quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Alargamento da Rua da Ponte pode estar em risco

As obras de alargamento da Rua da Ponte em Espinhel (que liga a Igreja à ponte sobre o Rio Águeda) e a construção de passeios, já esteve protocolada com a Câmara Municipal há cerca de dois/três anos e acabou por não se concretizar. Na altura não foram bem esclarecidas as causas de não se ter avançado com a obra, pois o dinheiro foi disponibilizado pela Câmara (o cartaz esteve lá afixado e tudo) e depois não sei de o dinheiro se "perdeu" ou se foi para outra obra.
Mais tarde parece ter havido uma nova tentativa de resolver as questões pendentes e avançar finalmente com a obra, mas até agora nada se fez. 
O que me leva a trazer agora aqui este assunto é o facto de "alegadamente" o proprietário, que supostamente estaria disponível para ceder uma faixa de terreno, ir agora reconstruir o muro junto à rua e assim provavelmente inviabilizar qualquer acordo para uma intervenção a breve prazo.
Não conheço em pormenor as exigências que o proprietário fez para cedência daquela faixa de terreno, no entanto, parece-me que se devia tentar chegar a um acordo entre as partes para que fosse possível fazer o alargamento antes da obra.
Sei que no passado se abriram alguns precedentes e agora os proprietários quando tem alguma coisa para "dar" estarão a fazer valer-se da sua posição para obter as melhores contrapartidas. Até certo ponto é legitimo que assim seja. Mas deve imperar o bom senso e as partes devem "sentar-se à mesa", discutir o que é possível fazer para que toda a gente se sinta confortável com o resultado.
Aquela zona merece ter um outro tratamento e outro aspecto. É das zonas mais frequentadas do lugar e com maior quantidade de tráfego. Não é demais lembrar que ali já aconteceu um acidente grave, talvez provocado tambem pela pouca visibilidade dos peões ao atravessar a rua.
Por tudo isto, acho que se deve ir ao limite para encontrar uma solução que agrade a todos. Eu estarei disponível para ajudar naquilo que for preciso.
Haja bem senso!

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Mais um desafio

Isto de ter a mania de dar opiniões/ideias sobre a melhoria das condições de vida das populações, tem consequências.
Há três anos atrás, deu-me na cabeça ir serra acima para encontrar um "refugio" para fugir à rotina, na altura bastante agitada, do dia a dia. Então fui parar a uma pacata aldeia do Concelho de Arganil, em plena Serra do Açor, chamada Casal Novo.
Uma aldeia fantástica, com casas de xisto "plantadas" à beira do Rio Ceira. Gente simples, acolhedora e ávida de atenção e companhia.
Lá comprei um "palheiro" velho e, com muito custo e ajuda da família, lá fiz uma obras e construí o meu refugio. Uma casinha em xisto, modesta, com uma vista fantástica sobre o rio e uma paz de arrepiar.
Agora chegou mais um desafio. Participar na dinamização da aldeia, através de uma Comissão de Melhoramentos com mais de meio século de existência. As pessoas da aldeia depositam em mim a esperança que muitos perderam noutros tempos. Tempos em que viram os seus filhos fugir para outras paragens à procura de melhores condições de vida.
Hoje a aldeia que virar-se para o turismo. Quer atrair novos habitantes, mesmo que sejam de fim de semana, oferecendo-lhe melhores condições de vida e repouso. Há imensas casas abandonadas e até em ruínas que é preciso não deixar cair completamente. É preciso devolver vida à aldeia e manter as tradições e o património natural e edificado.
Não podia recusar o convite. Não faz parte do meu "adn" dizer que não aos desafios que acho possíveis de alcançar. Por isso lá estarei. Que me desculpe a família, que sabe que vai sofrer com mais este desafio. Mas com uma melhor gestão do tempo e com muita dedicação e trabalho, será possível fazer mais e melhor por aquela gente.
Vamos a isso!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Questões de periferia

Muitas vezes dou comigo a pensar...e se eu tivesse nascido na cidade. Ou se me tivesse mudado para lá? Como seria a minha vida actualmente? Como seriam vistas as minhas ideias? Que vantagens teria uma vida citadina? O que ganho eu continuando a pertencer à periferia?
Para algumas destas perguntas já encontrei repostas, mas para outras talvez nunca as venha a encontrar.
Houve uma fase da minha vida, em que, por razões profissionais, passei muitos dias e muitas noites em grandes centros urbanos. Muitos quilómetros de estrada e muita experiência adquirida noutras paragens.
Mas eu mantenho um orgulho enorme de não me ter deixado contaminar pelas "facilidades" dos grandes centros. Continuo "agarrado" a esta pacata aldeia, onde vou tentando levar uma vida desafogada e feliz. 
Mas isto tambem tem as suas desvantagens. Os "periféricos" são sempre vistos como acessórios. Não nos levam muito a sério. Não nos querem dar direito sequer a pensarmos em grande. Isso é coisa para os outros, que tem outras "habilitações" e outros meios. 
Mas eu penso. Uma vezes em grande outras nem por isso. Com as minhas limitações, mas penso. E ao pensar incomodo. 
Como já perceberam, não sou de me acomodar e por isso talvez seja incómodo. Mas, há alturas na vida, em que temos de assumir riscos. E incomodar, nos tempos que correm, é um risco.
Mas, depois de quase meio século de vida, já não tenho "pachorra" para certas coisas. Por isso, não se surpreendam se me voltar a faltar a paciência.


sábado, 1 de agosto de 2015

Orçamento participativo: O "chumbo"

Pois tal como se adivinhava, a proposta para a aquisição de uma embarcação movida a energia solar, para colocar na Pateira, foi chumbada pela Comissão Técnica do OP de Águeda.
O argumento usado para o chumbo, foi de que eram necessários pareceres de outras entidades e não haveria tempo para os conseguir no prazo limite. Ok. Até posso vir a concordar com este argumento, pois pode vir a ser verdade. Mas o que não posso aceitar é que uma comissão técnica, nem se digne a chamar os proponentes e falar com eles sobre a proposta. Como não ouviu, não sabe que os pareceres já foram pedidos e já veio a primeira resposta do ICNF. Este organismo, que tutela as actividades deste tipo em zonas protegidas, pediu mais informações, que lhe foram prestadas, e vai responder (pelo menos é o que prometeu) durante o mês de Agosto.
A Comissão tambem podia ter sabido que já há orçamentos para a embarcação e que ficam por menos de metade do valor permitido no regulamento.
Tambem podia ter sabido, que o modelo de exploração envolve vários parceiros, que assumem os riscos da actividade, não trazendo encargos futuros para o Município.
Mas para que tudo isto tivesse acontecido era necessário querer e fazer.
Acredito que o trabalho tenha sido muito e que dado o volume de propostas, não tenha sido possível ouvir toda a gente. Mas eu estou à distancia de um telefonema ou de um email. E tudo isto podia ter sido evitado.
Mas fica a esperança de novas oportunidades, nem que seja para outros protagonistas.