domingo, 4 de fevereiro de 2018

Ainda sobre o CIAP

Há dias, numa conversa de circunstância, falava com um colega sobre a possibilidade de o Município ser parceiro da actividade económica dos pequenos produtores.
Segundo ele, o Município deveria disponibilizar algumas infraestruturas de uso comum, para que os pequenos produtores pudessem cumprir as normas legais de higiene e segurança alimentar. Como exemplo poderia ser disponibilizada uma "cozinha industrial", devidamente certificada, para que ali se pudessem "fabricar" doces, compotas, bolos, etc. 
Como tenho esta tendência de fazer a analogia com o meu pequeno território, pensei entretanto que na antiga escola primária temos uma cozinha muito bem equipada e com um espaço contiguo bem interessante.
Com a construção do Centro do Arroz da Pateira de Fermentelos (parece que é assim a designação oficial) neste local, teríamos uma boa oportunidade para rentabilizar este espaço e coloca-lo à disposição de quem se interessasse por este tipo de actividade. Daqui poderia muito bem sair o tal produto ou produtos de referencia para o nosso território. 
Coisas a que alguns teimam em chamar de ideias parvas.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O valor duma marca - UFRE

Há cerca de quatro anos, o grupo do PS na Assembleia de Freguesia de Recardães e Espinhel, liderado pelo Prof. José Carreira, fez uma proposta de criação de um Projecto para Activação do Desenvolvimento  Económico da UFRE, o PADERE.
Este projecto, que teve uma boa aceitação no seio da Assembleia, continha alguma ideias sobre a criação de uma "marca", uma identidade para este território.
Sendo este um território com duas vertentes distintas, uma mais urbana e outra rural, havia que encontrar pontos comuns que pudessem ajudar a desenvolver este território.
O estimulo à produção local, nos vários sectores da actividade, era um dos objectivos. Juntar os agentes económicos num evento anual, seria uma forma de estimular essa actividade e criar uma identidade própria.
Não tendo, por agora, um produto que se destaque como "típico" de nenhuma das duas Freguesias, seria necessário incutir essa "cultura de pertença" no seio da UFRE,
Ora por várias razões, tudo isto ficou de lado na passada legislatura. Se por um lado, o executivo se mostrou disponível para colaborar, por outro nada fez para que o projecto "saísse da casca". Diga-se em boa verdade que tambem não interessava. O protagonismo que isto daria a quem o propôs, fazia confusão a muito boa gente.
Com a implementação do Centro Interpretativo da Pateira e do Arroz (em banho-maria), isto fazia ainda mais sentido. O Centro poderia ser um pólo agregador e o arroz podia ser o produto "símbolo" da nosso território.
Tudo isto podia/devia estar em andamento e não vejo dinâmica para tal a curto prazo. Parece-me que falta dinâmica, estratégia e visão de futuro. Mas "a procissão ainda vai no adro" e ainda há tempo para envolver a comunidade num projecto que poderá beneficiar toda a gente.
Para isso é preciso "sair da casca", abrir-se à comunidade e não "esconder" os trunfos para daí tirar dividendos futuros. Mas isto talvez seja pensar à frente demais.
A ver vamos como diz o cego.