A Assembleia de Freguesia de Recardães e Espinhel, reuniu ontem na sua sede em Recardães com uma ordem de trabalhos de nove pontos.
Logo no inicio levantei a questão da decisão sobre a localização da sede da União de Freguesias, pois tinha enviado um pedido de esclarecimento à Mesa da Assembleia, se e quando esse assunto seria discutido, já que a lei assim o determinava. Logo fui esclarecido que a Mesa não estava para aí virada e que só levava isso a discussão, numa Assembleia extraordinária, se alguém o solicita-se. Como não parece que o Presidente do executivo assim o deseje, seria necessário que pelo menos 1/3 dos membros o solicita-se. Sendo assim, parece-me que não vai haver pronuncia da Assembleia e o caso fica tal como está no anexo à lei 11-A de 2013.
Entre os vários pontos da ordem de trabalhos, a maior relevância vai para o Plano e Orçamento de 2014 e para o Plano Plurianual daí resultante.
Quanto ao Plano e Orçamento, foi reconhecido por praticamente todos os que intervieram, que este era um orçamento pouco ambicioso. Um orçamento de 335.500€ para a segunda maior Freguesia do Concelho é, para mim, claramente muito pouco ambicioso. Concordo que houve pouco tempo para a preparação do orçamento, mas bastava somar os anteriores orçamentos da duas Freguesias para perceber que este valor fica muito aquém daquilo que se esperava.
Um dos pontos que me pareceu que até seria um lapso, foi a verba de 5.000€ para apoio às Associações da União de Freguesias. Ora sabendo que no nosso território existem, pelo menos, 16 associações, parece-me que é irrisório o valor que se atribuiu. O executivo terá agora de encontrar soluções para dar outro tipo de apoio, que não o financeiro, a essas instituições, ou então rectificar o orçamento numa próxima oportunidade. O Plano e orçamento foi aprovado por maioria.
Foi também aprovado o novo "logótipo" da União das Freguesias (com 3 versões), mantendo-se os dois actuais brasões.
De uma forma geral, parece-me existir claramente uma nova forma de actuação, mais transparente, mais objectiva e mais dialogante do que aquilo a que estávamos habituados. No entanto espera-nos ainda muito trabalho para uma plena integração, e falta delinear uma estratégia que nos permita a todos, fazer a diferença e, acima de tudo, sabermos onde queremos chegar e como o devemos fazer.
Gostei da atitude de alguns elementos da Assembleia, muito interventivos, que de uma forma construtiva deram as suas ideias para enriquecer o debate. Já outros, parece-me que estão pouco à-vontade e "entram mudos e saem calados", votando apenas de acordo com a determinação do partido.
Parece-me que o "caminho faz-se caminhando", e o grupo terá entre si bons valores, que se forem colocados ao serviço do bem comum, poderão, no futuro, desenvolver em conjunto um excelente trabalho para a União de Freguesias.