sábado, 23 de dezembro de 2017

Coisas raras, raríssimas... ou talvez não


A comunicação social tem uma enorme importância na sociedade actual. Ela constrói "personalidades" de acordo com interesses de várias ordem, mas destrói outras, ainda a um ritmo mais acelerado.
Um dia participei numa palestra sobre jornalismo e ouvi uma fase, dita por um famoso jornalista de uma estação de televisão, que nunca mais me saiu da cabeça: "Nunca acreditem em tudo aquilo que a televisão vos mostra".
Hoje a comunicação social, mas principalmente a televisão, vive do momento. Vive do sensacionalismo e não aprofunda os assuntos, porque isso não tem interesse. Ninguem tem tempo para ler mais que os títulos. Por isso, quanto mais chocante for o titulo, melhor.
Aquilo a que temos assistido nos últimos dias é um exemplo flagrante disso mesmo. Quanto mais "sangue" melhor. Depois vem as "réplicas" nas redes sociais, que como diz Umberto Eco, "dão o direito à palavra a uma "legião de imbecis" que antes falavam apenas "num bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade".
E nós, que assistimos a tudo isto, achamos que é tudo normal. Que "eles" são todos iguais e que não vale a pena contrariar isso. Mandamos umas "bocas" e daqui a algum tempo já não queremos saber de nada disto, porque outros assuntos "quentes" virão e temos de nos concentrar neles. 
Mas temos que nos preocupar realmente com a tal "normalidade" instalada. E alguma dela "junto à nossa porta" e até "dentro de portas". Sim, porque muito aquilo que, todos os dias, nos "metem pelos olhos dentro, tambem nós temos à nossa porta, embora numa outra escala naturalmente.
Temos de esforçar para mudar o rumo das coisas. Nem que para isso seja preciso mudar os protagonistas (quase sempre é).
A sociedade tem de ganhar confiança em si mesma e nos seus "protagonistas". Há concerteza, na sociedade civil, muitas pessoas capazes de ocupar certos cargos. Não é preciso estar sempre a recorrer aos mesmos, como se vê por aí. É preciso renovar. A concentração de poder não ajuda nada na transparência a no ganho da confiança.
Li, há dias, uma entrevista no Público ao Dr. Rui Marques, ex. Alto Comissário para a Imigração e Dialogo Intercultural e coordenador do Programa Escolas, sobre a "Economia Colaborativa". Achei muito interessante e deixo aqui o link para poderem consultar: https://www.publico.pt/2017/12/19/politica/entrevista/so-vao-sobreviver-aqueles-que-souberem-colaborar-1796292
Nesta entrevista, para alem de muitas outras coisas interessantes, o Dr. Rui Marques fala sobre a necessidade da sociedade ganhar confiança. Confiança nela própria e nas suas instituições.  Ora aqui é que a comunicação social está a fazer exactamente o contrário. Está a destruir a confiança, sem contribuir para resolver os problemas. E a confiança é algo que custo muito a ganhar, mas para destruir basta uma boa campanha em poucas horas.
Não quer isto dizer que se tenha de esconder o que vai mal, nada disso. Temos é de contribuir para alterar o modelo em que nossa sociedade está construída.  E isso é educação. É cidadania. E tambem pode/deve ser colaboração.

sábado, 16 de dezembro de 2017

A sociedade dos "títulos"

A sociedade actual está a tornar-se numa sociedade a "títulos". Com a desculpa de falta de tempo, apenas nos focamos nos títulos. Títulos de jornais, de revistas, de telejornais ou "rodapés"Deixámos de nos interessar pelo essencial. Deixámos de nos preocupar em ler/saber o essencial. Então emitimos opiniões e criamos "cenários" baseados em títulos e chavões. De uma hora para a outra, multiplicam-se os especialistas em tudo sem estudar rigorosamente nada. As redes sociais e a internet, deram acesso a um sem numero de especialistas se expressarem perante uma "plateia" enorme. Antes era preciso fazer a escolaridade completa, ir à universidade, estudar muito, fazer  licenciatura, mestrado e/ou doutoramento para  se tornar especialista numa determinada área. Alguma vez vimos alguém tornar-se especialista em tanto assunto sem passar por estas etapas? 
Outros "títulos" também ganham gradualmente mais importância. São títulos que se colocam antes do nome. Que fazem cair num certo deslumbramento. Fazem com que as pessoas se achem acima do nível do cidadão comum. Depois acham que são intocáveis, que podem fazer tudo sem escrutínio de ninguém. Depois virá a queda, porque tudo é superficial e o superficial não dura.
Tudo aquilo a que estamos a assistir no momento é o resultado deste imediatismo. Li há dias que "só os mentirosos podem satisfazer as necessidades do imediatismo". Eles prometem o impossível e a sociedade actual exige o impossível.
A ver vamos...  

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Tudo como antes no "quartel de Abrantes"

Com algumas "tropelias", lá foi instalada a nova Assembleia de Freguesia e os restantes elementos da Junta.
O PSD, que não tem a maioria, acabou por ficar com todos os lugares do executivo e da Mesa da Assembleia, tal como se a tivesse. Não querendo fazer juízo de valor (mas fazendo) não mostrou qualquer abertura para o diálogo e isso pode trazer-lhe dissabores no futuro.
Mas hoje tambem ficou provado (para quem ainda tinha duvidas) que as pessoas vão para estes cargos sem o mínimo de preparação. Aliás, há quem ande nisto há anos e ainda não perceba o funcionamento dos órgãos autárquicos.
Sei que sou acusado de "criar problemas" de ordem legal (e até de outra ordem), mas desde que me candidatei, procurei inteirar-me das regras da politica autárquica. Sei que para a maioria da população isso não tem grande importância, mas é uma questão de principio. Ou temos vocação e preparação para desempenharmos os cargos ou preparamo-nos antes de nos "metermos nelas". 
Mesmo que me acusem de "incendiário" (e já não era a primeira vez), aqui fica a minha visão sobre os acontecimentos (já que agora tenho outro estatuto).
A primeira irregularidade, foi a colocação nos boletins de voto da possibilidade de votar a favor, contra ou abstenção. A lei não dá essa possibilidade. Há votos a favor, em branco e nulos. Não há votos contra.
Depois, para uma proposta sair vencedora tem de obter a maioria dos votos. Ou seja; os votos a favor tem de ser em numero superior aos brancos somados com os nulos. De salientar que os votos a favor são aqueles que tem a cruz ou outra forma clara de sentido de voto no quadrado à frente da lista (ou do nome no caso de ser votação uninominal). O votos em branco é aquele que não tem qualquer sinal de sentido de voto e o voto nulo é aquele que não cumprir as regras anteriores (riscos, frases, desenhos, etc.)
No caso concreto do que aconteceu esta noite, a votação para o executivo foi irregular, pois os boletins de voto não foram correctamente elaborados. Mas aqui a votação até foi clara. Não deixou grandes duvidas. Questão mais duvidosa foi a eleição da Mesa da Assembleia. Por proposta do Presidente da Junta, a lista foi à votação (com a mesma irregularidade nos boletins) e houve um empate. Seis votos favor e seis votos entre nulos e brancos (isto porque faltou um elemento eleito).Ora isso é empate. Depois deste resultado, o Presidente deveria fazer uma votação uninominal para eleger cada membro da Mesa e não fez. 
Mas os membros da Assembleia não pareceram muito preocupados com isso e isso (ou não sabiam muito bem o que fazer). Se quisessem, deviam ter proposto uma alternativa.
Mas está tudo resolvido (a menos que alguém impugne a eleição, o que eu duvido) e isso é o mais importante. 
Em vez de se andar a protelar as coisas e a fazer figuras tristes, agora sigam que há muito trabalho pela frente.
Nota: Isto apenas serve de desabafo e tambem para não me fazerem de parvo.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Instalação da nova Assembleia de Freguesia

Na próxima sexta feira, dia 20, às 19h, será "instalada a nova Assembleia de Freguesia de Recardães e Espinhel.
Marcada mais uma vez para Recardães (poderia e deveria ser alternado como acontece noutras freguesias), serão eleitos os novos elementos do executivo (à excepção do Presidente que é eleito directamente) e tambem os membros da Mesa da Assembleia.
Como não há maioria do partido vencedor (PSD), será necessário que este consiga o apoio de, pelo menos, outra força politica. 
Segundo informação obtida, haveria um "compromisso", ainda antes das eleições, entre o PSD e o PS para obter os votos necessários para ultrapassar esta situação, no entanto não foi possível confirmar essa informação até agora.
O acordo poderá passar por dar a presidência da Mesa da Assembleia ao PS ou um até lugar no executivo (o que será menos provável). Mas há quem defenda um acordo com os independentes do JUNTOS, pois seria politicamente menos comprometedor do que com o PS.
Seja como for, o importante é que tudo se resolva na sexta feira, ao invés do que tem acontecido noutras freguesias vizinhas, que teimam em não se entender e ainda não conseguiram instalar definitivamente os seus órgãos autárquicos.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

E pronto. Tudo volta ao normal

E pronto. Já passou. Depois de muitas semanas de grande azafama, tudo volta ao ritmo normal.
Os resultados foram mais ou menos os esperados e tudo ficará sensivelmente na mesma.
Na Câmara, os independentes ganharam com maioria absoluta, o que quer dizer que o povo quer que tudo continue na mesma. Esperamos que assim seja e que estes realizem as obras que Gil Nadais não conseguiu fazer.
Na Junta, o PSD perdeu a maioria absoluta, o que quer dizer que o povo quer que algo mude. E concerteza que vai mudar.
O PSD elegeu 6 elementos para a Assembleia, os Juntos elegeram 5 e o PS elegeu 2 elementos. Por isso, o PSD deverá procurar apoio num dos outros "partidos" para governar a Junta.
Trata-se de um cenário diferente, que obrigará a uma negociação e que, quanto a mim, deverá trazer melhores resultados.
Caberá agora aos "partidos" interpretar os resultados e unir esforços para que o mandato produza os melhores resultados para a população.
Nota: Brevemente voltarei ao assunto para uma analise mais profunda.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

É bom ver gente nova na politica....

Como já referi várias vezes, sou um defensor da renovação de mandatos nos cargos públicos. Acho que as pessoas não se devem perpetuar no poder. Por isso gosto de ver gente nova nestas lides da politicas. Mas...
Mas é preciso que essas pessoas sejam consistentes na sua acção. No dia a seguir às eleições, há trabalho pela frente. Para os que são eleitos para o poder executivo (Câmara e Juntas), há que assumir os cargos para que foram eleitos com determinação e coragem, porque quatro anos não são quatro dias. Para os que forem eleitos para os órgãos deliberativos (assembleias) é preciso preparar-se para trabalho que aí vem nos próximos quatro anos (isto se quiserem exercer com dignidade os ditos cargos). 
Não sei se todos terão essa noção quando decidem abraçar esta causa, mas quem tem alguma experiência tem obrigação de os elucidar. O mais comum é que, a partir das eleições, já ninguém se lembre da campanha dos cartazes e panfletos, mas é aí que se vê o empenho das pessoas.
Reafirmo aquilo que disse no inicio, gosto de ver pessoas novas na politica, mas parece-me estranho que só de 4 em 4 anos é que veja certa gente empenhada nestas lides. Depois será mais do mesmo (ou não). Mas o mais comum é desaparecerem e mais as vê empenhadas em seja o que for. E daqui a mais 4 anos, lá virão novamente dar a cara numa nova campanha eleitoral.
É preciso dignificar os cargos para que somos eleitos. Fazer uma interversão de acordo com as nossas funções e convicções, nem que para isso nos "crucifiquem na praça pública". O importante é nós ouvirmos quem no elegeu e, no sitio certo, ousemos defender os seus interesses.
Eu estarei atento a estas e outras movimentações, porque isto é uma questão de ADN.

domingo, 24 de setembro de 2017

Uma campanha atípica

Esta é sem dúvida a campanha mais atípica que presenciei. A presença de um movimento independente, com a força de uma equipa que está no poder há 12 anos, vem baralhar muito as contas habituais. Por isso acho que ninguém poderá ter a certeza de um determinado resultado. No entanto há quem queira passar a mensagem de que está tudo resolvido. Mas eu sinto que não está. Nem ao nível do Município, nem da freguesia(s). Tudo (ou quase) ainda pode acontecer.
Não tenho acesso a sondagens, mas penso que o PS tem vindo a crescer na popularidade e consequentemente nas intenções de voto. A vinda do secretário-geral do PS, António Costa, a Águeda amanhã, para apoiar a candidatura de Paulo Seara, deverá dar um impulso significativo à candidatura de Paulo Seara. Mas é preciso que o partido consiga passar essa mensagem rápida e claramente à pessoas. E isso parece que não está a acontecer.
Ao nível da freguesia(s), as coisas também não estão muito claras e o PSD parece longe de ter o resultado de há 4 anos.
Falta uma semana para as várias candidaturas "queimarem os últimos cartuchos" e tentarem convencer as pessoas de que as suas ideias são as melhores.
Não escondo que gostaria de ver novos protagonistas á frentes dos nossos destinos, mas não virá nenhum mal ao mundo se isso não acontecer-
Duma coisa tenho a certeza; no dia 2 de Outubro terei de continuar a fazer o meu trabalho tal como acontecerá amanhã.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Um debate de unanimidade

Finalmente consegui ver o debate que ocorreu na passada quarta feira, no cine-teatro S. Pedro. entre os candidatos à Câmara Municipal de Águeda.
Achei a ideia interessante e tentei ver em directo, mas não consegui. Não consegui ir ao cine-teatro e a transmissão em directo da Águeda TV não tinha qualidade. Vi então em "diferido", o que tem a vantagem de poder "puxar atrás" e rever algumas intervenções que me causaram mais perplexidade.
Em primeiro lugar, confirma-se aquilo que já aqui escrevi; "somos todos Nadais". Não se ouviram criticas significativas de nenhum dos intervenientes. Tudo é para manter e, se possível, melhorar. Choca-me tanta unanimidade. E choca-me porque na rua vejo que não é assim. Vejo (e ouço) as pessoas a criticarem abertamente alguma opções de Nadais e algumas delas estavam ali. 
Tambem me choca a unanimidade sobre os temas mais importantes; Educação, ambiente, "coesão territorial" e cultura. E choca-me, não por achar que estes assuntos não possam ser motivo de acordo, mas sim por não ver uma ideia nova para "romper" com aquilo que não correu tão bem ou para fazer o que realmente falta fazer.
Nada, ou quase nada, sobre transportes. Como ligar a cidade ás freguesias e às zonas industriais? Isso sim promove "coesão territorial". 
Como facilitar a vida aos pais que pretendem deixar os filhos num local seguro e com boas condições, quando vão para os seus empregos antes das 8h da manhã? E depois da escola ao final da tarde? Isso sim ajuda a fixar as pessoas no concelho e atrair pessoas mais qualificadas.
Como requalificar os centros urbanos mais degradados nas freguesia e colocar essas casas no mercado (venda ou arrendamento) e assim fazer baixar o preços das casas? E, já agora, entroncar essas medidas com o investimento publico nessas zonas para torna-las mais atractivas e seguras de forma a que as famílias, principalmente as mais jovens, sejam atraídas para fora da cidade? Vamos deixar que se continuem a construir prédios na cidade e nos seus limites e deixar que as aldeias fiquem a "cair aos bocados"? E juntar a tudo isto uma rede de ciclovias, criando condições para a utilização de bicicletas ( eléctricas ou não) para as deslocações mais básicas das pessoas, com possibilidade de aluguer a preços acessíveis ou incentivos à compra para utilização efectiva?
Gostava de ter visto algumas destas propostas em debate, mas compreendo que ninguém queira arriscar a critica num palco tão importante. 
Gostei da elevação com que correu o debate, do interesse do publico pelo debate e da forma ordeira como todos se comportaram. Acho que os jornalistas podiam ter sido um pouco mais acutilantes e mais ousados nas perguntas que colocaram, pois podiam ter trazido ao debate mais vida e obrigado os candidatos a "despirem" aquela "pele de cordeiros" que traziam preparada.
Não podia deixar de analisar o que disseram sobre a Pateira. A Pateira sempre foi tema de campanha desde que me lembro. Mais uma vez a unanimidade a imperar; "Todos somos Pateira". Mas afinal o que é que pretendem fazer? Vamos ver... Vamos estudar... Vamos pressionar o estado central.
Resumidamente, acho que este debate serviu para ver o nível de preparação que cada um tem sobre a realidade do concelho e pouco mais. Espero, até ao final da campanha, poder falar mais a sério com, pelo menos, alguns deles e aferir o que realmente tem de novo para mostrar. Para já fiquei pouco esclarecido.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Obras na Junta avançam na recta final do mandato

Parece que as obras no edifício da Junta de Freguesia em Espinhel sempre vão avançar antes do final do mandato.
São obras essenciais que pecam por duas razões principais: São insuficientes e são tardias.
É certo que estas obras estavam previstas há algum tempo, mas sinceramente acho que , a ser verdade, fica mal a este executivo guardar estas coisas para a época de campanha. Se noutros tempos, muitos de nós, criticámos o anterior executivo por guardar estes "trunfos eleitorais", pois agora tenho de deixar aqui tambem a minha critica a este tipo de actuação. Faltam duas semanas para as eleições e, para quem esperou quatro anos por estas obras, acho que deveria ter um pouco mais de "bom-senso".
E não sei se irão ficar por aqui, pois faltam ainda alguns trunfos de ultima hora para apresentar, mas que estas duas semanas serão de grande actividade lá isso serão.
Salvaguardo aqui, que poderá haver outras razões, que não eleitorais, para a escolha do "timing", mas como diz o ditado; "para a mulher de César não basta ser séria, tem de parecer".

sábado, 9 de setembro de 2017

E se o mandato fosse um jogo de futebol?

Há algum tempo que não vinha aqui tecer mais alguns comentários à analise que tenho vindo a fazer.
Não me levem a mal, mas agora que tenho mais um pouco de tempo livre (visto estar a recuperar de uma pequena cirurgia), decidi fazer aqui uma analogia do mandato autárquico na UFRE, que está agora a terminar, com um jogo de futebol. Então vamos a isso:

As expectativas para o jogo eram altas. O campo estava "verdinho" e o tempo de feição. Estavam assim reunidas as condições para um grande jogo.
A equipada casa, munida dos seu melhores jogadores, entra a todo o gás, com o seu capitão no comando, carregando muitas vezes a sua equipa às costas, com um ritmo bastante alto.
O jogo esta aberto, havia espaço para todos e a equipa visitante explanava também o seu futebol com alguns lances bem conseguidos. o arbitro deixava jogar, contribuindo assim para a qualidade do espectáculo.
O publico parecia estar a gostar do jogo, raramente se ouviam assobios ou apupos, e assim decorreu a primeira parte.
Na segunda parte tudo mudou. Houve baixas, lesões, substituições e começou a ser notória baixa de rendimento em ambas as equipas, embora fosse mais notório na equipa da casa. 
O capitão da equipa da casa deixou de disputar os principais lances e a equipa ter-se-há ressentido disso. Assim, a equipa da casa remeteu-se ao seu meio campo e raramente chegava à baliza contrária. Ora, isto obrigou a equipa visitante a jogar na zona de meio campo e esporadicamente a fazer um ou outro contra-ataque.
O tempo de jogo foi-se esgotando e a equipa da casa parecia andar descoordenada. Mesmo assim, parecia querer guardar os últimos trunfos para a recta final. Mas as forças já não eram as mesmas e o desgaste começou a tomar conta da equipa, baixando ainda mais seu o rendimento.
A equipa visitante foi fazendo o seu jogo, na defensiva, pois as hipóteses de chegar à baliza contrária pareciam cada vez mais escassas.
Restava o tempo extra. A equipa da casa focava-se nessa ultima oportunidade e olhava para o banco à espera de uma solução milagrosa. Mas o tempo era cada vez menos e no banco não havia soluções.
O jogo terminaria assim empatado, com as duas equipas a saírem de campo com o sentimento de que o resultado podia ter sido outro, mas ainda assim, "do mal o menos".     

domingo, 13 de agosto de 2017

Da politica à analise politica

Agora que pedi a "pré-reforma", ganhei um novo estatuto. O estatuto de analista politico. Não sei se terei perfil e conhecimento para tal, mas vou tentar.
Com a divulgação das listas concorrentes à Assembleia de Freguesia de Recardães e Espinhel, fico com a sensação de algo vai mal por estes lados.
O CDS não conseguiu (ou não quis) sequer encontrar uma solução para apresentar candidatura na segunda maior União de Freguesias do Concelho.
A CDU parece não ter sequer pessoas na UFRE para apresentar uma lista de 13 pessoas, pois recorreu a pessoas de outras bandas para esse efeito, tendo a freguesia de Espinhel uma representação residual.
O BE, embora um pouco mais "afoito", também parece padecer das mesmas dificuldades e acabou por recorrer ao mesmo método.
O PS, com grande esforço, apresenta uma lista com clara predominância para as pessoas de Recardães, pois parece que em Espinhel as pessoas desapareceram do mapa. 
O PSD sofreu uma forte transformação na linha da frente, mas parece ter agora mais cuidado no equilíbrio entre ambas as freguesias.
Finalmente o Movimento Independente, que parece estar mais na moda, e que teve mais facilidade (ou vontade) em recrutar pessoas deste lado. Nota-se claramente que é mais fácil as pessoas darem a cara por um Movimento Independente do que por um Partido.
Fazendo a analise possível nesta altura, vemos que, em relação às ultimas eleições, temos mais um partido na corrida e temos um Movimento Independente, mas com características diferentes da Lista do Progresso que concorreu em 2013.
A transformação profunda ocorrida na lista do PSD, com a saída de Pedro Gomes, Vitor Figueiredo e Horácio Silva, e ainda a aposta forte do Movimento Independente, abrem outra perspectiva para estas eleições. Umas eleições que podem ser muito mais disputadas que as anteriores, o que, quanto a mim, só beneficiará as freguesias. 
O PS tinha/tem aqui uma janela de oportunidade para fazer mais do que há quatro anos. Fazendo uma campanha pela positiva, propondo ideias novas, poderá oferecer um alternativa ao rumo que tem sido seguido e aproveitar o descontentamento de alguns sectores.
Portanto, vejo aqui possibilidade de 3, das 5 listas, disputarem a vitória nestas eleições. Mas o mais importante é que as pessoas venham para o terreno e auscultem as populações. Vejam quais as reais necessidades e encontrem soluções. Isso já é uma vitória. 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Publicadas as listas para a Assembleia de Freguesia da UFRE

Finalmente foram divulgadas, pelo jornal Região de Águeda, as 5 listas que vão concorrer para a Assembleia de Freguesia de Recardães e Espinhel.
Aproveitando a informação, que pode não ter chegado a toda a gente, deixo aqui os nomes dos candidatos efectivos à UFRE.


BE
  1. Cláudia Afonso
  2. Rosalina Oliveira
  3. Manuel Santos
  4. Maria Dilar
  5. Davide Figueiredo
  6. Patricia Oliveira
  7. Rute Lemos
  8. Lito Santos
  9. Luís Grilo
  10. Joana Vidal
  11. Filipa Vieira
  12. Milton Martins
  13. Carla Dias
CDU
  1. João Miguel Tavares
  2. José Augusto Lopes
  3. Maria Alice Caetano
  4. Adérito Pinheiro
  5. Rui Estima
  6. Anabela Ferreira
  7. Henrique Duarte
  8. Rosa Martins
  9. Fernando Silva
  10. Manuel Lemos
  11. Maria joão Pinho
  12. Artur Miranda
  13. Carlos Fernandes
JUNTOS
  1. Emanuel Balreira
  2. Luis Soares
  3. Helena Henriques
  4. Vitor tavares
  5. Isabel Fonseca
  6. Hernâni Neves
  7. Jorge Pereira
  8. Paula Sofia Cardoso
  9. António Pereira
  10. Domingos Reis
  11. Cristiana Batista
  12. Manuel Alves
  13. Manuel Almeida
PSD
  1. Manuel José Campos
  2. Artur Rodrigues
  3. Joana Vela
  4. Pedro Carvalho
  5. Susana Abreu
  6. João Coelho
  7. Mónica Estima
  8. Sérgio Morgado
  9. António Teixeira
  10. Sandra Silva
  11. Tiago Estima
  12. José Lívio Abrantes
  13. Barbara Abrantes
PS
  1. Joana Varandas
  2. Ângelo Reis
  3. Ernesto Lopes
  4. Ana Fernandes
  5. Eugénio Monteiro
  6. João Alves
  7. Viviana Gonçalves
  8. João Reis
  9. Maria La Salete Reis
  10. Ana Rita Pereira
  11. António Jorge Oliveira



terça-feira, 1 de agosto de 2017

O PS já tem candidato à UFRE

O Partido Socialista já escolheu o candidato(a) à liderança da Junta de Freguesia da UFRE. Depois de uma longa espera, eis que aparece uma solução inédita (que me lembre) em ambas as freguesias. Uma mulher como cabeça de lista. Trata-se de Joana Varandas, uma jovem advogada, mas já "repetente" nestas coisas das lides autárquicas.
Tal como aconteceu a nível do concelho, aqui as coisas tambem não correram da melhor forma. Esta solução, na minha opinião, peca por tardia. Para quem queria lançar um candidata(a) jovem, já deveria ter começado há muito tempo a trabalhar no terreno.
Os partidos em geral, esquecem-se, durante quatro anos, que há gente a trabalhar nas freguesias. Não aparecem para se inteirarem do que se passa e muito menos para preparar o futuro. E desta vez as coisas complicaram-se ainda mais, após toda a confusão gerada na concelhia.
Não vou aqui falar de outros cenários, nem de outras soluções, como fizeram/fazem tantos dos que se apregoam defensores do partido. Isso são coisas do passado. Agora é trabalhar para completar a equipa e definir ideias e propostas de campanha. Já ontem era tarde. Contem comigo para encontrar soluções e ideias para apresentar ao eleitorado. 
Há muito que tinha assumido que não seria candidato a nenhum cargo para os órgãos da freguesia. Tenho noção das minhas responsabilidades e do meu(pouco) valor. Já fui a votos duas vezes e perdi duas vezes. As pessoas sabem o que penso e não tenho muito mais a acrescentar. Tentei honrar o partido o melhor que pude e soube. Agora é hora de dar lugar a outros e apoiar na medida das possibilidades.
Posso não estar de acordo com muita coisa, mas, tal como na campanha anterior, o candidato escolhido é o meu candidato.  Não participarei na campanha como fiz há quatro anos atrás, por um compromisso assumido há quatro anos atrás,  mas podem contar com a minha lealdade como sempre, porque; Palavra dada é palavra honrada.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Os anti-corpos

Já em tempos escrevi aqui sobre esta matéria. Há pessoas que conseguem "sobreviver" passando pelos "pingos da chuva sem se molhar". Vão-se desviando de pingo em pingo para não mancharem o fato. Não tem opinião sobre nada nem coisa nenhuma. Não se lhe conhece uma ideia original ou uma posição firme sobre nenhum assunto. Mas esses são os tais que se procuram.
Há dias falava com um colega sobre a exposição que temos (sim nós que assumimos uma posição na politica), ao defendermos afincadamente aquilo que achamos o melhor para a comunidade. Ganhamos alguns "amigos" e muitos "inimigos". Mas ganhamos acima de tudo: anti-corpos (parece que é assim que lhe chamam agora). Ter uma opinião, partilha-la e dispor-se a pô-la em prática é aquilo que defendo e o que tenho feito. Não é apenas "dar bitaites". É dispor-se a fazer. Propor soluções para os diversos problemas, foi sempre o meu lema. Há uma frase que alguns sabem que me caracteriza: fazer parte da solução.
Claro que alguns que lêem as minhas criticas, muitas vezes, não fazem ideia das propostas que tenho feito antes dessas criticas. As criticas tem como objectivo chamar à atenção para os problemas, Umas vezes resultam, outras não. Mas as pessoas conhecem-me pela frontalidade. Quando falo com elas é isso que esperam de mim. Aceito a critica e tento melhorar. Venham ter comigo e sejam frontais, tal como eu sou. Mas não me venham pedir para "passar pelos pingos da chuva" sem fazer estragos.




quarta-feira, 26 de julho de 2017

Uma campanha de incêndios

Em ano de autárquicas não falta quem se aproveite do tempo de antena, dado pela comunicação social ao tema dos incêndios, para aparecer e ter o seu "momento de glória".
Vale tudo. O importante é aparecer o mais possível e dizer aquilo que quem está do outro lado quer ouvir. Não importa o que não se fez nestes últimos anos; sim porque muitos destes autarcas estão há anos à frente dos destinos destas terras e (pergunto eu) o que é que fizeram para minimizar este inferno que todos os anos assola o país?
Por outro lado os analistas, acreditam que este é o momento de atacar ou defender o governo, conforme a sua tendência politica.
Aquilo que a oposição não conseguiu fazer neste ultimo ano e meio, os incêndios e o "incendiários" estão a fazê-lo num mês. 
Onde tem andado todos estes "especialistas" durante os últimos anos? Alguem se preocupou com a prevenção? Não. O que importa é a tragédia. Mortes, casas ardidas, aldeias evacuadas, e muitas imagens em directo. E a culpa é do governo, da protecção civil, do Siresp, do .....
Triste país que nem se governa nem se deixa governar.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Um misto de sentimentos

Chegado quase ao final de mais um mandato na Assembleia de Freguesia, há um misto de sentimentos que toma conta de mim.
Foram oito anos a tentar defender uma nova forma de fazer politica. Defendendo ideias, convicções, independentemente de quem viesse.
No 1º mandato as coisas foram difíceis desde o inicio, pois após ter sido eleito Presidente da Mesa da Assembleia no dia da "instalação", acabei destituído alguns meses depois. Analisando agora a esta distancia, ainda bem que me destituíram. Ao passar a ser um simples membro da Assembleia, permitiu que tivesse mais liberdade de intervenção e o "combate politico" foi ainda mais aberto a partir daí.
No final desse mandato, já com a agregação dada como consumada, era preciso garantir uma transição pacifica e conseguir um compromisso de que não perderíamos os serviços conquistado até aqui. Por isso aceitei dar mais um contributo para tentar defender a nossa freguesia e acabar com determinados vícios instalados à demasiado tempo.
Passados estes quatro anos, alguns objectivos foram cumpridos e outros nem por isso. Fica o orgulho de uma transição pacifica (ao contrário de outros à nossa volta), de uma "convivência saudável" com as pessoas no executivo e colegas de Assembleia e ainda de algumas conquistas para a nossa terra.
Mas fica muita coisa por fazer. A Assembleia continuou (como no mandato anterior) a ser pouco activa, pouco escutada e poucas vezes se impôs perante o poder executivo. As maiorias absolutas tem coisas boas, mas não permitem a negociação e muitas vezes da negociação é que saem as melhores soluções.
Tambem as "grandes obras" ficaram por fazer. O arranjo do largo da Junta em Espinhel continua por fazer, o alargamento do acesso à Lavoura de Casal de Álvaro, quem vai para Cabanões, continua igual, o arranjo da "Vala do Morangal", na Piedade, e aquela berma/passeio até Espinhel, está na mesma. Os caminhos rurais e florestais continuam uma miséria, os limites da Freguesia continuam errados nos mapas e ninguém faz nada, o Parque da Pateira perdeu a sua principal infra-estrutura e grande parte da sua beleza natural....
Não querendo desvalorizar o esforço feito pelo actual executivo para contrariar o atraso que vínhamos acumulando há anos, continuo ainda a "bater na mesma tecla", ainda está por provar se realmente alguém saiu beneficiado desta agregação.
Mas nem tudo está perdido. "Atrás de nós virá quem melhor fará", e eu espero sinceramente que no próximo mandato haja mais iniciativa, mais envolvimento da parte de todos (membros do Executivo e da Assembleia) para encontrar as melhores soluções para as nossas gentes.
Eu não estarei lá, mas estarei atento e disponível para ajudar no que me for possível, independentemente de quem lá ficar.    

domingo, 9 de julho de 2017

Hoje era a Festa da Pateira e o Dia da Freguesia

No segundo domingo de Julho, as pessoas pegavam nos seus farnéis e deslocavam-se para as margens da Pateira para festejar esta dádiva da natureza.
Aí se fazia um recinto, com recurso às acácias existentes nas redondezas, com um mastro de eucalipto no centro e um palco. onde actuava um grupo musical. A festa era rija e a meio da tarde as famílias e amigos dispersavam pelas sombras das proximidades para usufruírem das suas merendas.
Tudo foi evoluindo, o parque foi melhorado, com colocação de mesas e a construção de um edifício com casas de banho e bar, em que a cobertura passou a servir de palco e as coisas pareciam melhorar lentamente.
Depois de alguns anos de interregno na celebração da festa, a Junta de Freguesia passou a organizar, nessa mesma data, o Dia da Freguesia. Assim aconteceu durante mais de uma dezena de anos, até que uma qualquer lei ditada por uns oportunistas que se instalaram no poder, retirou aquilo que tanto tinha custado a conquistar.
Entretanto, aproveitando a onda, outros aproveitaram para se "vingar" de um lugar que tinha deixado de ter a importância de outras épocas. E assim se perdeu mais uma tradição que tinha nascido com o objectivo de unir uma Freguesia muito dispersa e sem uma identidade comum.
Essa falta de identidade, aliada a várias fracturas, criadas por anos de poder instalado, mais preocupado em se manter do que em unir, fizeram com que parte da população aproveitasse a oportunidade para lhe mostrar o cartão vermelho e acabar com qualquer sonho de união.
A partir daí foi o que se viu. O povo escolheu e agora restam as lembranças daquilo que foi e tambem do que poderia ter sido se nos tivéssemos unido.
Mudaram o nome, mudaram a data,  e como se de alguma doença contagiosa se tratasse, acabaram com qualquer réstia de tradição que nos ligasse ao antigamente.
Mas é mesmo assim; quem faz a cama acaba por se deitar nela.. 

domingo, 2 de julho de 2017

Autárquicas vão em passo de caracol

Ainda com algum secretismo, mas começam a surgir os primeiros nomes para a liderança das listas na UFRE.
O PSD vai mesmo avançar com Manuel José Campos (Nelo), até agora vogal da Junta de Freguesia, mas que ultimamente tem assumido o comando da maioria dos assuntos do executivo, ou pelo menos, tem dado a cara por eles.
A lista do movimento independente "Juntos" será ser liderada por Emanuel Balrreira, residente em Casal de Álvaro e a trabalhar em Recardães na área da contabilidade.
O Bloco de Esquerda deverá apresentar Cláudia Afonso, residente em Recardães para liderar a sua lista.
O PS continua a trabalhar para apresentar um peso pesado, mas escusasse a revelar o nome. As possibilidades mais faladas são de Jorge Oliveira e João Alves, mas parece que ainda nada está decidido.
Quanto ao CDS, a coisa não se apresenta fácil e ainda não há nada de certo para esta candidatura.
Tambem do lado da CDU não há ainda qualquer sinal de avanço da sua candidatura por estas bandas.
Volto a referir que causa-me alguma estranheza o facto de as coisas estarem tão atrasadas, pelo menos quando comparado com outras campanhas anteriores.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Querem mesmo fazer contas?

Passados quase quatro anos sobre esta nova realidade da "agregação" das freguesias, há pessoas que se queixam da disparidade de investimento em cada uma das Freguesias (Recardães e Espinhel).
Se, em principio, o que teria mais lógica seria que a população de Espinhel estar mais céptica em relação à gestão autárquica, o que se veio a revelar ultimamente é que (pelos muitos comentários que me chegam) há muita gente em Recardães que se acha prejudicada durante este mandato
Se é verdade que no inicio houve algum esforço para repor algumas assimetrias que existiam, porque Espinhel era e é uma Freguesia mais rural e menos "desenvolvida", na realidade o grosso do investimento é claramente superior em Recardães. Mas vejamos as contas.
Uma das maiores fontes de receita para fazer obra que as Juntas de Freguesia de Águeda tem durante os seus mandatos é inegavelmente a celebração dos contratos Interadministrativos de delegação de competências (protocolos) com a Câmara Municipal.
Ao longo destes últimos quatro anos, a Junta de Freguesia de Recardães e Espinhel, celebrou outros tantos protocolos,cujo valor total totaliza 236.000€.
No primeiro ano foi celebrado um protocolo, no valor de 34.500€ para a construção de passeios e valetas na rua do Lugar na Piedade, na rua de S. João na Povoa da Carvalha e na Rua da Ponte em Espinhel (esta obra não foi executada).
Em 2015, a Junta de Freguesia decidiu optar por apostar a totalidade do valor de 65.000€ na execução do Parque de Jogos do Passal em Recardães. Para alem deste valor, acresce o valor da compra de terrenos que poderão ascender a dezenas de milhares de euros se não  centenas..
Em 2016 foi celebrado um novo protocolo para execução de passeios e valetas, no valor de 67.500€. Como forma de equilíbrio, a Junta optou por fazer essas obras na Freguesia de Espinhel.
Este ano de 2017, a escolha recaiu, mais uma vez, sobre obras no parque de jogos do Passal, para melhorias nos edifícios da Junta em Recardães e Espinhel e ainda o arranjo da zona junto à passagem de nível no Casainho de Cima (obra proposta no Orçamento Participativo, mas que não foi seleccionada). O valor total do protocolo foi de 69.000€, sendo que 15.000€ são para o campo de jogos do Passal, 34.000€ para os dois edifícios da Junta e 15.000€ para o arranjo no Casainho de Cima.
Naturalmente que isto não diz tudo, mas esclarece um pouco daquilo que alguns apregoam de que apenas a freguesia de Espinhel foi beneficiada.
O largo da Junta em Espinhel continua nas mesma. Quatro anos volvidos e ainda esperamos o tal milagre de ultima hora antes da eleições. 
Há quatro anos tínhamos um Parque da Pateira cuidado, com edifício de bar e casas de banho, que embora antigo, mas servia de apoio a toda a actividade do parque. A Junta e muitos voluntários, fizeram ali um trabalho meritório no primeiro ano de mandato, mas depois deixaram que se destruísse toda aquela beleza e ficasse apenas uma mão cheia de nada.
Muita coisa se fez, mas feito um balanço quase final, ninguém me convence que realmente fomos nós os beneficiados.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Autárquicas em "lume brando"

As eleições autárquicas que se aproximam, trouxeram-nos um ambiente atípico, desde o inicio do processo de escolha dos candidatos, até à sua apresentação publica.
Tirando o PSD, que tinha de "fazer caminho" e que saiu na frente com a apresentação do candidato à Câmara e alguma (poucas) Juntas de Freguesia, apenas o CDS parece ter as suas escolhas mais adiantadas.
A suposta "Lista Independente", tarda em aparecer, embora se confirmem algumas movimentações nas freguesias para a escolha de candidatos, já que para a Câmara poucas surpresas se esperem e para a Assembleia Municipal já há candidato há algum tempo. 
Na UFRE as coisas ainda estão em "lume brando". Para candidato do PSD vai-se falando no nome de Manuel José Campos(Nelo), mas ainda poderá haver surpresas. Parece que não estará totalmente de parte, a hipótese do aparecimento de uma outra figura de peso do partido, ou ainda, a de Pedro Gomes se voltar a apresentar a votos (se não aparecer nada mais apelativo).
Quanto à "suposta Lista Independente", parece que já escolheu o candidato, embora se fale que não quer fazer "grande mossa" por estes lados. Terá escolhido uma figura fora do espectro politico habitual e estará a angariar apoios de outras figuras também discretas. São coisas que alguns terão dificuldade em entender, mas eles com certeza lá saberão o que fazem e o povo lá estará para julgar.
Quando ao CDS, diz-se que estará a ter mais dificuldade, pois a aliança com o PSD em 2013, ter-lhe-à encurtado o espaço de manobra e não se sabe se apresentará candidatura.
O PS parece que irá recorrer a um "peso pesado" do partido, tentando aproveitar a eventual troca de cabeça de lista no PSD, pois esta é a segunda maior União de Freguesias do concelho e convém não ficar  aquém das expectativas. 
Se nos prazos e no espectro politico as coisas são atípicas, já na fraca aposta dos partidos nas Freguesias a coisa continua na mesma. Os partidos/listas mostram-se muito preocupados com a conquista da Câmara Municipal, mas continuam a descurar as Freguesias. Nomeadamente o PS, não tem tido qualquer avanço relativamente ao que era no passado, muito pelo contrário. Mesmo com a conquista da Câmara em três eleições seguidas, nem sequer conseguiu manter as Juntas que tinha.
Até as eleições as Freguesias são o parente pobre da politica. Como é que querem que durante os quatros anos de mandato o deixem de ser?

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Autárquicas: Candidatos em aberto

Chegados a Junho, a 4 meses das autárquicas, os candidatos à Junta da UFRE continuam em aberto.
Se há 4 meses atrás não faltavam candidatos a candidatos, agora parece que a coisa já não é bem assim. 
Já acompanho isto das autárquicas há muitos anos e não me recordo de tamanho atraso na apresentação dos candidatos. Na UFRE não há ainda nenhum candidato confirmado.
Com o aparecimento de uma lista independente à Câmara  e Assembleia (supostamente também concorrente às freguesias), a coisa parece que mudou de figura. Apenas o PSD parece ter o candidato escolhido, estando as outras forças ainda a ultimar as suas escolhas. Pelo que se vai lendo e ouvindo, parece que a escolha do PSD é Manuel José Campos (Nelo), actual mesmo do executivo e, ao que se tem visto, tem sido o braço-direito do Presidente "em exercício". Se assim for, é uma escolha natural, pois o Presidente já tinha comunicado a intenção de não se recandidatar, mas "até ao lavar dos cestos é vindima", como diz o povo.
As outras forças politicas ainda não terão decidido os seus candidatos, nem se sabe mesmo se todas elas irão concorrer. Sinais dos tempos. Assim vai a politicas local.
Que a escolha recaia sobre os melhores e que os melhores sejam do PS.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Uma "reforma" antecipada

Há alturas na vida que temos de tomar decisões difíceis. Quando chegamos a uma certa idade, já não pensamos apenas em nós, mas, e acima de tudo, naqueles que dependem de nós.
Estruturamos a nossa vida para lhes dar o melhor que conseguimos; na educação, na formação, nos valores e mesmo no património. Sim, porque tudo (na sua medida) é importante. Por isso as decisões são mais ponderadas, tendo sempre em conta os efeitos que podem ter na vida deles. 
Por mais que nos preparemos, parece que nunca estamos à altura dos desafios e todos os dias somos surpreendidos por algo para o qual parece que não estamos devidamente preparados. Por isso todo o empenho é pouco para enfrentar estes desafios.
Esta reflexão vem a propósito de vários convites/desafios que tenho recebido ultimamente. Isto a vários níveis. Já levo mais de meia vida e os meus objectivos vão sendo cumpridos pouco a pouco. Por isso, tenho de ponderar bem os compromissos que poderei assumir, para que não ponham em causa o que consegui até aqui e também o futuro dos meus "dependentes".
Mas há decisões difíceis de tomar. Por questões de ADN, sou sempre tentado a abraçar novos desafios. Mas desta vez tenho mesmo de resistir. E resistir não é desistir. Há uma distancia enorme entre as duas coisas. Desistir não. Desistir de viver e de intervir, nunca. Mas uma "reforma" antecipada ia saber-me ás mil maravilhas. Vamos ver se me dou bem com a receita.


quinta-feira, 25 de maio de 2017

Obras no Largo da Junta - Junta aguarda projecto e dinheiro da Câmara

A Junta de Freguesia prepara-se, finalmente, para avançar com as obras no Largo e edifício da Junta em Espinhel.
Estas obras, reclamadas há anos pela população, devem contemplar o arranjo da Rua do Canto, ajardinamento do Largo da Junta e algumas obras no edifício da Junta de Freguesia.
O valor das obras não é ainda conhecido, mas dado o volume elevado de obra, parece que só mesmo a Câmara Municipal terá capacidade para a realizar. 
O projecto estará entretanto já concluído e as obras deverão avançar muito em breve, pois as eleições estão aí à porta.
Numa 1ª versão, previa-se que a Rua do Canto ficasse apenas com um sentido, no entanto esta versão poderá ainda não ser a definitiva.
De lembrar que a Câmara Municipal comprou o terreno anexo à Junta há cerca de 5/6 anos e desde aí mais nenhuma obra de vulto foi feita naquele espaço.
Houve uma proposta para a requalificação do espaço no Orçamento Participativo de 2016, mas acabou por não avançar.
Há que aproveitar a maré e transformar aquele local num espaço digno, que Espinhel já devia ter há muitos anos.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Quem se mete com o PS, leva!

Esta frase tornou-se "viral", quando em 2001, Jorge Coelho a proferiu, de uma forma "inflamada", em resposta a uma critica do então bastonário da Ordem dos Advogados.
Na realidade, esta é uma frase que se poderá aplicar a todos os partidos e a muitas situações na vida. Não no verdadeiro sentido da palavra, claro, mas numa perspectiva metafórica, pois as organizações em geral e os partidos políticos em particular, tem a tendência para aproveitar o momento certo para "fazerem de sua justiça". E é isso que temo que possa acontecer agora. As pessoas que não pensam de uma certa forma (pensam por sua cabeça), não servem para certos fins e por isso são colocadas de lado. Mas a vida é feita de escolhas e os partidos tem as suas, quanto a isso nada a opor. Mas não cai bem, a quem emprestou o que de melhor tinha e sabia, agora ouvir que, afinal, só porque não "pagou as quotas" já não é bem-vindo.
Fico triste. Fico mesmo muito triste se isto acontecer. E não falo sequer do meu caso particular. Falo de muitas e muitas pessoas que, ao longo destes últimos anos, contribuíram para tornar o PS um partido distinto daquilo a que estávamos habituados. Não pretendo nada da politica, a não ser defender a minha terra e os valores em que acredito. A politica foi apenas mais uma forma de intervenção cívica, entre muitas, que exerci ao longo da minha vida. Não estou, nem nunca estive à espera de nenhum "tacho", vindo de onde quer que seja, muito menos por causa da politica. Trabalhei e trabalho todos os dias para sustentar a família de uma forma honesta. Recusei e continuarei a recusar qualquer privilégio em relação aos demais em qualquer circunstancia. Não mudo de ideias, por qualquer conveniência ou facto de circunstancia. Se alguma vez tiver que mudar, será por convicção, mas espero que isso não venha a acontecer.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

O ano de todos os "milagres"

O ano de 2017 vai ser propício a "milagres" de vária ordem. Em 1º lugar porque é o centenário das aparições de Fátima e em 2º porque é ano de eleições autárquicas.
Esperam-se "milagres" de vária ordem: Multiplicação de betuminoso pelas ruas, multiplicação de passeios e valetas, desaparecimento de buracos ( e aparição de outros), aparição de "instalações sanitárias e afins", aparição de obras de restauro, arranjos urbanísticos... enfim, um sem numero de autênticos "milagres". Pena é que anos como este sejam raros.
A historia repete-se. Não vale de grande coisa mudarmos de moleiro. A farinha acaba toda por ir parar ao mesmo saco. 
Vamos mas é aproveitar esta fase "milagreira" e puxar a brasa à nossa sardinha. É que, se deixarmos passar esta "onda de calor", corremos o risco de comer a sardinha crua ou ficar a ver passar... "sardinhas". 

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Somos todos Nadais

Gil Nadais trouxe uma nova forma de gestão autárquica ao concelho de Águeda. A partir de Gil Nadais nada será como antes. Traçou o seu rumo, colocou as finanças em dia e parece ter conseguido concluir os seus principais projectos.
Desde muito novo que Gil Nadais é um líder nato. Há que diga que é autoritário, mas goste-se ou não da forma, o que é certo é que funcionou. 
Escolheu a sua equipa, colocou-a ao serviço dos objectivos traçados por si, e funcionou.
Escolheu uma solução de continuidade para a sua secessão, mas desta vez não funcionou.
Nadais tinha o eleitorado consigo, mas não tinha o partido. E o partido achou que era altura de se fazer ouvir, porque acho que sempre teve dificuldade em se fazer ouvir enquanto Nadais era o líder do Município.
Mas agora todos são Nadais. Todos se acham os verdadeiros seguidores da sua politica. Degladeiam-se na praça publica para ver que é mais que o outro.  Vejam bem que nem a oposição não se atreve a afrontar a sua politica.
Estive na maioria das vezes ao lado de Nadais. Divergi das suas opções algumas vezes, talvez devesse divergir mais. Não fui uma "ovelha de rebanho" e tambem não é agora que vou ser. Fez muitas coisas boas, mas tambem cometeu muitos erros. Não teve em conta a maior parte das propostas que lhe fiz para a minha Freguesia (acho que nunca me levou muito a sério na politica). Por isso, quase a chegar ao final do mandato, vejo goradas muitas das minhas expectativas. Mas é assim a politica e a vida. 
Gil Nadais fica na história do concelho de Águeda e o resto é conversa.


quarta-feira, 12 de abril de 2017

A Pateira e o eucalipto

As margens da Pateira são normalmente zonas férteis com grande capacidade de florestação.
Em tempos, as zonas mais planas eram aproveitadas para hortas, plantação de batata e cultura de vários tipos de cereais.  Algumas encostas eram aproveitadas para vinhas e outras para pinhal. Com a industrialização, estas zonas, normalmente pequenas áreas, foram abandonadas. 
Com a invasão do eucalipto, árvore de crescimento muito mais rápido do que as tradicionais/autóctones, os proprietários foram substituindo as suas plantações por esta espécie.  
Conforme os governos vão mudando, as leis mudam também e nos últimos anos, temos assistido a avanços e recuos na legislação sobre a plantação desta espécie.
Normalmente, os governos de direita apoiam a proliferação do eucalipto e aprovam (ou fazem aprovar) leis que protegem/incentivam esta "industria". Depois vem os governos mais à esquerda e voltam a penalizar a plantação desta espécie.
Mas, independentemente disso, a Pateira tem especificidades que deveriam ser respeitadas. Defendo que se devia criar um "perímetro" de interdição desta espécie e incentivar a plantação de espécies autóctones e/ou espécies adequadas a uma área protegida, que deixassem proliferar no solo outras espécies e outros seres vivos. Sim, porque o eucalipto acaba com a "vida" no solo. Para alem de "sugar" uma enorme quantidade de água, deixa um rasto desértico à sua volta.
Tambem outras espécies invasoras como as "acácias", que embora muito bonitas no final do inverno/inicio de primavera, são uma ameaça para a biodiversidade.
Para alem disso, temos o sentido estético das margens da Pateira. Como defendia há dias um colega autarca, é só comparar as imagens, que rapidamente temos acesso na internet , quando pesquisamos as zonas dos grandes lagos (por exemplo no Canadá) e a imagem que temos nas margens da Pateira.
Não sou especialista nesta área, mas tenho imenso interesse em estudar estes temas. Tenho acompanhado vários estudos/pareceres, de pessoas e entidades ligadas ao meio ambiente, que defendem que se deve controlar a plantação das espécies de forma a garantir a biodiversidade.
Parece que este Governo vai introduzir, mais uma vez, alterações à lei. Mas é preciso que se faça cumprir. Há casos em que os eucaliptos estão a escassos metros das margens. E não tenho visto nenhuma entidade capaz de actuar para impedir que isto aconteça. 
Parece que, nesta nova proposta de lei, as Câmaras terão de passar uma autorização para que se possa plantar eucaliptos. E para a obter terão de ser cumpridos uma serie de requisitos, como a "compensação" por plantação de outras espécies e/ou o abate de uma área superior de eucalipto.
A ver vamos, mas uma coisa é certa, acho que todos gostaríamos de ver esta zona mais bonita, mas aprazível para quem aqui vive e para quem nos visita.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Candidatos a candidatos

A época pré-eleitoral é propicia ao lançamento de vários nomes na praça publica como potenciais candidatos aos órgãos autárquicos.
Com a proliferação dos canais de comunicação, como as redes sociais, a informação/desinformação chega muito mais rápido e de muitas fontes. Às vezes são lançados nomes, que passadas poucas horas acabam desmentidos pelos próprios. 
Como é normal, para quem anda nestas coisas, também acabei por ser arrastado para a lista dos candidatos a candidatos. Naturalmente que isso não me incomoda, embora já tenha explicado em vários palcos que não é minha intenção concorrer a qualquer cargo. Mas percebo bem os meandros da politica e percebo a intenção.
Mas é com alguma insatisfação que observo o que se vai passando à nossa volta. Temo que tenhamos mais do mesmo. Que não haja a renovação que tenho defendido e que as escolhas voltem a recair sobre mais ou menos os do costume.
Acabo de ler algumas declarações de pessoas ligadas ao sistema politico, que de tanto defenderem o processo democrático, acabam por não perceber que os partidos/listas limitam as escolhas dos eleitores a um grupo restrito de pessoas.
Mas a democracia é isto mesmo. E enquanto não encontramos outro, este é o melhor sistema que há (pena que a abstenção não conte para os resultados).

sábado, 8 de abril de 2017

Pateira Nascente - A verdade incómoda: Parte 3

Durante este  anos de desenvolvimento do projecto Pateira Nascente, foram apresentados vários projectos para potenciar a zona da Pateira.
Já aqui falei nalguns, mas os mais emblemáticos foram: o Parque de Campismo, Parque Aventura, o Barco Solar, o Centro de Interpretação e a ligação da cidade à Pateira por uma via pedonal e ciclável.
A todas estas propostas, a autarquia não deu qualquer andamento. Embora tenha reconhecido o mérito de quase todas as propostas, não conseguiu concretizar nenhuma delas. Mas ainda está a tempo.
Sinalizaram um trilho, que supostamente liga a cidade à Pateira, mas não vi qualquer empenho em dinamiza-lo (pode ser falha minha).
Chumbaram uma proposta no OP, para uma embarcação solar na Pateira, porque: 1º ultrapassava o orçamento, 2º não tinha os pareceres necessários, 4º porque não era sustentável e por ultimo porque não conseguia navegar na Pateira. Estes argumentos iam surgindo conforme os anteriores se iam esbatendo um a um. O projecto era inferior ao estabelecido, os pareceres eram favoráveis, o modelo de exploração estava definido e negociado e a Pateira tem muita água..
Depois foi o Centro de Interpretação da Natureza. Ideia que até nem foi nossa, mas dos técnicos. Apresentado o estudo/projecto, "nem sim, nem sopas". Nem está bem, nem está mal. Apenas nos ignoraram e deixaram de passar confiança. Muito bem. Para bom entendedor meia palavra basta. Era claro que estávamos a ser inconvenientes. Éramos uma pedra no caminho.
Foi aí que saímos de cena, para deixar passar que pudesse querer chegar-se à frente. Ficamos depois a aguardar por desenvolvimentos.
Então, eis que surgiu a ideia de reformular o projecto do Centro de Interpretação e trazê-lo para a escola primária, entretanto fechada. Claro que não era a mesma coisa. Uma coisa era ter uma infraestrutura no Parque, dentro do campo de acção, outra coisa era tê-la localizada a cerca de 2km, fora dessa mesma zona. Mas mesmo assim, antes isso que nada.
Parece que esse projecto lá foi encomendado, mas é mais complexo do que parecia e está a demorar. Mas, segundo informações recentes, será para avançar.
Podem achar que é "mania da perseguição" ou coisa parecida, mas que isto cheira a procura de protagonismo, lá isso cheira. Dar uma roupagem nova a um projecto, que estava estudado, guardado na gaveta, para depois apresentar como bandeira nossa (talvez eleitoral), deixando de fora quem fez o trabalho, não é propriamente o mais ético. Mas adiante.
Estive neste projecto com a melhor da intenções (embora haja que veja maldade e outros interesses em tudo). Comigo vieram outras pessoas, que acolheram bem e ideia, e se empenharam da forma que puderam. Tenho de agradecer a todos por isso. Continuo disponível para passar toda a informação a que quiser colaborar. mas não me peçam para continuar com o mesmo empenho da fase inicial. Foram muitos dias, muitas noites e muitos kms ao serviço deste projecto.
Mas a vida continua... 



segunda-feira, 3 de abril de 2017

Ter razão antes do tempo

Em tempos escrevi sobre as consequências que podem advir de os partidos se fecharem em si próprios e não ouvirem a sociedade civil.
Se por um lado se compreende que a militância deve ter algumas vantagens em relação à mera simpatia politica, não é possível (nem saudável) que os partidos apenas ouçam os seus militantes e fechem a porta a figuras da sociedade civil que simpatizam com a sua linha politica.
Em Águeda, o PS capitalizou muitos "adeptos" ao longo dos últimos anos. Fruto das circunstancias, conseguiu resultados nas autárquicas que não reflectem de forma alguma a tendência normal do eleitorado. É certo que muitos o fizeram por interesse próprio, mas a maior parte fê-lo por convicção. 
Criou-se uma base de apoio que não será fácil manter no futuro (acho mesmo impossível). E, não se pode agora criticar toda a gente que participou nesse movimento, apenas porque não se filiou ou porque agora não se perfile para continuar a apoiar o partido da mesma forma. As circunstâncias são outras e o momento não é o mesmo.
A militância tem regras que não são as de uma mera simpatia politica e os partidos tem de ter consciência disso. Por isso, tem de ter uma politica de abertura à sociedade. Sair à rua e falar com as pessoas. Não convidar sempre os mesmos para os mesmos cargos. Renovar-se de pessoas e de ideias.
Sempre fui a favor da "renovação de mandatos". Não apenas dos mandatos dos eleitos, mas também das estruturas partidárias e das listas de candidatos. Por isso mesmo, fui dos primeiros a tentar trazer para a politica outras "caras", que habitualmente não faziam parte desta "elite". Conjugando essa renovação com a experiência dos que já cá estavam, sempre tentei rodear-me de gente de várias sensibilidades. 
Eu próprio, só depois dos 40 anos é que aceitei integrar uma candidatura. Nunca antes tinha feito uma campanha eleitoral. Comigo trouxe muitos simpatizantes, uns mais activos que outros, mas a grande parte deles, veio para a politica local de uma forma  empenhada e desinteressada.
Sinto que fiz o que podia para aumentar a base de apoio do PS. Sempre fui fiel, mesmo discordando de muita coisa. Algumas vezes não fiquei calado, reclamei e excedi-me. Mas fi-lo por convicção. Porque achava que era o melhor para a Freguesia e para o povo. 
Nunca pedi nada em troca para mim, nem para os meus. Estive (e estou) na politica local de uma forma desinteressada, embora alguns digam que não (mas dizem-no porque não conhecem a realidade e se calhar nem querem conhecer).
Agora é tempo de serenar e escutar outras ideias. De apoiar quem tem a energia necessária para novos "combates", não esquecendo nunca quem nos apoiou até aqui.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Pateira Nascente - A verdade incómoda: Parte 2

Após um ano de intensa actividade, onde fizemos actividades com as escolas, com grupos de visitantes, caminhadas interpretativas, apoio a diversas actividades de outros grupos, dinamização do PR1, eis que vieram as obras no Parque de Espinhel. A expectativa era grande. O que é que iriam fazer daquele espaço?. O projecto tinha sido "escondido" de toda a gente e ninguém sabia o que se iria ali fazer.
A primeira grande "obra" que ali fizeram, foi deitar abaixo o edifício do bar e das casas de banho. Muito à pressa, fomos "intimados" a retirar todo o material que lá existia, porque o empreiteiro tinha a máxima urgência em demolir o edifício.
Aqui começaram as duvidas. Se numa primeira fase, no meio de tanta pressa, não medimos bem o que poderia estar por detrás disto, numa reflexão mais profunda, dava para perceber que foi um erro deixarmos que fizessem a demolição sem garantir que lá fariam um novo "edifício".
Corremos "atrás do prejuízo", alertámos, demos sugestões (muitas), mas não vimos solução fácil à vista. Parece que só criavam entraves. Tudo era razão para não avançar com uma nova solução.
Fizemos um projecto/estudo para a implementação de um Centro de Interpretação Ambiental. Apresentamos esse estudo, com orçamento associado. Propusemos uma parceria com um proprietário de um terreno circundante para ali fazer uma infraestrutura de apoio ao parque com uma zona para acampar, outra para colocar uns bungalows e ainda uma zona para eventos. Mas nada satisfazia os técnicos nem os decisores políticos.
Claro que a inexistência de uma espaço onde pudéssemos fazer alguns eventos e de onde retirávamos a nossa maior fonte de rendimento, acompanhado de um constante bloqueio às nossas propostas, acabou por nos fazer desanimar e abrandar o ritmo.
Depois finalmente fomos convocados para uma reunião na Câmara Municipal com todos os "interessados" na zona da Pateira. Muita gente compareceu a esta "convocatória", mas aqui ficou claro e evidente que era muito difícil conciliar os interesses desta gente. Cada um puxava para seu lado e não se vislumbrava uma forma de mudar essas mentalidades. Uma prova desse desentendimento, foi a recusa da proposta que as três freguesias ribeirinhas (Espinhel, Fermentelos e Óis) se unissem nas comemorações ds 500 anos do foral, que tinha sido atribuído em 1516 a Óis da Ribeira, mas que contemplava o território de Espinhel e tambem Fermentelos.
Após essa reunião, ficou combinado marcar outra, numa das margens da Pateira, mas até agora (que se saiba) não se passou nada.
Com todas estas vicissitudes, as coisas abrandaram ainda mais.
Continua...