quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A tempo inteiro ou de corpo inteiro???

Durante a ultima campanha eleitoral, o assunto do presidente a tempo inteiro, meio tempo ou outro tempo qualquer, não teve a notoriedade que, quanto a mim, lhe devia ter sido dada. Os candidatos talvez tivessem algum receio da reacção do eleitorado a este assunto. Com uma Freguesia com a dimensão actual, é necessário gerir os seus destinos de maneira mais eficaz, utilizando outras "ferramentas" que até aqui nunca foram exploradas. Por isso tenho alguma expectativa sobre a maneira como o novo presidente, e o seu executivo, irá lidar com a situação.
Olhando para o exemplo do que se passava até aqui em Espinhel, tínhamos um presidente a tempo inteiro na função e as pessoas estavam habituadas e centrar as reclamações e solicitações na pessoa do presidente. No entanto os resultados são sobejamente conhecidos e não vou aqui falar novamente sobre isso. Em Recardães não tínhamos um presidente a tempo inteiro, mas tínhamos um outro elemento do executivo que, se não era a tempo inteiro, pelo menos tinha muita disponibilidade para a função. Neste momento a realidade é outra: o território aumentou e a disponibilidade parece ter diminuído. Ora aqui começa o grande desafio da nova gestão.
Há quem diga que a solução é colocar um "gestor" a tempo inteiro à frente das obras e assim colmatar algumas fragilidades do sistema. Eu não partilho desta opinião. Outra solução, seria atribuir "pelouros" aos elementos do executivo, dividindo assim as tarefas, na expectativa de chegar a todo o lado de forma mais eficaz. Aqui já me parece uma solução mais coerente, embora tenha duvidas sobre a forma como seria feita essa distribuição .
Acima de tudo é preciso encontrar uma forma de estar próximo dos cidadãos e ir ao encontro das suas necessidades sem defraudar as suas expectativas.
Não podemos "ter sol na eira e chuva no nabal". E estamos a falar de um mandato de quatro anos, não de quatro meses. Tem de haver capacidade de mobilização da equipa, que até aqui se mostrou unida e empenhada, durante todo o mandato. Ou temos realmente disponibilidade para dedicar à função ou então "a montanha irá parir um rato". 

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