Há alturas na vida que temos de tomar decisões difíceis. Quando chegamos a uma certa idade, já não pensamos apenas em nós, mas, e acima de tudo, naqueles que dependem de nós.
Estruturamos a nossa vida para lhes dar o melhor que conseguimos; na educação, na formação, nos valores e mesmo no património. Sim, porque tudo (na sua medida) é importante. Por isso as decisões são mais ponderadas, tendo sempre em conta os efeitos que podem ter na vida deles.
Por mais que nos preparemos, parece que nunca estamos à altura dos desafios e todos os dias somos surpreendidos por algo para o qual parece que não estamos devidamente preparados. Por isso todo o empenho é pouco para enfrentar estes desafios.
Esta reflexão vem a propósito de vários convites/desafios que tenho recebido ultimamente. Isto a vários níveis. Já levo mais de meia vida e os meus objectivos vão sendo cumpridos pouco a pouco. Por isso, tenho de ponderar bem os compromissos que poderei assumir, para que não ponham em causa o que consegui até aqui e também o futuro dos meus "dependentes".
Mas há decisões difíceis de tomar. Por questões de ADN, sou sempre tentado a abraçar novos desafios. Mas desta vez tenho mesmo de resistir. E resistir não é desistir. Há uma distancia enorme entre as duas coisas. Desistir não. Desistir de viver e de intervir, nunca. Mas uma "reforma" antecipada ia saber-me ás mil maravilhas. Vamos ver se me dou bem com a receita.
Sem comentários:
Enviar um comentário