quarta-feira, 20 de julho de 2016

Anda aí o MID

No verão passado ouvi falar pela primeira vez no MID. Ora o MID, supostamente, seria o Movimento Independente dos Desalinhados. Pessoas que fariam parte do "sistema", mas que não estariam contentes com as lideranças. Sinceramente, pareceu-me tratar-se de uma brincadeira.
Mas as coisas foram evoluindo e continuei a ouvir falar cada vez mais neste nome. Mas quem estaria por trás desta ideia? Será que realmente se tratava de uma brincadeira ou haveria alguns interesses políticos por detrás disso? 
Mas, nem quem pronunciava esse nome com  frequência, se "descosia" sobre o assunto (nem sei se realmente sabia de quem se tratava).
Mas o que é certo é que no final do ano, aparece num jornal local uma mensagem de natal, não do MID, mas de um MIDA.  Talvez a coisa tenha evoluído, ganho outra dimensão e passou a ter outra abrangência. 
O que é certo é que há grandes movimentações para se criar uma movimento de cidadãos "independentes" para concorrer às próximas eleições autárquicas.
Claro que o habitual é que estes cidadãos, pouco ou nada tenham de "independentes". São normalmente pessoas que, por esta ou aquela razão, não singraram nos partidos.
Mas, a minha expectativa vai em perceber se a sua abrangência será apenas a nível local ou se será a nível concelhio. Acho que tudo vai depender dos apoios que se forem reunindo e também de algumas decisões partidárias.
Como já disse no passado, um movimento independente só faz sentido se as forças politicas não forem capazes de ir ao encontro das necessidades/expectativas dos cidadãos. E isso já aconteceu no passado, com o resultado que todos conhecemos. Os partidos fecham-se em torno de si próprios e não se apercebem do que se passa com a sociedade civil. Espero sinceramente que isto não volte a acontecer. Mas, se voltar, depois não se venham queixar.
Haja bom senso!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Há assuntos "tabu". A agregação é um deles.

Em tempos houve na política vários "tabus" que duraram bastante tempo. Os mais famosos foram talvez o de Cavaco Silva, que deram até origem a um blogue.
Na nossa assembleia de Freguesia parece que tambem há assuntos "tabu". Um deles é o descontentamento ou contentamento da população com a agregação.
Na ultima assembleia, foi "obrigado" a puxar o tema para o debate, pois houve uma intervenção de uma pessoa do publico, que levantou a questão do suposto beneficio da Freguesia de Espinhel em relação a Recardães. 
Já não é a primeira vez que isto acontece. Mas, da parte dos elementos da Assembleia , nem uma palavra. Parece que anda toda a gente com medo de falar deste assunto. Mas nós não fomos eleitos para ter medo das palavras e de manter o assunto "tabu". Devemos falar sobre todos os problemas que afectam a população, independentemente de ferir algumas susceptibilidades.
Acabei por questionar o executivo sobre qual a posição que teria sobre o assunto, pois a ANAFRE anunciou que fez um inquérito aos seus associados sobre os benefícios da ultima reforma administrativa e apenas 30% deles disseram que reconheciam melhorias no funcionamento das novas freguesias.
Mas a resposta foi evasiva. Não consegui perceber se tinham respondido a esse inquérito ou não, nem qual a sua perspectiva.
Naturalmente que não será fácil admitir que esta não foi uma boa decisão e que não se vêm grandes benefícios com esta agregação. o que é certo é que por mais do que uma vez, o executivo queixou-se que o território é muito grande e não conseguem chegar a todo o lado.
Eu até sou capaz de reconhecer algum esforço inicial do executivo para mostrar à população que isto ia melhorar. E, de certa forma, até conseguiram no inicio. Mas, com o passar do tempo, as coisas agravam-se e é notória a dificuldade de chegar a todo o lado. E eu não estou a culpar directamente o executivo por isso. Mas, indirectamente, foram estes elementos e os que os apoiaram a levar-nos por este caminho.
Acredito que este sentimento não seja comum a todos. Há sem duvida alguns lugares da Freguesia de Espinhel, que não devem notar tanto essas dificuldades. Mas há muita gente que se queixa desta situação e não e só na Freguesia de Espinhel, porque são as pessoas de Recardães a queixarem-se disto mesmo.
Daí a necessidade de uma avaliação seria sobre estes resultados.
Sabemos que o Governo nomeou uma comissão para avaliar o resultada desta reforma. Sabemos que antes das próximas eleições autárquicas não haverá alterações ao mapa actual. Mas é preciso estar atento a este movimento e perceber o que é melhor para as populações.