quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A Olaia - A árvore de Judas

Ninguem sabe ao certo quantos anos tinha a velha Olaia do Adro da Igreja de Espinhel.
O que se sabe é que no passado dia 17, uma parte desta velha árvore partiu e caiu para a estrada. Depois de avaliada a "saúde" do que restava da velha Olaia, os peritos decidiram cortar o que restava desta árvore, já que esta ameaçava cair e poderia colocar em perigo quem por ali circula.
Depois de uma pesquisa rápida, apurei que esta árvore tem um nome latino, Cercis siliquastrum. É da família das Fabáceas - Leguminonas, e tem vários nomes comuns: Olaia, Árvore-de-judas, Árvore-do-amor e Pata-de-vaca.
É uma árvore de folha caduca, de médio porte e a sua copa pode atingir mais de 7 metros de altura. 
Como curiosidade, parece que, embora a versão mais conhecida sobre a morte de Judas se refira a uma figueira, uma outra lenda, conta que foi numa Olaia que o apóstolo se enforcou. Ainda segundo a mesma lenda, este acto tornou róseas as suas flores,  que inicialmente eram brancas, motivo pelo qual esta árvore é também conhecida como “árvore-de-judas”.
Agora, que perdemos mais um símbolo da nossa terra, era bom que no mesmo local fosse plantada uma nova árvore, da mesma espécie, para que os "vindouros" se recordem da velha Olaia do Adro.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Portugal está a arder

Pois, mais uma vez, Portugal está a arder. Para uns é um espectáculo, mas para outros é um verdadeiro inferno.
As redes sociais e as televisões em directo tem servido de incentivo para ambos os lados. Se por um lado tem ajudado na mobilização das pessoas para ajudar no "combate", também servirá de incentiva aos "pirómanos" que se deliciam com estas imagens.
Depois há os negócios por detrás deste flagelo. Há muita gente a ganhar muito dinheiro com tudo isto. 
Há ainda a "visibilidade" que alguns conseguem com estas coisas. Não quer dizer que, em alguns casos, seja propositado. Mas a verdade é que o protagonismo que muita gente consegue nestes dias, não se repetirá em circunstancias normais.
Agora voltamos todos, ou quase todos, a falar de prevenção. Mas "amanhã" já ninguém se lembrará disso. E não se lembram porque a prevenção não tem o protagonismo do combate. Não vem as televisões, nem os jornais, nem as redes sociais. É trabalho de "sapa". É feito no terreno onde esses meios "não entram".
Aprecio muito o trabalho de todos quantos se disponibilizam para ajudar. Mas já não concordo com as votos e os vídeos em directo. 
Por isso mesmo, recusei-me a publicar esse tipo de "coisas". Não quer dizer que quem o faz tenha má intenção. Nada disso. São maneiras de ver as coisas e eu tenho a minha.
Ajudarei naquilo que puder, sem fotos nem "parangonas". Na vigilância, na prevenção. E quando alguém quiser tratar de prevenção a sério, então cá estarei para dar o meu contributo, porque no combate não tenho formação nem meios para isso.