadamente" o proprietário, que supostamente estaria disponível para ceder uma faixa de terreno, ir agora reconstruir o muro junto à rua e assim provavelmente inviabilizar qualquer acordo para uma intervenção a breve prazo.
Não conheço em pormenor as exigências que o proprietário fez para cedência daquela faixa de terreno, no entanto, parece-me que se devia tentar chegar a um acordo entre as partes para que fosse possível fazer o alargamento antes da obra.
Sei que no passado se abriram alguns precedentes e agora os proprietários quando tem alguma coisa para "dar" estarão a fazer valer-se da sua posição para obter as melhores contrapartidas. Até certo ponto é legitimo que assim seja. Mas deve imperar o bom senso e as partes devem "sentar-se à mesa", discutir o que é possível fazer para que toda a gente se sinta confortável com o resultado.
Aquela zona merece ter um outro tratamento e outro aspecto. É das zonas mais frequentadas do lugar e com maior quantidade de tráfego. Não é demais lembrar que ali já aconteceu um acidente grave, talvez provocado tambem pela pouca visibilidade dos peões ao atravessar a rua.
Por tudo isto, acho que se deve ir ao limite para encontrar uma solução que agrade a todos. Eu estarei disponível para ajudar naquilo que for preciso.
Haja bem senso!

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Mais um desafio

Isto de ter a mania de dar opiniões/ideias sobre a melhoria das condições de vida das populações, tem consequências.
Há três anos atrás, deu-me na cabeça ir serra acima para encontrar um "refugio" para fugir à rotina, na altura bastante agitada, do dia a dia. Então fui parar a uma pacata aldeia do Concelho de Arganil, em plena Serra do Açor, chamada Casal Novo.
Uma aldeia fantástica, com casas de xisto "plantadas" à beira do Rio Ceira. Gente simples, acolhedora e ávida de atenção e companhia.
Lá comprei um "palheiro" velho e, com muito custo e ajuda da família, lá fiz uma obras e construí o meu refugio. Uma casinha em xisto, modesta, com uma vista fantástica sobre o rio e uma paz de arrepiar.
Agora chegou mais um desafio. Participar na dinamização da aldeia, através de uma Comissão de Melhoramentos com mais de meio século de existência. As pessoas da aldeia depositam em mim a esperança que muitos perderam noutros tempos. Tempos em que viram os seus filhos fugir para outras paragens à procura de melhores condições de vida.
Hoje a aldeia que virar-se para o turismo. Quer atrair novos habitantes, mesmo que sejam de fim de semana, oferecendo-lhe melhores condições de vida e repouso. Há imensas casas abandonadas e até em ruínas que é preciso não deixar cair completamente. É preciso devolver vida à aldeia e manter as tradições e o património natural e edificado.
Não podia recusar o convite. Não faz parte do meu "adn" dizer que não aos desafios que acho possíveis de alcançar. Por isso lá estarei. Que me desculpe a família, que sabe que vai sofrer com mais este desafio. Mas com uma melhor gestão do tempo e com muita dedicação e trabalho, será possível fazer mais e melhor por aquela gente.
Vamos a isso!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Questões de periferia

Muitas vezes dou comigo a pensar...e se eu tivesse nascido na cidade. Ou se me tivesse mudado para lá? Como seria a minha vida actualmente? Como seriam vistas as minhas ideias? Que vantagens teria uma vida citadina? O que ganho eu continuando a pertencer à periferia?
Para algumas destas perguntas já encontrei repostas, mas para outras talvez nunca as venha a encontrar.
Houve uma fase da minha vida, em que, por razões profissionais, passei muitos dias e muitas noites em grandes centros urbanos. Muitos quilómetros de estrada e muita experiência adquirida noutras paragens.
Mas eu mantenho um orgulho enorme de não me ter deixado contaminar pelas "facilidades" dos grandes centros. Continuo "agarrado" a esta pacata aldeia, onde vou tentando levar uma vida desafogada e feliz. 
Mas isto tambem tem as suas desvantagens. Os "periféricos" são sempre vistos como acessórios. Não nos levam muito a sério. Não nos querem dar direito sequer a pensarmos em grande. Isso é coisa para os outros, que tem outras "habilitações" e outros meios. 
Mas eu penso. Uma vezes em grande outras nem por isso. Com as minhas limitações, mas penso. E ao pensar incomodo. 
Como já perceberam, não sou de me acomodar e por isso talvez seja incómodo. Mas, há alturas na vida, em que temos de assumir riscos. E incomodar, nos tempos que correm, é um risco.
Mas, depois de quase meio século de vida, já não tenho "pachorra" para certas coisas. Por isso, não se surpreendam se me voltar a faltar a paciência.


sábado, 1 de agosto de 2015

Orçamento participativo: O "chumbo"

Pois tal como se adivinhava, a proposta para a aquisição de uma embarcação movida a energia solar, para colocar na Pateira, foi chumbada pela Comissão Técnica do OP de Águeda.
O argumento usado para o chumbo, foi de que eram necessários pareceres de outras entidades e não haveria tempo para os conseguir no prazo limite. Ok. Até posso vir a concordar com este argumento, pois pode vir a ser verdade. Mas o que não posso aceitar é que uma comissão técnica, nem se digne a chamar os proponentes e falar com eles sobre a proposta. Como não ouviu, não sabe que os pareceres já foram pedidos e já veio a primeira resposta do ICNF. Este organismo, que tutela as actividades deste tipo em zonas protegidas, pediu mais informações, que lhe foram prestadas, e vai responder (pelo menos é o que prometeu) durante o mês de Agosto.
A Comissão tambem podia ter sabido que já há orçamentos para a embarcação e que ficam por menos de metade do valor permitido no regulamento.
Tambem podia ter sabido, que o modelo de exploração envolve vários parceiros, que assumem os riscos da actividade, não trazendo encargos futuros para o Município.
Mas para que tudo isto tivesse acontecido era necessário querer e fazer.
Acredito que o trabalho tenha sido muito e que dado o volume de propostas, não tenha sido possível ouvir toda a gente. Mas eu estou à distancia de um telefonema ou de um email. E tudo isto podia ter sido evitado.
Mas fica a esperança de novas oportunidades, nem que seja para outros protagonistas.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Orçamento Participativo: do entusiasmo à desilusão

Pela primeira vez na história do Município de Águeda, o executivo decidiu avançar com meio milhão de euros para o Orçamento Participativo.
Aprovado o regulamento,  foram criadas expectativas de que as freguesias tinham direito a apresentar uma certa quantidade de propostas, variável de acordo com a sua população. Mas o que assistimos nas sessões participativas, foi uma clara "invasão" por pessoas com propostas que nada tinham a ver com as Freguesias em causa. Conclusão: afinal uma freguesia que tinha direito a apresentar cinco propostas, acabou por ver aprovadas apenas duas. As outras eram de âmbito concelhio e não de freguesia. Foram apresentadas em varias sessões diferentes, até serem aprovadas.
Isto devia ter sido acautelado no regulamento e não foi. As propostas apresentadas nas sessões participativas nas freguesias deviam ser exclusivas da freguesia em causa. As propostas de âmbito concelhio deviam ser apresentadas em sessão própria.
Também as questões técnicas não foram esclarecidas convenientemente e o que acontece agora é que a Comissão Técnica tem poderes para rejeitar qualquer proposta que entender.
Prometeram também que os proponentes de propostas aprovadas e "repetidas" seriam chamados para as "fundir" numa só, mas até agora, pelo menos comigo, isso não aconteceu. Talvez a minha proposta (2ª mais votada on-line) não tenha passado na analise técnica.
Ontem deve ter ocorrido a ultima reunião de analise técnica das propostas. Aguardo,  com expectativa, as noticias sobre as decisões finais.
Naturalmente isto é um processo onde todos estão a aprender, mas que, até agora, isto não está a correr bem, isso não está.
Mas vamos acreditar que tudo vai acabar bem.
A ver vamos.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Algumas considerações

Passados quase dois meses, na prometida reflexão, decidi tecer algumas considerações sobre os desenvolvimentos recentes da nossa terra e de alguns comentários que apenas agora tive a oportunidade de ver neste blogue.
Há coisas que custam a entender (mesmo depois de reflectir). Que as pessoas gostam de assuntos polémicos, já todos percebemos. No entanto não são capazes de dar a cara por eles (nem por nada). Escondem-se atrás do anonimato para mandar uns "bitaites" e tentar condicionar a opinião e o comportamento dos outros. Mas vamos ao que interessa porque dos fracos não reza a história.
Por razões profissionais não tem sido possível acompanhar como queria a actividade local nestes últimos tempos. No entanto tenho cumprido o mandato para o qual fui eleito e tenho (penso eu) cumprido a minha missão, sendo talvez dos membros que mais assuntos levanta nas assembleias (para o bem e para o mal). Pena é que sejam poucas (quase nenhumas) as pessoas que marquem presença nessas sessões. Nem a descentralização das assembleias tem surtido o efeito desejado, que era levar a população a participar mais activamente na politica local.
Quem quer ficar no sofá a ver TV ou a vasculhar a vida dos outros na Internet, corre o risco de não ter opinião própria e de se deixar influenciar pelos outros. É preciso levantar o "rabo" do sofá e ir lá para ver e saber o que realmente se passa e quem levanta as questões
Já aqui escrevi várias vezes que este não é uma espaço de noticias. É sim um espaço de opinião. Escrevo sobre aquilo que me apetece e quando me apetece. Sempre cumprindo as regras de ética e boa educação que me ensinaram. Depois destes anos todos de intervenção na vida publica, há muito pouca gente capaz de me dar lições de moral.
Passada esta "introdução", vamos à primeira consideração. 
As obras do Parque da Pateira foram inauguradas no inicio do mês e os membros da assembleia de Freguesia (tal como eu) receberam o convite com dois dias de antecedência. Como membro da assembleia respondi de imediato a protestar pelo forma como estava a ser tratado este assunto. Não é com dois dias de antecedência que se convida ninguém para uma "cerimónia oficial". Protestei e não participei na cerimónia, pois já tinha assumido outro compromisso para essa data.
Não tive feedback de como correi a inauguração, mas lamento que se tenha inaugurado um parque naquelas condições. De uma forma geral, as pessoas que vem de fora tem elogiado o parque, mas para nós, que conhecemos isto como era, ficamos algo desiludidos com o trabalho final. Mas acredito que depois de uma ajardinamento melhorado e mais uns meses passados o parque possa vir a ter outro aspecto. Preocupa-me muito o custo de manutenção daqueles equipamentos e o que o "potencial" vandalismo possa fazer.
Quanto ao evento de encerramento do Freguesia em Festa, aconteceu exactamente o mesmo. O convite chegou com os mesmo dois dias de antecedência. Sei que o executivo não é dado a "formalidades", mas há mínimos de se devem exigir. Se querem uma participação das pessoas, devem trata-las de forma correcta. Terão a resposta na devida altura.
Outro dos pontos "quentes" é a opção recente do executivo da Junta por uma investimento de 65.000€ numa zona desportiva no centro de Recardães. Isto é a totalidade do valor a "receber" em protocolo durante todo o ano de 2015. Parece-me desproporcionado investir a totalidade do valor a receber num ano numa só obra. Para além disso, ainda há que comprar terrenos que deverão ascender a muitos milhares de euros. Sinceramente esperava outra ponderação e mais equilíbrio entre as duas freguesias. Conseguimos obter um compromisso do Presidente da Junta de que, se os terrenos não estivessem comprados até final de Agosto, este protocolo seria "rescindido" e seria feito outro de igual valor para outras obras nas freguesias. Considero que uma União de Freguesias desta dimensão merece uma zona desportiva de qualidade, mas há que ponderar bem os investimentos e tentar aproveitar outras infraestruturas já existentes para minimizar os custos desta obra.
Estarei atento ao desenvolvimento deste e novos assunto conforme a disponibilidade e importância que lhe atribuir, mas não serão comentários despropositados e infundados que me irão condicionar.
Até breve!




quinta-feira, 28 de maio de 2015

Uma questão de ADN

Desde cedo que me interesso pelas questões de bem-estar e progresso colectivo. Como se costuma dizer: está-lhe no sangue! 
Por diversas circunstâncias que a própria vida nos trás, tem alturas em que as disponibilidade e o ânimo são maiores do que outras. Mas o interesse mantém-se. Não vou aqui descrever o meu percurso de intervenção cívica, mas há algumas considerações que me apetece fazer.
Na altura em que, por razões meramente casuais, me foi oferecida a possibilidade de entrar na vida politica com algum destaque, esta questão de ADN, passou a ser vista por alguns como necessidade de procura de protagonismo. Se até essa altura estava tudo bem e a "carolice" era bem aceite, e até usada, para serviço comum, a partir daí as coisas mudaram de figura. Mas, estamos num pais livre e cada um pensa e diz o que quer. 
Isto vem a propósito de há uns dias, após um desabafo de que alguns projectos de interesse publico onde estou envolvido não estavam a ter um andamento tão célere como eu gostaria, fui "acusado" de exigir demais e de querer muito protagonismo. Isto "bateu fundo" e fez-me pensar se valerá a pena continuar a lutar por causas públicas com o mesmo entusiasmo. Estou por isso em "tempo de reflexão". Já tomei algumas decisões, mas continuo em estado de reflexão profunda.
Até qualquer dia! 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Isto já foi terra de brandos custumes

Espinhel sofreu durante muitas décadas de "atrofiamento" urbanístico. A maioria dos terrenos de construção pertencia a famílias abastadas que não se queriam desfazer deles e assim impediram muitos dos "filhos da terra" de aqui constituírem família e fazerem as suas casas. Acabada essa geração, as casas antigas foram ficando vazias e, a maior parte delas, degradadas. 
Durante a época das "vacas gordas" o crédito à habitação era facilitado e algumas dessas habitações foram vendidas a outras famílias vindas de outras paragens. Assim se foi renovando a população desta pacata terra. Trata-se de um processo natural que ocorre sempre que mudam as gerações. Mas em Espinhel as coisas nem sempre foram pacíficas. Se nalguns casos as coisas correram bem, noutros nem por isso. As pessoas não tem os mesmos valores de outrora e a população vai-se descaracterizando.
Para as famílias que abandonaram esta terra também ficará algo na memória. Talvez também sintam alguma responsabilidade no que isto se tornará no futuro (ou não). Talvez um dia contem aos seus netos como eram belos aqueles tempos que aqui passaram. Embora difíceis, mas belos. Mas a consciência é coisa de cada um e pouco ou nada se poderá fazer agora para avivá-la.
Fica apenas uma desabafo: Se nós quiséssemos isto poderia ter sido de outra forma.

sábado, 9 de maio de 2015

Uma questão de equilíbrio...e não só!

Demorei algum tempo para escrever umas linhas sobre o que se passou na ultima sessão da Assembleia de Freguesia que realizamos em Paradela. Faço-o agora, depois de ler a noticia que o Dr. João Coelho escreveu sobre o assunto no jornal RA desta semana. Impressionou-me a forma como o "repórter" descreveu com precisão o que realmente ali se passou de importante. Atrevo-me a "desafia-lo" a continuar este verdadeiro sentido de serviço publico que aqui demonstrou. Com este artigo o Dr. João Coelho fez mais para aproximar as pessoas dos órgãos autárquicos que qualquer outra acção de descentralização tomada por estes órgãos.
Mas vamos então completar um pouco aquilo que o Dr. João resumiu.
Na "questão mais polémica", o executivo vem propor gastar 65.000€ numa infraestrutura desportiva localizada na zona do Passal em Recardães.Sem nenhuma informação concreta sobre o assunto, foi necessário tirar, quase a "ferros", mais algumas palavras ao Presidente da Junta para explicar do que realmente se tratava. Então ficamos a saber que esta verba era para construir um ringue desportivo nuns terrenos junto ao Centro Paroquial de Recardães. Mas esses terrenos, segundo o Presidente, terão ainda de ser comprados pela Câmara Municipal. Portanto estes 65.000€ serão para fazer a dita obra, só depois de adquiridos os terrenos e (digo eu) de  se fazerem os respectivos projectos, que segundo o protocolo serão da responsabilidade da Junta.
De realçar ainda que estes 65.000€ são a única verba negociada em protocolo com a Câmara para este ano de 2015. Portanto a Junta está a abdicar de um conjunto de obras que tinha em Plano de actividades para 2015 (Construção de passeios e valetas pela Freguesia e Arranjos paisagísticos e urbanísticos pela Freguesia) por esta obra que está condicionada por factores que a própria Junta não controla e não estava sequer prevista nos protocolos a propor à Câmara Municipal, aprovados em Dezembro pela Assembleia de Freguesia.
Reconhecendo a complexidade do processo, o Presidente da Junta acabou por admitir que, se até Agosto não conseguissem comprar o terrenos, teria de "denunciar" o protocolo e optar por outras obras para não perder os 65.000€. Ora aqui está uma opção de bom-senso que, a ser tomada terá o meu louvor público.
De salientar também as intervenções que fez o Ângelo Reis, membro do PS na Assembleia, que lembrou que na Piedade existe já um ringue desportivo e muito terreno em volta, já pertencente à Junta de Freguesia. Portanto, se optassem por esta localização, poderiam poupar muitos milhares de euros que muita falta fazem para outras coisas.
Concordo que uma União de Freguesias com esta dimensão deveria ter uma infra-estrutura desportiva coberta (Pavilhão) para prática de diversas actividades desportivas e até culturais, mas vamos ponderar bem estes investimentos e tentar equilibrar a balança porque o dinheiro é pouco e as necessidades do povo são muitas.
Haja bom senso!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Quarentões 2015: Oronhe é Tri-Campeão

A equipa de Oronhe venceu mais uma edição do Torneio dos Quarentões da Freguesia de Espinhel. É a terceira vez consecutiva que esta equipa consegue este feito.
Este fim de semana apenas se realizou um jogo (sábado) a contar para a classificação. A equipa de Casal de Álvaro venceu a de Espinhel por 9-3. A equipa da Piedade voltou a não comparecer ao jogo com o Paradela e voltou a ser penalizada com uma derrota por 3-0. No jogo amigável, entre Oronhe e Recardães, estes acabaram por surpreender, ao vencerem a equipa de Oronhe que nessa altura já era campeão do torneio.
A classificação final ficou assim ordenada:
1º Oronhe (4 jogos/10 pontos); 2º Casal d'Álvaro (4 jogos/10 pontos); 3º Paradela (4 jogos/6 pontos); 4º Espinhel (4 jogos/3 pontos); 5º Piedade (4 jogos/0 pontos).
Embora com os mesmos pontos do Casal de Álvaro, a equipa de Oronhe acabou por sair vencedora, devido ao maior de número de golos marcados no torneio, já que do jogo entre estas duas equipas tinha saído um empate por 2-2.
No domingo realizou-se o almoço/convívio, que por questões de mau tempo, acabou por se realizar no salão da Junta em Espinhel.
Aí foram entregues os troféus de mais esta edição do Torneio dos Quarentões e ficou o desafio para que no próximo ano se consiga reunir mais equipas no torneio de forma a que tudo corra com a normalidade desejável. 

sábado, 25 de abril de 2015

A politica das compensações

Há quem diga que, em politica, tudo o que parece é! Acredito que sim. Embora se consiga enganar alguns durante algum tempo, não se consegue enganar todos durante o tempo todo.
Há no entanto também quem sobreviva na politica sem nunca tomar uma posição. Sem nunca afrontar o poder, seja ele qual for. Há também aqueles que, para singrar na politica, tem que fazer cedências e dar compensações. Acho que a politica é feita de convicções e não de compensações. Se formos sempre fieis aos nossos ideais, podemos nunca servir o poder, mas teremos sempre uma sã convivência com os nossos princípios e a nossa consciência. Para sobreviver na politica não vale tudo. 
O mundo está cheio de gente que se vende por qualquer "valor", sem olhar a valores. Neste dia em que se celebra a liberdade, fica aqui um pedido: Que Deus me dê sempre força para não cair em tentações.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Torneio dos Quarentões 2015

No passado fim-de-semana realizou-se a quarta e penúltima jornada, sem grandes surpresas nos resultados. No sábado defrontaram-se as equipas de Oronhe e Paradela, num jogo bastante equilibrado, mas com a equipa de Oronhe a superiorizar-se, sendo mais eficaz e vencendo por 3-1.
No domingo, às 9h, a equipa da Piedade não compareceu ao jogo com o Casal de Álvaro, por falta de jogadores, sendo assim derrotada por 3-0. Às 10.30h, jogaram Espinhel e Recardães num jogo amigável onde não contou o resultado mas apenas o convívio.
Após esta quarta jornada a classificação é a seguinte:
1º Oronhe (4 jogos/10 pontos); 2º Casal d'Álvaro (3 jogos/7 pontos); 3º Paradela (3 jogos/3 pontos); 4º Espinhel (3 jogos/3 pontos); 5º Piedade (3 jogos/0 pontos)
No próximo fim-de-semana realiza-se a ultima jornada do torneio, com algumas alterações ao horário inicialmente previsto, sendo que os jogos realizam-se todos no sábado pela ordem seguinte:
Às 15h: Espinhel/Casal de Álvaro, 16.30h Recardães/Oronhe (jogo amigável) e às 18h: Paradela/Piedade.
No domingo, dia 26, às 13h, realiza-se o habitual o almoço-convívio no Parque da Pateira em Espinhel. As inscrições poderão ser feitas na Junta de Freguesia ou junto dos elementos da organização.
O facto das equipas começarem o torneio e depois "desistirem a meio, tem causado ao longo dos anos algumas injustiças. Este ano foi o caso da equipa da Piedade que, talvez com muito esforço, lá conseguiu arranjar equipa e iniciou o torneio com o numero suficiente de jogadores. Só que, a partir da segunda jornada, as coisas complicaram-se e tiveram de jogar com o Oronhe com apenas com cinco jogadores. Ora com esta limitação, e tambem com a superioridade natural, a equipa de Oronhe obteve uma vitória por 23-0. Após este jogo, a Piedade deixou de comparecer. Ora a partir daí, começou a ser penalizada com derrotas de 3-0.  Naturalmente que isto causa algum desconforto nas outras equipas, que jogavam com a Piedade após a sua desistência. Este ano foi o caso de Casal de Álvaro, que tinha empatado 2-2 com Oronhe e podia estar a discutir a liderança, mas que, com a diferença de "golos" entre os dois, deixa as coisas muito mais desequilibradas a favor do Oronhe. Mas isto tambem já aconteceu noutros a nos e os penalizados na altura foram outros. Naturalmente a equipa de Oronhe, fez o seu papel e não tem culpa do que aconteceu.
Sabemos que isto é um torneio de amizade e o resultado deve ficar para segundo plano, mas, como se costuma dizer: Ninguém gosta de perder, nem a feijões. 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Assembleia de Freguesia

A 1ª Sessão Ordinária da Assembleia de Freguesia está marcada para a próxima sexta-feira, dia 24, desta vez no salão da Capela de S. Pedro em Paradela.
Numa tentativa de levar as assembleias até à população, já que a população parece não se interessar muito pelo que lá se passa, vamos até Paradela (depois será a vez de outros lugares), à procura de pessoas mais interventivas.
Há assuntos muito importantes para discutir e era bom que as pessoas se envolvam na discussão da politica que as governa. É tempo de se deixarem apenas de fazer criticas no café ou nas redes sociais e irem até onde as coisas se discutem e (algumas) se decidem para confrontarem quem as governa com as suas criticas. Com educação e cumprindo as regras da democracia, todos são bem-vindos.
Pela minha parte tenho alguma expectativa sobre alguns assuntos e prometo algumas novidades sobre a politica local. 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

"Aproximar a Educação"

Este (des)governo, finalmente a acabar o mandato, tem dado "uma no cravo e outra na ferradura". Se nalgumas áreas centralizou os serviços para, segundo eles, ganhar escala e rentabilizar melhor os recursos, noutras tenta ver-se livre dos encargos e descentralizar as competências para as autarquias.
Numa democracia adulta e séria há áreas em que a prestação de serviço publico deve ser garantido pelo estado. Justiça, saúde, educação, são talvez as mais importantes. Mas o que temos assistido nestes quase 41 anos de democracia é que nem sempre o tem feito da melhor forma. Uns porque gastam mais que a conta, outros porque "cortam as unhas tão rentes que acabam por fazer sangue" e depois lá se vão os dedos e os anéis.
O serviço publico pode e deve ser prestado pelo estado. Seja ele poder central ou sejam os restantes órgãos de poder. No caso da educação, temos de dividir o processo em, pelo menos, três fases. Uma fase é desde o ensino pré-escolar até chegar ao secundário. A segunda é o ensino secundário e a terceira o ensino superior. No caso de toda a primeira fase, parece-me que é inquestionável a importância da proximidade e as vantagens de ter um órgão de gestão mais conhecedor da realidade de cada comunidade, agindo muito mais rapidamente. Aqui vejo enorme vantagens em ser a autarquia a gerir o processo. Note-se que a maior parte das competências nesta fase do ensino já estão nas autarquias. 
No caso de ensino secundário, será preciso acautelar bem as opções a tomar, articular com as instituições de ensino superior e com as empresas para adaptar o ensino à realidade do mercado de trabalho. Aqui a escola tem, no meu entender, um papel mais determinante e as autarquias deverão apenas ajudar a ajustar o ensino com o mercado, definindo de uma forma geral a politica de ensino entre todas as instituições do concelho. Aqui o mais importante é as escolas/agrupamentos falarem entre si e articularem a oferta educativa no concelho, coisa que não acontece agora.
No caso do ensino superior, não me restam duvidas que a única solução viável é o estado central assumir a articulação entre o ensino publico e o ensino privado, garantindo uma oferta de qualidade e diversidade acessível a todos os cidadãos.
Resumindo, este programa "Aproximar e Educação" parece-me que é uma oportunidade para melhorarmos aquilo que todos reclamam: um melhor funcionamento do sistema de ensino. 
Os professores temem pelos seus postos de trabalho e receiam que isto seja um primeiro passo para a privatização da educação. Compreendendo os seus receios, mas não acho que tenham muito perder, porque para serem mais mal tratados do que aquilo que já estão a ser será muito difícil. Concerteza que ainda não se esqueceram das trapalhadas que aconteceram ainda este ano lectivo. Quanto à privatização, está nas nossas mãos travar qualquer tentativa que para que isso venha a acontecer. As autarquias são eleitas pelo povo, não são nomeadas por nenhuma entidade, por isso é o povo que faz as suas escolhas na altura certa.
Os Conselhos-Gerais das escolas/agrupamentos já decidiram sobre a adesão ou não a este programa. À excepção da Escola Adolfo Portela, que é uma escola não-agrupada, os restantes três agrupamentos (Águeda, Águeda Sul e Valongo do Vouga) votaram favoravelmente à adesão.
Na próxima sexta-feira, haverá Assembleia Municipal para decidir sobre a autorização, ou não, ao Presidente da Câmara para negociar o contrato e as suas competências. Tendo em conta que a esmagadora maioria da comunidade escolar está a favor da descentralização de competências, mal seria se a Assembleia Municipal, que supostamente representa os cidadãos do concelho, não votasse favoravelmente. Mas tudo é possível. Vamos ver o que nos reserva a votação da próxima sexta-feira e depois cá estarei para "voltar à carga" com este assunto, ao qual tenho dedicado estes últimos tempos.  

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Quarentões 2015

O Torneio dos Quarentões está a decorrer com a normalidade possível.
Após a "desistência" da equipa do Casinholo de Baixo, por falta de jogadores, a mesma foi "substituída" por uma equipa de Recardães que apenas participa a titulo amigável, porque os resultados não contam para a classificação.
Depois de realizada a terceira jornada a classificação é a seguinte:
1º Oronhe (3 jogos/7 pontos); 2º Casal d'Álvaro (2 jogos/4 pontos); 3º Paradela (2 jogos/3 pontos); 4º Espinhel (3 jogo/3 pontos); 5º Piedade (2 jogos/0 pontos)
No próximo fim-de-semana realiza-se a quarta jornada com os seguintes jogos:
Sábado, 18 de Abril, às 16h: Paradela/Oronhe.
Domingo, 19 de Abril, às 9h: Piedade/Casal de Álvaro.
Domingo, 19 de Abril, às 10.30h: Espinhel /Recardães (jogo amigável).
Após a experiência deste ano, em que foi decidida a participação de uma equipa de Recardães no torneio (embora de forma apenas amigável), está aberta a discussão sobre uma eventual participação a "sério" numa próxima edição. Este ano as coisas parece que não foram discutidas a tempo e, depois da desistência do Casainho de Baixo, é que foi colocada esta hipótese. Eu defendo que, atempadamente, as coisas devem ser discutidas abertamente com toda a gente e que depois disso, se possível por consenso, seja decidido o que fazer nas próximas edições.
Não esquecer que este torneio leva vinte e tal anos de existência e os seus objectivos são muito claros; fomento da prática desportiva e convívio entre os lugares da Freguesia de Espinhel. Agora que o "alargamento" parece ser uma "fatalidade", devemos todos discutir o assunto, sem desvirtuar os princípios que levaram à criação deste evento.

sábado, 21 de março de 2015

Obras do arco da velha

As obras no Parque da Pateira de Espinhel não param de surpreender pela negativa. Cada dia que passa vão ficando a nu alguns erros de projecto e muitos outros de execução.
Esta semana fui dar uma vista de olhos pelo parque e deparei-me com a aplicação de uma "paliçada" em toros de madeira para contenção das margens dos passadiços que nos levam às estadias (coretos). Como não percebi aquela configuração em zig-zag, tentei apurar a razão pela qual estava a ser aquilo aplicado daquela forma. Muito gentilmente, o encarregado da obra, facultou-me o projecto para eu dar uma olhadela e tentar perceber o que afinal estava previsto. Note-se que foi a primeira vez que tive oportunidade de apreciar o projecto com algum detalhe. Pois lá está a tal "paliçada", não em linhas rectas, mas ligeiramente em arco até aos "coretos". Nesses passadiços irão ser feitos trilhos, iguais aos que já estão a ser preparados ao longo do parque, na zona central e depois o restante á cheio com aterro até à "paliçada" de madeira. Ao longo dos passadiços vão ser construídas meia dúzia de plataformas, em "cima" da água, para servirem de apoio aos pescadores.
Mas, o que eu estava a ver na realidade não era bem o que estava no projecto. A paliçada estava com umas curvas esquisitas e a "bota não batia com a perdigota". Então o encarregado explicou que não estavam a conseguir enterrar as estacas alinhadas e que depois as iriam tentar alinhar depois de espetadas. Ora parece-me claro que isso vai ser praticamente impossível, porque "o que nasce torto tarde e mal se endireita". 
Eu conheço bem o sitio, sei que ali era chamado o "porto de areia", porque ao contrario dos outros sítios, ali a base era uma areia grossa e provavelmente dura de perfurar. Alem disso, na construção dos passadiços foi levado para ali aterro de muita espécie e, segundo e encarregado, encontram muitos "pedregulhos" que fazem com que as escadas se desviem do alinhamento. Tudo isto em compreendo e concordo que o trabalho não seja propriamente fácil de executar, principalmente da forma como está a ser feito. Fazem uma paliçada com duas estacas ao alto,com cerca de 3mts, e depois aparafusam várias na horizontal, ficando cada peça com cerca de 2mts de largo. Estas paliçadas são depois colocadas no sitio por uma máquina de lagartas giratória que, com a pá, as espeta na água. Depois de pesquisar um pouco sobre os métodos utilizados para este serviço noutros trabalhos, chego à conclusão que isto devia ser feito com um acessório próprio para perfuração e depois colocar as estacas alinhadas. Fiz o alerta para que fosse feita uma fiscalização aos trabalhos para tentar alterar o rumo das coisas. Agora espero que a fiscalização da obra faça o seu papel. De qualquer forma, acho um desperdício esta forma de conter as terras e este uso excessivo de madeira tratada. Temos já exemplos anteriores, que a madeira, embora fique bonita, acaba por ser destruída pelas cheias em pouco tempo. Existem outras soluções, provavelmente mais baratas e mais duradouras. Mas os arquitectos tem destas coisas e muitas vezes não vem ao local falar com as pessoas que conhecem os sítios e tem a experiência de uma vida aqui.
Vamos acompanhando a obra, alertando para o que achamos mal e não apenas "mandando bocas" desgarradas e atirando responsabilidades para cima dos outros.
Já escrevi aqui sobre quem tem responsabilidades no acompanhamento na altura do projecto. Acredito que não acompanharam convenientemente as coisas nessa altura. Mais, nunca quiseram abrir o processo ao publico. Esconderam o processo o mais que puderam e agora vem "sacudir a água do capote". Mas agora é preciso acompanhar de perto para corrigir aquilo que pode ser corrigido. E isso é da responsabilidade dos autarcas (todos) e dos executivos em particular. A obra é da responsabilidade da sociedade POLIS da RIA de AVEIRO, mas os terrenos são da Junta de Freguesia e o Município faz parte desta sociedade. Mas, acima de tudo, o dinheiro é nosso, não é de nenhuma entidade de outro planeta. Somos nós que temos de o pagar de uma ou de outra forma. Por isso temos de estar a tentos e colaborar, sempre que nos deixarem.
Sei que sempre que se dá uma opinião se correm riscos. Uns acusam-me de inoperância, outros por excesso de intervenção e procura de protagonismo. Mas a vida é assim mesmo. O mais fácil é mandar uma bocas no café ou no facebook e chamar nomes aos políticos. Mas levantar o cu do sofá e confrontar os responsáveis, mesmo correndo risco de não ser entendido e até prejudicado, não é para todos.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Perigo na Piedade/Vala do Morangal

Já há alguns anos que alertei para o perigo que espreita na Rua do Lugar na Piedade, devido às más condições em que se encontra a "vala do Morangal" (foto). Nessa altura aconteceram vários acidentes, quase sucessivos, com viaturas a caírem nesta vala, sem que se chegasse a apurar as causas destes despistes. Felizmente, a partir dessa altura, não se tem registado acidentes nessa zona. 
No entanto, após as obras de saneamento, as condições de segurança da berma ficaram ainda piores. No inverno passado, por diversas vezes, a quantidade da agua que circulava na vala era tanta que transbordou para a estrada, mesmo por cima do aqueduto do acesso ao caminho da Quinta do Morangal.
Com a constante impermeabilização dos solos, e também com a mudança do clima, é cada vez mais a quantidade de água que circula nesta e noutras valas/valetas. Por isso, é urgente alargar e/ou afundar esta vala e dar consistência ás "margens" de forma a que estas aguentem a força e quantidade da água.
Não menos importante, é colocar uma protecção junto à vala para que os peões possam circular em segurança ao longo da Rua do Lugar.
Fica o alerta!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Escola da Piedade vai ser cedida ao Clube de Caçadores

A ARMEP-Associação Cultural, Recreativa, Desportiva e de Melhoramentos da Piedade,   "devolveu" à Câmara Municipal de Águeda o edifício da escola primária situado no Largo da Feira na Piedade.Este edifício tinha sido cedido a esta associação, no entanto a direcção entendeu que não fazia sentido continuar a usufruir do espaço, pois sempre centrou a sua actividade num outro edifício (que também já foi escola primária), situado na Rua da Feira, onde tem a sua sede.
Pelos vistos, este edifício irá agora ser cedido ao Clube de Caça e Pesca do Águeda e Cértima, que há muitos anos está instalado na cave do edifício da Junta de Freguesia em Espinhel, em condições muito pouco próprias.
Ora é sempre bom lembrar que esta proposta foi feita por mim varias vezes, mas até há algum tempo sem sucesso. Mas mais vale tarde que nunca!
Penso que é a solução que agrada a todos e só não foi tomada anteriormente por mera birra. Mas finalmente o bom senso imperou e, quando assim é, todos ficam a ganhar. Fica a ganhar o Clube de Caça e Pesca do Águeda e Cértima, que fica com muito melhores condições. Fica a ganhar a Junta de Freguesia que tem agora que cuide do espaço. E fica a ganhar também a Arcel, que tinha de partilhar muitas vezes o reduzido espaço da cave (por baixo do palco), com os naturais constrangimentos dessa partilha.
Quando as pessoas tem mente aberta e se conseguem "sentar à mesa" para negociar as melhores soluções, é sempre possível melhorar as condições que temos, partilhando assim os poucos recursos de que dispomos.
Haja bom senso!




sexta-feira, 13 de março de 2015

Quarentões 2015

A edição do Torneio dos Quarentões da Freguesia de Espinhel 2015, vai arrancar já no dia 21 de Março, no campo do Areeiro em Espinhel.
Durante cinco fins de semana o torneio vai colocar frente a frente as equipas de Casaínho de Baixo, Oronhe, Espinhel, Piedade e Paradela.
Com uma pausa pelo meio, devido à celebração da Páscoa, as seis equipas vão defrontar-se para apurar o campeão de 2015.
No dia 26 de Abril, uma semana após o final do torneio, realiza-se o tradicional almoço/convívio, que talvez se realize no parque da Pateira.
Este ano, pela primeira vez, antes do inicio do torneio (dia 14 de Março), realiza-se um jogo de "apresentação" entre  equipas de Espinhel e Recardães no campo Carlos Baptista em Paradela.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Alternativa para o PR1 - da Pateira ao Águeda

O PR1 foi, tal como o nome indica, o primeiro percurso pedestre marcado do concelho de Águeda. Foi inaugurado em 2008 e marcou o inicio de um conjunto de outros percursos que já vai no PR8. Com as obras no parque da Pateira em Espinhel, este percurso está "interrompido". Como estamos quase no inicio da primavera, os caminheiros começam a aparecer para fazer este percurso e deparam-se com este cenário.
O que quero hoje aqui alertar é para que se pense numa alternativa para que estes visitantes possam fazer o percurso sem terem de andar a desviar as "barreiras" de ferro que estão colocadas à volta do parque. É uma solução simples e que pode evitar alguns transtornos. mesmo ao nível da segurança das pessoas. Basta marcar/sinalizar um pequeno desvio para que as pessoas possam circular em volta do parque sem grandes constrangimentos.
Fica o alerta para quem de direito.

domingo, 1 de março de 2015

Parque da Pateira - A justificação não-oficial

Após a denúncia do “desbaste” que tinha acontecido no Parque da Pateira, naturalmente, e como me competia, fui à procura de justificações.
Pelos vistos não fui só eu que fui apanhado de surpresa. O projecto de requalificação do Parque previa já o abate de algumas árvores e a substituição por outras espécies autóctones (oriundas desta zona), mas nada fazia prever tamanha devastação. Consegui entretanto apurar que o projectista terá chamado à atenção para o perigo de queda de algumas árvores, o que originou uma vistoria dos técnicos da protecção civil. Terá sido aí que esses técnicos aconselharam o derrame de algumas “pernadas” e o abate de uma serie de árvores que, segundo eles, apresentavam perigo de queda. Chamaram ainda à atenção de que existem algumas árvores mais pequenas (provavelmente as que foram plantadas recentemente) que sofriam de “atrofio” devido a estarem debaixo das outras maiores.
Após esta vistoria foi o que se viu. Os técnicos avançaram para a “poda e desramação” de uma parte e abateram cerca de dez árvores. Pelos vistos, sem procurarem opinião de quem anda no terreno e conhece tão bem a situação. Lembro só que estas árvores resistiram ao temporal de Janeiro de 2013, situação excepcional que derrubou centenas ou milhares de outras árvores nas redondezas.
Estas árvores até podiam estar em risco de queda, mas há aqui algumas perguntas que continuarão a “ensombrar” esta operação. Será que as árvores não podiam ter sido apenas podadas? Será que ao diminuir o volume da copa não ganhariam a estabilidade necessária? Será que, entre as árvores mais débeis, não de podia abater “uma sim-uma não” para depois plantar novas e, depois de crescerem, abater as restantes?
Acredito que, depois dos técnicos aconselharem o abate das árvores, por porem em risco a vida dos utilizadores do parque, não seria fácil vir alguém, por mais poder que tenha, e “arriscar” a deixar ficar as árvores em pé. Depois a responsabilidade ficaria toda em cima de que tomasse essa decisão. Mas, pelos vistos, nem deram essa possibilidade; foi “bota a baixo” e depois logo se vê.
Agora, que a situação não tem retorno, cabe-nos tentar minimizar os prejuízos. Tive já oportunidade de fazer algumas propostas (e farei mais algumas por escrito brevemente), que penso que deverão ser tidas em conta:
1º Tratar de arranjar árvores já de médio porte, que permitam a sua transplantação sem risco de morte, aproveitando a receita da venda da lenha que dali foi retirada.
2º Escolher espécies de árvores de crescimento mais rápido para intercalar com outras de crescimento mais lento.
3º Encontrar uma solução de sombreamento (antes do verão) que permita a utilização da zona das mesas com sombra suficiente.
4º Começar já com replantação do Parque de forma a substituir gradualmente as árvores mais velhas para que esta situação não se volte a repetir.
À partida ficam já aqui estas propostas com o objectivo minimizar os estragos, e espero sinceramente que não voltem a mexer naquilo que não conhecem sem consultarem as pessoas do terreno.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Parque da Pateira-Vamos falar de responsabilidades

No passado fim de semana, ainda eu não sabia dos últimos acontecimentos, e já circulavam rumores (bem à maneira antiga) de que eu teria alguma responsabilidade no que se estava a passar. Cabe-me no entanto esclarecer que nunca fui consultado sobre o assunto. Nem como membro da Assembleia de Freguesia, nem como cidadão. E, que eu saiba, nenhum dos outros membros o foi. 
Este tipo de actuação só pode vir de pessoas "ressaibiadas", sem ocupação e que não se querem resignar à sua condição, não aceitando que as coisas mudam e o mundo não acaba. É um tipo de actuação que já não me surpreende, no entanto como tambem há gente interessada e bem intencionada, a situação carece de alguns esclarecimentos. Por isso vamos falar de responsabilidades.
O projecto do Polis da Ria, que está actualmente a ser implementado no terreno, foi lançado em 2011 e foi ganho pela empresa EPCA. O tipo de intervenção e os equipamentos a instalar foram "negociados" entre 2011 e 2013. Pelos vistos esse projecto já previa a substituição de algumas árvores. O projecto foi mantido praticamente em "segredo" até ao final. Mesmo quando tentei obter mais informações nada me foi facultado. 
Quando se falou em fazer um "atracadouro" para a ceifeira aquática, mesmo em frente à zona das estadias, eu mostrei total discordância com a localização, pois acho que, para alem do problema estético, obriga os camiões de transporte a atravessarem o parque e dará origem a que os detritos fiquem espalhados por ali. 
Quando mais tarde (na internet), consegui obter umas imagens do projecto, questionei o facto de aparecerem umas ondulações no terreno relvado na zona central. Nessa altura foi levantada a questão de que essa ondulação iria fazer com que os detritos (jacintos, bunho e canizia) trazidos pelas cheias iriam ficar aí retidos, dificultando muito mais as sua remoção. 
Assim que soube que estava previsto demolir o edifício do bar e casas de banho, alertei quem de direito (e até neste blog) para que não se desse autorização para isso sem que estivesse garantida a construção de um novo. Sempre me indignei com o facto de não ter sido negociada a construção de um novo edifício. Como foi possível, num projecto de 314.121,36€, não incluir esta infra-estrutura.
Depois destas considerações, parece-me claro quem (não)tem realmente responsabilidade naquilo que está a ser feito neste momento.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

As obras no Parque da Pateira

As obras no Parque da Pateira andam a passo de caracol. Estamos no final de Fevereiro e o que vemos é apenas destruição. O que se fez de novo, foi apenas uns "trilhos" em tout venant e pouco mais. Mas destruição é o que salta a vista de quem por aqui circula. O edifício do bar e casas de banho foi demolido e o entulho continua ali num monte. Mas hoje fiquei chocado ao ver a quantidade de árvores que foi posta abaixo. Não percebo o critério, pois trata-se de árvores de grande porte que demoraram anos a crescer e que davam sombra a quem aqui procura sossego e faz os seus pic-nics. Custa a "engolir" esta modernice. São 314.121,36€ do nosso dinheiro que aqui vão ficar "enterrados". É preciso que o dinheiro seja bem gerido e que não se estrague o que tanto trabalho deu a construir e a manter.
Posso daqui a algum tempo ter de reconhecer que o trabalho valeu a pena. Posso ter de reconhecer que o dinheiro foi bem gasto. Mas não vai ser fácil convencerem-me de que estas árvores estavam a mais no parque. Que era necessário fazer esta devastação para implementar o novo projecto.
Não havia necessidade!