Chegado quase ao final de mais um mandato na Assembleia de Freguesia, há um misto de sentimentos que toma conta de mim.
Foram oito anos a tentar defender uma nova forma de fazer politica. Defendendo ideias, convicções, independentemente de quem viesse.
No 1º mandato as coisas foram difíceis desde o inicio, pois após ter sido eleito Presidente da Mesa da Assembleia no dia da "instalação", acabei destituído alguns meses depois. Analisando agora a esta distancia, ainda bem que me destituíram. Ao passar a ser um simples membro da Assembleia, permitiu que tivesse mais liberdade de intervenção e o "combate politico" foi ainda mais aberto a partir daí.
No final desse mandato, já com a agregação dada como consumada, era preciso garantir uma transição pacifica e conseguir um compromisso de que não perderíamos os serviços conquistado até aqui. Por isso aceitei dar mais um contributo para tentar defender a nossa freguesia e acabar com determinados vícios instalados à demasiado tempo.
Passados estes quatro anos, alguns objectivos foram cumpridos e outros nem por isso. Fica o orgulho de uma transição pacifica (ao contrário de outros à nossa volta), de uma "convivência saudável" com as pessoas no executivo e colegas de Assembleia e ainda de algumas conquistas para a nossa terra.
Mas fica muita coisa por fazer. A Assembleia continuou (como no mandato anterior) a ser pouco activa, pouco escutada e poucas vezes se impôs perante o poder executivo. As maiorias absolutas tem coisas boas, mas não permitem a negociação e muitas vezes da negociação é que saem as melhores soluções.
Tambem as "grandes obras" ficaram por fazer. O arranjo do largo da Junta em Espinhel continua por fazer, o alargamento do acesso à Lavoura de Casal de Álvaro, quem vai para Cabanões, continua igual, o arranjo da "Vala do Morangal", na Piedade, e aquela berma/passeio até Espinhel, está na mesma. Os caminhos rurais e florestais continuam uma miséria, os limites da Freguesia continuam errados nos mapas e ninguém faz nada, o Parque da Pateira perdeu a sua principal infra-estrutura e grande parte da sua beleza natural....
Não querendo desvalorizar o esforço feito pelo actual executivo para contrariar o atraso que vínhamos acumulando há anos, continuo ainda a "bater na mesma tecla", ainda está por provar se realmente alguém saiu beneficiado desta agregação.
Mas nem tudo está perdido. "Atrás de nós virá quem melhor fará", e eu espero sinceramente que no próximo mandato haja mais iniciativa, mais envolvimento da parte de todos (membros do Executivo e da Assembleia) para encontrar as melhores soluções para as nossas gentes.
Eu não estarei lá, mas estarei atento e disponível para ajudar no que me for possível, independentemente de quem lá ficar.
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