sábado, 9 de setembro de 2017

E se o mandato fosse um jogo de futebol?

Há algum tempo que não vinha aqui tecer mais alguns comentários à analise que tenho vindo a fazer.
Não me levem a mal, mas agora que tenho mais um pouco de tempo livre (visto estar a recuperar de uma pequena cirurgia), decidi fazer aqui uma analogia do mandato autárquico na UFRE, que está agora a terminar, com um jogo de futebol. Então vamos a isso:

As expectativas para o jogo eram altas. O campo estava "verdinho" e o tempo de feição. Estavam assim reunidas as condições para um grande jogo.
A equipada casa, munida dos seu melhores jogadores, entra a todo o gás, com o seu capitão no comando, carregando muitas vezes a sua equipa às costas, com um ritmo bastante alto.
O jogo esta aberto, havia espaço para todos e a equipa visitante explanava também o seu futebol com alguns lances bem conseguidos. o arbitro deixava jogar, contribuindo assim para a qualidade do espectáculo.
O publico parecia estar a gostar do jogo, raramente se ouviam assobios ou apupos, e assim decorreu a primeira parte.
Na segunda parte tudo mudou. Houve baixas, lesões, substituições e começou a ser notória baixa de rendimento em ambas as equipas, embora fosse mais notório na equipa da casa. 
O capitão da equipa da casa deixou de disputar os principais lances e a equipa ter-se-há ressentido disso. Assim, a equipa da casa remeteu-se ao seu meio campo e raramente chegava à baliza contrária. Ora, isto obrigou a equipa visitante a jogar na zona de meio campo e esporadicamente a fazer um ou outro contra-ataque.
O tempo de jogo foi-se esgotando e a equipa da casa parecia andar descoordenada. Mesmo assim, parecia querer guardar os últimos trunfos para a recta final. Mas as forças já não eram as mesmas e o desgaste começou a tomar conta da equipa, baixando ainda mais seu o rendimento.
A equipa visitante foi fazendo o seu jogo, na defensiva, pois as hipóteses de chegar à baliza contrária pareciam cada vez mais escassas.
Restava o tempo extra. A equipa da casa focava-se nessa ultima oportunidade e olhava para o banco à espera de uma solução milagrosa. Mas o tempo era cada vez menos e no banco não havia soluções.
O jogo terminaria assim empatado, com as duas equipas a saírem de campo com o sentimento de que o resultado podia ter sido outro, mas ainda assim, "do mal o menos".     

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