domingo, 25 de novembro de 2018

Actualizações - A febre continua

Já há algum tempo que não vinha aqui tecer alguns comentários sobre a vida publica da nossa terra, por isso vou aproveitar para me pronunciar sobre vários temas.
O 1º é sobre a triste noticia do falecimento da nossa Professora D. Fernanda. A D. Fernanda foi uma personalidade marcante da minha geração. Por ela passaram dezenas, ou até centenas de alunos. Dona de uma personalidade muito forte, de um rigor atroz, ajudou a construir as bases de conhecimento de muitos alunos, nos quais me incluo. 
Não era uma figura consensual. Nada disso. Era até bastante contestada por alguns, devido aos seus métodos de ensino (mais à base de pancada do que de palavra), mas temos que entender que os tempos eram outros e, o que é certo, é que das mãos da D. Fernanda saiam os melhores alunos.
Deixou-nos aos 80 anos de idade, depois de uma vida preenchida e que nem sempre lhe foi fácil. Paz à sua alma.
O 2º tema tem a ver com sistemática falta de limpeza de alguma ruas da Freguesia. Dá dó percorrer algumas zonas, onde os moradores parece que fazem parte de uma outra classe. Fregueses de segunda.
Mas, por outro lado (3º ponto), noutras ruas, fazem-se e desfazem-se passeios, sem que se perceba os reais motivos destas alterações. Embora haja que nem se considere da freguesia, mas tenha direito a tratamento VIP. É a febre dos passeios que vai fazendo o seu caminho.
Por ultimo quero referir o trabalho que finalmente está a ser feito no largo da Igreja em Espinhel. Finalmente alguém olhou para a necessidade de dar outra dignidade aquele local. 
Em tempos tive a oportunidade de sugerir a realização destas obras, para as quais existia um projecto que facultei ao Presidente da Junta da altura.
Era um projecto mais arrojado. Previa a demolição do muro que confina com o largo, a construção de estacionamento em espinha, o que implicava outros custos, que talvez não seja possível concretizar agora. Esta solução apenas peca por garantir poucos lugares de estacionamento.
De louvar ainda a construção da passadeira sobre-elevada naquele local. Pode não agradar a todos, mas o que é certo é que certos veículos passam ali a velocidades completamente proibitivas, o que põe em risco quem ali transita. Vamos ver se resulta.

  

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Novos desafios

Depois de algumas "voltas no travesseiro", decidi abrir uma nova página na minha vida profissional.
O gosto pelas "casas" e pelas pessoas, levou-me a abraçar uma nova carreira. Consultor Imobiliário (é assim que eu defino esta nova função). 
Escolhi uma marca que quer marcar a diferença no mercado imobiliário. Escolhi a CENTURY 21, líder mundial no sector imobiliário. Uma marca com origem nos Estados Unidos da América, mas espalhada pelo mundo em 78 países.
Uma marca que se rege por princípios éticos muito rigorosos. Onde as pessoas são o centro das atenções. Onde o consultor é formado horas e horas a fio, para seguir à risca métodos de trabalho bem definidos e devidamente testados em todo o mundo.
Não se trata de simplesmente vender casas/imóveis. Nada disso. Trata-se de avaliar as necessidades, motivações e aspirações do cliente, para lhe propor a melhor solução para o seu caso. Seja para vender, comprar ou arrendar, o cliente é acompanhado em permanência pelo consultor: antes, durante e depois de fazer o negócio. 
Uma marca em forte expansão no mercado nacional e ibérico. Uma equipa em crescimento e afirmação no mercado imobiliário.
Os próximos seis meses serão de transformação e adaptação a esta nova tarefa, mas continuarei a acompanhar os outros projectos em que estou envolvido, tanto na X-DOMUS, como na LOUNGRISTOR.
A X-Domus, empresa de soluções para eficiência energética em edifícios, continua a fazer o seu caminho e a Loungristor, projecto de turismo rural, está em fase de aprovação do projecto, para avançar, ainda em 2018 ou no inicio de 2019, com a adaptação de dois imóveis para turismo rural em Arganil.
Conto com o apoio de uma equipa multidisciplinar, capaz de ajudar a levar a cabo estes projectos. 
A família tem sido o pilar essencial e é com eles, e também por eles, que continuo a batalhar em todas estas frentes.
Vamos a isto!  

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Uma vida de sonhos - Parte 2

Nos últimos 10 anos tive uma actividade profissional muito intensa. Cheia de novas experiências, muita dedicação e até sacrifício. Cheguei a ser visto em casa como um "estranho", tal era o pouco tempo que ali passava. Quando os meus filhos me viam ali muito tempo, pensavam que algo estava a correr mal.
Em 10 anos, ajudei a crescer uma pequena empresa, que facturava uma dezenas de milhar de euros/ano, para uma totalmente diferente, que chegou a facturar quase dois milhões por ano.
Pelo meio ainda ajudei a criar uma nova empresa de "trading" (comercio internacional) que rapidamente chegou a facturar mais de um milhão de euros.
Mas, tudo isto parecia pouco, aos olhos de alguns. Por isso, arriscamos outros mercados para tentar ganhar alguma estabilidade e enfrentar a crise que se estava a instalar no mercado nacional.
Mas tudo saiu ao contrario. Nem crescimento, nem estabilidade, nem novas forma de contornar a crise. Com um endividamento excessivo e com a crise instalada nos mercados onde operávamos, fomos ainda "surpreendidos" por um ataque externo com o qual não estávamos a contar. 
Depressa percebi que dificilmente conseguiríamos resistir. Só mesmo com um "milagre". Bem tentamos, mas o "milagre" não aconteceu e acabamos por desistir nos finais de 2014.
Como devem calcular, isto foi um trauma difícil de ultrapassar. Aliás, talvez nunca o consiga ultrapassar verdadeiramente. Por isso, não me via/vejo a ter novamente uma "estrutura pesada" ao meu encargo para desenvolver a minha actividade profissional.
Daí ter criado um novo projecto profissional, à medida daquilo que um desejava: qualidade de vida, estabilidade e baixo risco. Uma "coisa" que dependesse essencialmente de mim.
É isso que continuo a procurar incessantemente. Para isso, estou à beira de abraçar mais dois novos desafios.
Um deles prende-se com um projecto de turismo (já em curso) e outro no ramo imobiliário.
São sonhos que vou perseguindo. Agora com mais cuidado que noutras fases da vida, mas nunca deixando cair aquilo que acredito que me realiza.
Vamos a isto!

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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Uma vida de sonhos - Parte 1

Desde muito cedo que fui uma pessoa determinada. Peguei nos meus sonhos e trabalhei para os concretizar. Uns consegui, outros ainda não. 
Um dia vi um electricista a trabalhar e decidi ali que queria ser electricista. Teria por volta dos 10 anos de idade. A vida continuou, estudei electrotecnia e tornei-me electricista por volta dos 18 anos.
Mas achava que só me poderia realizar pessoalmente se trabalhasse por conta própria. Aos 20 anos comecei a fazer alguns pequenos trabalhos por conta própria. Tinha dois "empregos". um na fabrica, como electricista de manutenção, e outro ao fim do dia e fins de semana em casa de pessoas conhecidas a fazer instalações eléctricas. 
Aos 21 contratei o meu primeiro colaborador, comprei o primeiro carro, uma carrinha Renault 4L nova, e fiz talvez o melhor negócio da minha vida (até hoje). Quando fui chamado a "negociar um aumento de ordenado, convenci o meu patrão a pagar-me o ordenado que eu tinha no ano anterior (a tempo inteiro), para eu trabalhar a meio tempo a partir desse ano. Não foi fácil esta tarefa, mas consegui. Foi assim durante dois anos. Tinha um gravador de chamadas de cassete em casa (coisa muito moderna para a época) e, à hora de almoço e ao final do dia, ouvia as mensagens que os clientes deixavam no gravador e respondia à solicitações. Fazia o trabalho de manutenção na fábrica e fazia instalações eléctricas em casas, fábricas e outros edifícios.
Passados esse dois anos, achei que tinha chegado a altura de arriscar tudo no negócio por conta própria e convenci o meu patrão a contratar-me à hora para fazer o trabalho na fábrica.
Foram anos de forte expansão, onde contratei vários funcionários, chegando a ter uma equipe de 14 pessoas e tendo uma carteira de obras em curso que chegou a mais de duas dezenas.
Em 1990, fruto do crescimento da actividade e aproveitando um bom momento do mercado imobiliário, decido arriscar numa loja de venda de sanitários e aquecimento central. Escolhi uma marca de referencia no mercado (a ROCA) e consegui uma "representação" para o concelho de Águeda. Era mais um sonho que se estava a realizar.
Mas as grandes marcas exigem muita experiência e firmeza e eu não estava preparado para esse desafio. Não estudei bem o mercado, não me rodeei das pessoas certas, fui apenas pela emoção, o que se revelou não ser suficiente. Acabei por (desesperadamente) propor à marca a entrega da loja, mas eles não aceitaram e tive que arcar com as consequências, o que me custou meia dúzia de anos de trabalhos e muitas horas de sono perdidas.
Mas, como diz o povo, "quando se fecha uma porta abre-se logo uma janela". Assim foi. Logo a seguir, fui desafiado por um parceiro de negócio, a juntar-me a ele em Aveiro e fazermos uma "grande empresa", aproveitando as mais-valias de cada um. Num primeiro momento fui cauteloso e cheguei a recusar. Não era fácil abandonar um mercado onde estava implantado à 15 anos e rumar a Aveiro, que para um "provinciano" como eu, era demasiado longe. Pedi um período de experiência e passado meio ano lá fui de "armas e bagagens" para Aveiro. 
Continua...

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Novos desafios

A idade vai trazendo outras formas de ver as coisas. Outra forma de encarar a vida e de enfrentar os desafios. A experiência vai deixando cair algumas expectativas e vai requerendo mais tranquilidade nas nossas decisões.
Por tudo isto, torna-se cada vez mais difícil tomar decisões arriscadas. Se por um lado não podemos por em causa aquilo que conseguimos, por outro sente-se que não podemos adiar certas decisões, com o risco de nunca as virmos a tomar.
Mas, há uma altura que se torna imperativo decidir. Nem que isso nos roube alguma tranquilidade e  algumas horas de sono.
Esse momento está a chegar. Há que virar algumas páginas. Não vale a pena continuar a adiar aquilo que achamos que nos realiza.
Os próximo dias serão de grandes mudanças. Espero que seja para melhor.
Vamos a isso!

terça-feira, 18 de setembro de 2018

O que é preciso é calma

Nos últimos tempos as coisas tem andado tão calmas que nem há motivo e/ou motivação para escrever alguma linhas.
Talvez esta calmaria traduza a verdadeira essência da "coisa". A maioria da nossa gente contenta-se com a sua rua e/ou a sua valeta ajeitada. É isto que é preciso cuidar. Não vale a pena ter ilusões. Só o tempo pode alterar esta nossa condição.
Não vejo força nem motivação para reivindicar mais obras, mais desenvolvimento ou mais autonomia. Somos um povo resignado. Tristemente resignado.
Ao nosso lado vemos outras freguesias a desenvolver-se. Pessoal a trabalhar nas ruas todos os dias. Ruas, jardins, passeios, etc. Qual será o segredo? Para esses há dinheiro. Há máquinas. Há materiais. Qual é a diferença?
Prometeram-nos "mundos e fundos". Íamos ser a segunda maior "freguesia" do concelho. Íamos ter máquinas , pessoal, influência, etc, etc, etc. E agora? Qual é o problema? 
Sei que não deve ser fácil. Mas não foi por falta de aviso. Agora...o que é preciso é calma.
    

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Incêndio nas margens da Pateira

No passado sábado fui alertado, pela chamada de um amigo, de que havia um incêndio para os lados da Pateira em Espinhel. Como não estava nesta zona, aproveitei para ligar ao meu irmão e saber onde era e qual a dimensão do incêndio. Afinal era na zona do "Adouro", já em terras de Óis da Ribera.
Pelos vistos o fogo era de pequena dimensão e a rápida intervenção dos meios de combate, dominaram rapidamente o incêndio.
Não sei qual terá sido a origem, talvez uma queimada, ou algo mais "abusivo",  terá saído de controlo e alastrar às redondezas.
Mas o que me leva a escrever sobre este assunto e o perigo que existe naquela encosta. Terrenos abandonados, sem qualquer limpeza. Uma floresta descontrolada, com um misto de vegetação sem qualquer ordenamento nem limpeza. 
Um dia destes é mesmo a sério e não há meios de combate que nos acudam.
  

segunda-feira, 2 de julho de 2018

A Festa da Pateira e o Dia da Freguesia

Já  varias vezes aqui fiz referencia à importância que tinha o segundo domingo de Julho para a Freguesia de Espinhel, mas nunca é demais relembrar.
No tempo em que em redor da Pateira se faziam bailes e festas populares, um pouco por todo o lado, em Espinhel, no segundo domingo de Julho,  as pessoas reuniam-se nas margens do nosso "ribeiro", com os seus farnéis, por ali conviviam e merendavam. Os mais novos faziam um recinto, vedado com acácias, pois o dinheiro do bilhete era preciso para pagar ao "jazz" e não se podia facilitar. Ali dentro dava-se um pezinho de dança, tentava-se um "engate", que quando corria bem, podia alargar-se depois para as imediações.
Era um fim de semana de festa e todos se orgulhavam do seu baile ser melhor que o do vizinho.
As coisas foram mudando e as Festas da Pateira foram deixando de ter aderência e foram acabando um pouco por toda a zona ribeirinha. Em Espinhel, a ultima Festa da Pateira, penso que foi realizada em 1997 ou 1998.
Alguns anos depois, a Junta de Freguesia "pegou na data" e começou a comemorar o Dia da Freguesia. Foram anos de "expansão", a festa foi ganhando cada vez mais adeptos, chegando a alcançar perto de um milhar de participantes.
De manhã realizava-se o ciclo-turismo, dando a volta à Freguesia, depois seguia-se a Missa no parque, de seguida o almoço e, durante a tarde, havia muita animação e convívio entre todas as pessoas da Freguesia.
Era um dos momentos mais altos, e dos poucos em que as pessoas se encontravam durante o ano, já que a Freguesia é muito dispersa.
Com esta coisa da agregação, as coisas parecem estar a esvaziar-se um pouco. Aliada à constante alteração de datas, passando pela desistência do ciclo-turismo, sem que se encontrasse uma alternativa, são vários os motivos para que as coisas deixassem de ter o mesmo simbolismo e interesse de outros tempos.
Pese embora o esforço da Junta de Freguesia e de algumas associações, estamos longe de conseguir uma mobilização de outros tempos. Mas, pelo menos este ano, teremos uma festa no segundo domingo de Julho, a fazer lembrar outros tempos.
É o culminar de uma "Freguesia em Festa", que (quanto a mim) terá de procurar um outro formato para conseguir mobilizar as gentes destas duas freguesias tão grandes e tão dispersas.

domingo, 15 de abril de 2018

O CIAP mudou de nome

Embora quase em segredo, o Centro de Interpretação do Arroz e da Pateira, está prestes a abrir ao publico.
Num projecto bastante interessante, será possível juntar as novas tecnologias às tradições do cultivo do arroz.
Mas, parece que algo mudou desde a concepção do projecto até ao resultado final. Se bem me lembro (e eu lembro-me bem), o projecto inicial tinha como base a Pateira e o arroz do Vale do Cértima. Aliás, inicialmente era mesmo para se chamar Centro de Interpretação do Arroz e da Pateira. Por isso vejo com alguma estranheza o facto de agora ser publicitado como Centro de Interpretação do Arrozais. Parece-me redutor este nome. Acho que estamos a desperdiçar uma "marca" com enorme relevância nacional e internacional que é a Pateira. Essa marca iria "alavancar" este projecto e dar-lhe outra força. mas o pessoal do marketing é que sabe destas coisas e tem obrigação de saber o que anda a fazer. Centro de Interpretação dos Arrozais, pode ser em qualquer sitio ( pois há-os em vários pontos do país), mas no vale do Cértima e na Pateira só podia se aqui.
Mas aqui fica a minha opinião (já que ninguém ma pede eu dou-a de borla), num assunto que podia ter outro fim e não seria com certeza pior.
A ver vamos.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Uma atleta de eleição

Não é meu habito trazer aqui referencias a pessoas, mas esta merece uma "excepção".
Conheço a Carla desde que nasceu. habituei-me a vê-la no campo do Areeiro, ainda catraia, acompanhando a pai nos jogos no "pelado". Dava para perceber que a miúda não tinha nascido propriamente para tratar de bonecas. Tinha uma queda enorme para o desporto.
Mais tarde comecei a vê-la treinar atletismo. Faça chuva ou faça sol, lá vai ela, estrada fora, perseguindo o seu sonho. 
Mais tarde começaram a aparecer os resultados. As medalhas os títulos e ela mantendo sempre a mesma descrição. 
Acho que a Carla vai longe. Tem uma "garra" enorme e quando assim é, os resultados aparecem.
Muitos parabéns à Carla Reis, uma espinhelense de gema, que com certeza nos trará ainda muito mais títulos e momentos de glória.

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Ainda sobre o CIAP

Há dias, numa conversa de circunstância, falava com um colega sobre a possibilidade de o Município ser parceiro da actividade económica dos pequenos produtores.
Segundo ele, o Município deveria disponibilizar algumas infraestruturas de uso comum, para que os pequenos produtores pudessem cumprir as normas legais de higiene e segurança alimentar. Como exemplo poderia ser disponibilizada uma "cozinha industrial", devidamente certificada, para que ali se pudessem "fabricar" doces, compotas, bolos, etc. 
Como tenho esta tendência de fazer a analogia com o meu pequeno território, pensei entretanto que na antiga escola primária temos uma cozinha muito bem equipada e com um espaço contiguo bem interessante.
Com a construção do Centro do Arroz da Pateira de Fermentelos (parece que é assim a designação oficial) neste local, teríamos uma boa oportunidade para rentabilizar este espaço e coloca-lo à disposição de quem se interessasse por este tipo de actividade. Daqui poderia muito bem sair o tal produto ou produtos de referencia para o nosso território. 
Coisas a que alguns teimam em chamar de ideias parvas.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O valor duma marca - UFRE

Há cerca de quatro anos, o grupo do PS na Assembleia de Freguesia de Recardães e Espinhel, liderado pelo Prof. José Carreira, fez uma proposta de criação de um Projecto para Activação do Desenvolvimento  Económico da UFRE, o PADERE.
Este projecto, que teve uma boa aceitação no seio da Assembleia, continha alguma ideias sobre a criação de uma "marca", uma identidade para este território.
Sendo este um território com duas vertentes distintas, uma mais urbana e outra rural, havia que encontrar pontos comuns que pudessem ajudar a desenvolver este território.
O estimulo à produção local, nos vários sectores da actividade, era um dos objectivos. Juntar os agentes económicos num evento anual, seria uma forma de estimular essa actividade e criar uma identidade própria.
Não tendo, por agora, um produto que se destaque como "típico" de nenhuma das duas Freguesias, seria necessário incutir essa "cultura de pertença" no seio da UFRE,
Ora por várias razões, tudo isto ficou de lado na passada legislatura. Se por um lado, o executivo se mostrou disponível para colaborar, por outro nada fez para que o projecto "saísse da casca". Diga-se em boa verdade que tambem não interessava. O protagonismo que isto daria a quem o propôs, fazia confusão a muito boa gente.
Com a implementação do Centro Interpretativo da Pateira e do Arroz (em banho-maria), isto fazia ainda mais sentido. O Centro poderia ser um pólo agregador e o arroz podia ser o produto "símbolo" da nosso território.
Tudo isto podia/devia estar em andamento e não vejo dinâmica para tal a curto prazo. Parece-me que falta dinâmica, estratégia e visão de futuro. Mas "a procissão ainda vai no adro" e ainda há tempo para envolver a comunidade num projecto que poderá beneficiar toda a gente.
Para isso é preciso "sair da casca", abrir-se à comunidade e não "esconder" os trunfos para daí tirar dividendos futuros. Mas isto talvez seja pensar à frente demais.
A ver vamos como diz o cego.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

2017: Um ano misto

Tal como já vi referido por varias personalidades, também o meu ano de 2017 foi um ano misto. Aliás, acho que todos são (uns mais que outros).
Foi um ano de consolidação da actividade profissional que, sem grandes sobressaltos , continua a crescer "devagarinho".
Ao nível associativo deixei a CRESCER: Associação de Pais das Escolas de Fermentelos, depois de mais de 6 anos de dedicação aquela associação. Grande experiência que foi trabalhar com aquela gente. 
Mas continuei ligado à FAPAGUEDA: Federação das Associações de Pais do Concelho de Águeda, na presidência da Assembleia Geral. Tempos difíceis estes (a este nível), no Concelho de Águeda, que continua com muita dificuldade em reunir as associações numa federação.
Na ARCEL, continuo a ajudar (pouco) na continuação da actividade de uma associação que ajudei a criar e que este ano celebra 30 anos de existência e actividade continua. Pode não ser aquilo que os seus fundadores sonharam, mas é sem duvida uma das principais associações da Freguesia. Entretanto o clube/secção Pateira Pascente está em "banho-maria" a aguardar algumas decisões dos autarcas que nos governam.
Na minha mais recente experiência associativa, continuo a ajudar a Comissão de Melhoramentos de Casal Novo, em Arganil, numa terra que adoptei (quase) como minha e onde passo grande parte dos meus tempos de lazer. Vi aquela serra a arder e senti que ardia tambem um pouco de mim. Aquela gente da serra merece que lhe dedique parte do meu tempo a tentar melhorar as suas condições de vida.
Para que se queria afastar um pouco destas lides associativas, ainda tenho uma "carga" significativa "às costas", mas "quem corre por gosto não cansa".
Na politica consegui cumprir aquilo que tinha prometido. Acabei o meu mandato autárquico em Setembro e não me envolvi directamente na ultima campanha autárquica. Saí da Assembleia de Freguesia com sentimento de dever cumprido e com novas amizades de todos os quadrantes políticos. Mesmo aqueles que defendem outras cores e outras ideias, me felicitaram pela passagem por aquele órgão.  O maior "elogio" que me lembro de ali ter recebido, ficou para o ultimo dia de mandato. Aí recebi o titulo de "Cordeiro com pele de lobo". Vindo de quem veio, aceitei-o como se de um elogio se tratasse.
Acompanhei a campanha e as eleições sem grande alarido. Os resultados foram mais ou menos os esperados e a sucessão (em ambos os casos) foi pacifica. Acredito que todos farão o seu melhor e disponibilizei-me para ajudar no que estiver ao meu alcance. Eles sabem que podem contar comigo (para tudo).
Por isso o balanço é positivo. Entro no novo ano "mais leve". Mais descontraído. Mas sempre muito atento com o que se passa à minha volta. Disponível para ajudar quem tem mais e melhores ideias e a força para levar novos e velhos projectos para a frente.
Vamos a isso!