quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Oronhe - O caminho do Palhal

Na ultima sessão da Assembleia de Freguesia, assistimos a uma situação que, se não fosse tão séria, poderia ser considerada caricata.
Como já aqui tive oportunidade de descrever, em Oronhe, aquando das obras, levadas a cabo pela REFER, para fecho de algumas passagens de nível, um caminho que ligava a zona do Palhal ao acesso ao cemitério de Além Rio foi interrompido. Na altura o anterior Presidente da Junta, terá mandado abrir um acesso da nova estrada (aberta pela REFER) com ligação a esse caminho. Pelos vistos, um dos proprietários de um terreno onde passava o caminho, nunca reconheceu que esse caminho era publico e pediu para que o acesso fosse fechado. A situação foi-se arrastando até que o dito proprietário fechou o acesso, colocando lá aterro. Na Assembleia de Freguesia da altura, o Presidente da Junta foi constantemente questionado sobre esta situação, "empurrando" sempre a situação para a frente, alegando que iria resolver a questão brevemente. O que é certo é que a situação nunca foi ultrapassada e a "batata quente" acabou nas mãos do novo executivo. Pelos vistos um dos proprietários de outro terreno anexo continua em insistir com a abertura do acesso e o executivo não saberá como resolver a questão.
Posto isto, vamos à questão do dia. Nessa sessão, estava presente no publico um casal que assistia desde inicio à Assembleia, até que a dada altura o Presidente da Junta, pede à Mesa para que esse casal apresenta-se a questão que os trazia ali, pois pelos vistos tinha sido convidado a estar presente na Assembleia. Depois de dada a devida autorização, o Sr. lá apresentou a sua visão do problema, resvalando para acusações bastante graves ao antigo Presidente da Junta (tambem presente na sessão, pois faz parte da Assembleia actual). Também a sra não se conteve e acabou por revelar mais alguns dados sobre o que terá acontecido na altura das obras, voltando a acusar o anterior Presidente da Junta de conduta menos correcta. Depois de algum troca de "galhardetes" ficou claro que o casal dos proprietários não reconhece que o caminho seja publico e não se mostra disponível para ceder nessa posição. O que não ficou claro é que posição assumiu na altura o Presidente da Junta, visto que o próprio acabou por dizer que "não tinha dado grande importância ao assunto pois o declive era muito acentuado (cerca de 18%)". No entanto, depois destas acusações, acabou por pedir à Mesa da Assembleia para que tudo isto ficasse escrito e que queria uma certidão da acta, talvez para intentar outras acções contra que o acusava.
Chegados a este ponto, há que tentar solucionar a questão de forma que não se comentam aqui mais injustiças.
Como tive a oportunidade de dizer na altura, há aqui algumas questões que são de máxima importância: Em primeiro lugar, se este caminho é ou não de extrema importância para a população que o utilizava, o que deve ser perguntado às pessoas mais "velhas" que por ali transitavam e como era realmente a passagem antigamente. Em segundo lugar, se o acesso que foi feito à estada junto à linha (e agora tapado) tem ou não uma inclinação razoável para que possa ser utilizado. Em terceiro lugar, se há ou não possibilidade de outra alternativa de saída/entrada para este caminho, tornando o seu acesso mais favorável.
Ponderados todos estes pontos, deverá ser encontrada uma solução em que as partes dêem (todas elas) a sua contribuição para a solução mais favorável. Se houver a hipótese de deslocar o caminho mais para norte e assim fazer com que toda a gente possa utilizar o caminho em melhores condições, então que se faça esse acesso e que quem beneficiar desta solução de alguma forma contribua para isso.
Sinceramente não me parece que a razão esteja toda do mesmo lado, mas não conheço a situação de forma a ter a certeza de que lado ela estará (para isso lá estarão as pessoas mais "velhas", nomeadamente antigos autarcas que saberão descrever a situação com o rigor que se exige). No entanto, mais uma vez fica provado que não vale a pena "empurrar com a barriga" as coisas para a frente porque mais cedo que tarde as situações acabam por ter de se resolver. A situação acaba também por clarificar mais um pouco (para alguns) a forma como as coisas eram tratadas no passado e que era muito difícil para a oposição fazer o seu papel naquelas circunstâncias.
Fica aqui o apelo a que o bom-senso impere e que estes problemas não voltem a acontecer para não termos de assistir a situações desagradáveis como esta numa Assembleia de Freguesia.
Aguardo.

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