quarta-feira, 12 de julho de 2017

Um misto de sentimentos

Chegado quase ao final de mais um mandato na Assembleia de Freguesia, há um misto de sentimentos que toma conta de mim.
Foram oito anos a tentar defender uma nova forma de fazer politica. Defendendo ideias, convicções, independentemente de quem viesse.
No 1º mandato as coisas foram difíceis desde o inicio, pois após ter sido eleito Presidente da Mesa da Assembleia no dia da "instalação", acabei destituído alguns meses depois. Analisando agora a esta distancia, ainda bem que me destituíram. Ao passar a ser um simples membro da Assembleia, permitiu que tivesse mais liberdade de intervenção e o "combate politico" foi ainda mais aberto a partir daí.
No final desse mandato, já com a agregação dada como consumada, era preciso garantir uma transição pacifica e conseguir um compromisso de que não perderíamos os serviços conquistado até aqui. Por isso aceitei dar mais um contributo para tentar defender a nossa freguesia e acabar com determinados vícios instalados à demasiado tempo.
Passados estes quatro anos, alguns objectivos foram cumpridos e outros nem por isso. Fica o orgulho de uma transição pacifica (ao contrário de outros à nossa volta), de uma "convivência saudável" com as pessoas no executivo e colegas de Assembleia e ainda de algumas conquistas para a nossa terra.
Mas fica muita coisa por fazer. A Assembleia continuou (como no mandato anterior) a ser pouco activa, pouco escutada e poucas vezes se impôs perante o poder executivo. As maiorias absolutas tem coisas boas, mas não permitem a negociação e muitas vezes da negociação é que saem as melhores soluções.
Tambem as "grandes obras" ficaram por fazer. O arranjo do largo da Junta em Espinhel continua por fazer, o alargamento do acesso à Lavoura de Casal de Álvaro, quem vai para Cabanões, continua igual, o arranjo da "Vala do Morangal", na Piedade, e aquela berma/passeio até Espinhel, está na mesma. Os caminhos rurais e florestais continuam uma miséria, os limites da Freguesia continuam errados nos mapas e ninguém faz nada, o Parque da Pateira perdeu a sua principal infra-estrutura e grande parte da sua beleza natural....
Não querendo desvalorizar o esforço feito pelo actual executivo para contrariar o atraso que vínhamos acumulando há anos, continuo ainda a "bater na mesma tecla", ainda está por provar se realmente alguém saiu beneficiado desta agregação.
Mas nem tudo está perdido. "Atrás de nós virá quem melhor fará", e eu espero sinceramente que no próximo mandato haja mais iniciativa, mais envolvimento da parte de todos (membros do Executivo e da Assembleia) para encontrar as melhores soluções para as nossas gentes.
Eu não estarei lá, mas estarei atento e disponível para ajudar no que me for possível, independentemente de quem lá ficar.    

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