segunda-feira, 28 de março de 2016

Este governo quer rever a "fusão" das Freguesias. E nós, queremos?

Tal como anunciado pelo antigo líder do PS, agora que o partido chegou ao governo, vem dizer, através do Secretário de Estado das Autarquias Locais, que o objectivo é corrigir erros antes das eleições autárquicas do próximo ano. Parece que o governo está a "negociar" com a ANAFRE, eventuais alterações ao actual mapa. O presidente desta associação, diz que "O compromisso que assumimos com o Governo vai no sentido de avaliar o ponto de situação actual face às agregações que existiram".
Ora, transpondo este cenário para a nosso caso, parece que o povo deu uma resposta clara nas ultimas eleições. A meu ver, (e eu que sempre fui contra a agregação) ao darem maioria àqueles que foram responsáveis por essa agregação, acabaram por legitimar tal decisão. 
Mas isso não quer dizer que eu tenha mudado de ideias. Como já tenho dito, ainda estão por provar os grandes benefícios apregoados. Se algum beneficio tiramos, foi um virar de página, que de tão gasta que estava, já não tinha mais nada para dar.
Se realmente o governo quer rever o actual mapa, então que venha ouvir as populações e arranje mecanismos para ir ao encontro das suas ambições. Por mim, até podem acabar com as freguesias. O que importa é ter alguém, com proximidade às populações, para lhes resolver os problemas. Se alguém acha que é por causa dos "tachos" que eu defendo causas como esta, estão muito enganados.
Devolvam a palavra ao povo e o povo que se manifeste. Por mim, o que decidirem está decidido.

sexta-feira, 18 de março de 2016

E quando o contentor do lixo vai para a sala de visitas?

Às vezes sinto-me como aquele automobilista que entra na auto-estrada em contra-mão e comenta com o "pendura"; olha para aqueles tipos! São malucos. Vão todos em contra-mão.
Não sei se o titulo e a introdução são bem conseguidos, mas tentam transmitir um completo desagrado por certas opções de quem gere estas coisas. A falta de  "planeamento", para não lhe chamar outra coisa, leva a que se cometam certas aberrações que me chocam profundamente.
É sabido que todos queremos percorrer a menor distancia possível para ir "despejar" o lixo. Mas, terá de ser uma distancia seja suficiente para não ficarem junto à nossa porta e não levemos com o cheiro em cima. Mas há que ter bom senso. 
Colocar dois contentores do lixo no centro de um espaço, que já por si se encontra degradado, sendo uma das "salas de visita" do lugar de Casal de Álvaro, é de muito mau gosto.
É por aqui que "entram" muitas dezenas ou centenas de pessoas por dia. É aqui que se juntam muitas pessoas ao fim de semana ou até ao final do dia para conversar e confraternizar.
Não tenho conhecimento de alguma " negociação" ou seja lá o que for, com a população desta zona. Não sei se houve ou haverá algum tipo de contestação ou concordância. Eu estou aqui a manifestar a minha opinião e apenas isso.
Aquele lugar precisa, isso sim, de um tratamento paisagístico bem pensado. Um pequeno jardim, uns canteiros ou coisa parecida. Agora contentores do lixo?
Haja bom senso!

sábado, 12 de março de 2016

Passeios ou vias pedonais e cicláveis?

Parece que o meu ultimo "post" suscitou  a indignação de alguns sectores e tambem algumas dúvidas. Quanto à indignação, nada de novo. Quanto às duvidas, vamos lá esclarecer algumas.
O que eu defendo é que o "bolo", que é sempre pequeno para tanta gente, seja repartido por que tem mais "fome". Ou seja, que o dinheiro seja gasto onde realmente há mais necessidade.
Por outro lado, já que o dinheiro é sempre uma limitação, vamos encontrar maneiras de fazer as coisas de forma mais barata, e se possível, tambem de forma mais ecológica.
Vamos à solução de uma "via" para os peões (que tambem pode/deve ser para ciclistas) desde o Casainho de Baixo até Águeda. 
Quase todos os dias por ali passo e vejo a quantidade de pessoas que fazem aquele trajecto todos os dias a pé ou de bicicleta. 
A minha proposta é que, em vez de passeios, fosse feita uma via em "terra batida", com cerca de  um metro de largura, ao lado da estrada existente, ligando com a Freguesia de Águeda. Podíamos fazer uma "caixa drenante" com pedra/brita e depois colocar "pó de arenito vermelho" (vulgarmente chamado de lapa), bem compactado e com "balizadores" de protecção do lado da estrada. A titulo de exemplo, mais ou menos aquilo que fizeram na Pateira com aquele pó de pedra, mas aproveitando um material tipico daqui.
Esta ligação poderia ter continuidade em Paredes, por um caminho que existe ao longo dos campos (por baixo do Cabeço da Ruiva), o que evitaria aquela subida e depois a descida pela estrada de Paredes. Esse caminho vai ter praticamente ao lado do IVV, o que permitiria depois ligar à cidade e ao novo Parque que será "construído" no campo de Recardães.
Não é um projecto assim tão caro e a Câmara certamente que iria ver isto com muito bons olhos.
Para mim a política é isto mesmo. Fazer coisas que vão ao encontro das necessidades das pessoas de uma forma mais criativa. É pegar no "bolo" e fazer com que ele renda o mais possível. É não nos preocuparmos com a beleza da "casca", mas fazer com que o seu conteúdo "mate a fome" ao maior numero de pessoas possível.
Mas, se calhar, sou eu que não estou a ver bem as coisas. Se calhar, o que as pessoas querem mesmo é a sua valeta cimentada e a sua entrada limpa. O resto são coisas supérfulas.

sexta-feira, 4 de março de 2016

A "febre" dos passeios

Em 1º lugar fazer aqui uma declaração de intenções/interesses.
Eu não pedi, não peço, não preciso e nunca precisei, que fizessem valetas nem passeios à minha porta.
A construção de passeios, deve ter como objectivo a segurança dos peões. Deve ter uma linha orientadora; uma continuidade, o que nem sempre acontece. Há passeios que vão dar a lado nenhum. Por outro lado, há zonas na Freguesia com um enorme movimento de peões(como é o caso da estrada do Casainho de Baixo para Águeda) e ninguém se lembra disso. Talvez porque aí há poucas casas.
Na maior parte das vezes os passeios tem como objectivo "alindar" as casas às pessoas, mais nada. Depois, estacionam-se os carros em cima deles e pronto; os peões que passem pela estrada.
Para as Juntas de Freguesia, os passeios e valetas cimentadas tem também uma enorme vantagem; só dão trabalho a fazer, depois acabou-se a manutenção.
Mas a impermeabilização dos solos dá naquilo a que todos assistimos nos últimos tempos: Cheias, inundações em zonas pouco habituadas a estes fenómenos.Todos já nos apercebemos do aumento “colossal” da quantidade de água que passou a correr nas valetas após algumas obras que foram feitas ultimamente na Freguesia.
Mas os passeios e valetas “valem ouro” para as Juntas de Freguesia. Cada passeio ou valeta à frente de uma casa, tem um enorme potencial eleitoral.
Este ano a Junta de Freguesia pretende gastar em valetas e passeios 67.500€. Ou seja, mais uma vez, aposta tudo na mesma área, pois é este o valor da totalidade dos protocolos assinados, ou a assinar, com a Câmara Municipal. 
Para compensar os 65.000€, gastos o ano passado no campo de futebol em Recardães, este ano as obras são todas na Freguesia de Espinhel.
Para o próximo ano há eleições e este é um ano crucial para quem está no poder autárquico. O calendário é propicio para fazer obras com grande visibilidade e, como dizia há dias um colega nosso; “só não tira proveito destas benesses, dadas por esta Câmara às Juntas, quem não quer ou quem é pouco inteligente (para não dizer outra coisa).