terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O apoio à natalidade

Todos sabemos que Portugal tem problemas graves com o envelhecimento da população, pondo em causa a sustentabilidade do sistema de segurança social.
Sabendo disso, muitas autarquias do país, principalmente as do interior, tem avançado com algumas medidas de apoio financeiro à natalidade, tentando assim a fixação de novos casais e promovendo a natalidade. Outros, mesmo sem apoios financeiros, preocupam-se em criar condições para a fixação das pessoas, promovendo a criação de emprego, apoio à educação e apoio social. A nossa Junta de Freguesia, optou pela primeira solução; apoiar financeiramente as famílias de acordo com o numero de filhos que queiram ter a partir de 2015. Segundo a proposta aprovada na ultima Assembleia de Freguesia, o valor do incentivo é atribuído através de saldo em cartão para utilizar em superfícies comerciais específicas para aquisição de apenas produtos de puericultura:
a) pelo primeiro filho € 200,00 (duzentos euros);
b) pelo segundo filho € 300,00 (trezentos euros);
c) pelo terceiro filho e seguintes € 400,00 (quatrocentos euros).
Não sendo eu contra esta solução, penso que seria mais importante e muito mas abrangente a opção de proporcionar um conjunto de condições para que as pessoas decidam fixar-se na Freguesia e aqui constituírem as suas famílias. Tirando algumas franjas da população com outros valores que não os da população em geral, não acredito que alguém, em consciência, decida ter mais um filho por receber duzentos ou trezentos euros. Também temo que a implementação da medida possa criar algumas desigualdades difíceis de ultrapassar aquando da aplicação pratica.
Como tive a oportunidade de manifestar aquando da discussão, penso que o apoio às famílias com filhos na escola, com a criação de condições para os pais deixarem os seus filhos mais cedo do que o que acontece agora (a escola só recebe os alunos a partir das 8.30h da manhã), permitindo assim que os pais que trabalham desde as 8h da manhã possam deixar os filhos a partir das 7.30h, bem como no final do dia (para os que trabalham até mais tarde), seria uma medida mais abrangente e mais justa. Também o apoio à criação de outras actividade extra escola que permitam que as crianças pratiquem desporto ou outras actividades lúdicas fora do ambiente escolar. 
Estes são apenas dois exemplos de medidas de apoio, entre muitas outras pequenas coisas, que com pouco dinheiro se poderia apoiar um maior numero de famílias.
Já a medida de apoio à compra de livros escolares para os alunos que irão frequentar o primeiro ano nas escolas da Freguesia (se for implementada) parece-me uma medida mais acertada e mais simples de aplicar.
Acredito que "Roma e Pavía não se fizeram num dia", e passo a passo, se poderão aqui ajustar algumas medidas que podem fazer a diferença em relação a outras Freguesias vizinhas.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Oronhe - O caminho do Palhal

Na ultima sessão da Assembleia de Freguesia, assistimos a uma situação que, se não fosse tão séria, poderia ser considerada caricata.
Como já aqui tive oportunidade de descrever, em Oronhe, aquando das obras, levadas a cabo pela REFER, para fecho de algumas passagens de nível, um caminho que ligava a zona do Palhal ao acesso ao cemitério de Além Rio foi interrompido. Na altura o anterior Presidente da Junta, terá mandado abrir um acesso da nova estrada (aberta pela REFER) com ligação a esse caminho. Pelos vistos, um dos proprietários de um terreno onde passava o caminho, nunca reconheceu que esse caminho era publico e pediu para que o acesso fosse fechado. A situação foi-se arrastando até que o dito proprietário fechou o acesso, colocando lá aterro. Na Assembleia de Freguesia da altura, o Presidente da Junta foi constantemente questionado sobre esta situação, "empurrando" sempre a situação para a frente, alegando que iria resolver a questão brevemente. O que é certo é que a situação nunca foi ultrapassada e a "batata quente" acabou nas mãos do novo executivo. Pelos vistos um dos proprietários de outro terreno anexo continua em insistir com a abertura do acesso e o executivo não saberá como resolver a questão.
Posto isto, vamos à questão do dia. Nessa sessão, estava presente no publico um casal que assistia desde inicio à Assembleia, até que a dada altura o Presidente da Junta, pede à Mesa para que esse casal apresenta-se a questão que os trazia ali, pois pelos vistos tinha sido convidado a estar presente na Assembleia. Depois de dada a devida autorização, o Sr. lá apresentou a sua visão do problema, resvalando para acusações bastante graves ao antigo Presidente da Junta (tambem presente na sessão, pois faz parte da Assembleia actual). Também a sra não se conteve e acabou por revelar mais alguns dados sobre o que terá acontecido na altura das obras, voltando a acusar o anterior Presidente da Junta de conduta menos correcta. Depois de algum troca de "galhardetes" ficou claro que o casal dos proprietários não reconhece que o caminho seja publico e não se mostra disponível para ceder nessa posição. O que não ficou claro é que posição assumiu na altura o Presidente da Junta, visto que o próprio acabou por dizer que "não tinha dado grande importância ao assunto pois o declive era muito acentuado (cerca de 18%)". No entanto, depois destas acusações, acabou por pedir à Mesa da Assembleia para que tudo isto ficasse escrito e que queria uma certidão da acta, talvez para intentar outras acções contra que o acusava.
Chegados a este ponto, há que tentar solucionar a questão de forma que não se comentam aqui mais injustiças.
Como tive a oportunidade de dizer na altura, há aqui algumas questões que são de máxima importância: Em primeiro lugar, se este caminho é ou não de extrema importância para a população que o utilizava, o que deve ser perguntado às pessoas mais "velhas" que por ali transitavam e como era realmente a passagem antigamente. Em segundo lugar, se o acesso que foi feito à estada junto à linha (e agora tapado) tem ou não uma inclinação razoável para que possa ser utilizado. Em terceiro lugar, se há ou não possibilidade de outra alternativa de saída/entrada para este caminho, tornando o seu acesso mais favorável.
Ponderados todos estes pontos, deverá ser encontrada uma solução em que as partes dêem (todas elas) a sua contribuição para a solução mais favorável. Se houver a hipótese de deslocar o caminho mais para norte e assim fazer com que toda a gente possa utilizar o caminho em melhores condições, então que se faça esse acesso e que quem beneficiar desta solução de alguma forma contribua para isso.
Sinceramente não me parece que a razão esteja toda do mesmo lado, mas não conheço a situação de forma a ter a certeza de que lado ela estará (para isso lá estarão as pessoas mais "velhas", nomeadamente antigos autarcas que saberão descrever a situação com o rigor que se exige). No entanto, mais uma vez fica provado que não vale a pena "empurrar com a barriga" as coisas para a frente porque mais cedo que tarde as situações acabam por ter de se resolver. A situação acaba também por clarificar mais um pouco (para alguns) a forma como as coisas eram tratadas no passado e que era muito difícil para a oposição fazer o seu papel naquelas circunstâncias.
Fica aqui o apelo a que o bom-senso impere e que estes problemas não voltem a acontecer para não termos de assistir a situações desagradáveis como esta numa Assembleia de Freguesia.
Aguardo.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O elogio

O elogio é sem duvida uma nobre forma de enaltecer as qualidades de algo ou de alguém. No entanto, entre as varias definições de elogio que encontrei, sinceramente há uma me agradou especialmente e que foi a seguinte: "elogio é tambem uma ferramenta educacional utilizada para motivar outras pessoas, aumentar sua auto-estima ou corrigir um defeito".
Segundo vários estudos, desde a infância que o elogio tem uma importância fulcral no desenvolvimento da auto-estima do ser humano. Quando um pai elogia um filho, está a contribuir para a formação do seu carácter e da sua auto-estima de uma forma positiva. Por outro lado, quando está sempre a realçar os seus erros e dificuldades, está a reprimir o desenvolvimento de outras faculdades. No entanto, quando o elogio é demasiado, entende-se que a criança pode sentir que é o centro do mundo e isso pode prejudicar o seu desenvolvimento e a adaptação à realidade. Por isso, o difícil será encontrar o ponto de equilíbrio entre o elogio e a correcção.
Aproveito isto para elogiar todos aqueles que continuam a buscar neste espaço as novidades e as opiniões e a quem eu nem sempre tenho correspondido.
Segundo Sigmun Freud, pai da psicanálise, "contra os ataques é possível defendermo-nos: contra o elogio não se pode fazer nada".