Rua da Ponte em muito mau estado

As obras de saneamento continuam a causar muitos problemas à população de Espinhel, Piedade e Paradela.

Naturalmente que não à obras sem transtornos, já aqui disse mais de uma vez. No entanto, a Rua da Ponte em Espinhel, que é das mais movimentadas do lugar, está sem "alcatrão" há meses. Se nas outras ruas o "alcatrão" foi reposto (umas mais rápido que outras), nesta rua, embora as tubagens já tenham sido colocadas há bastante tempo, ainda não voltou a ser repavimentada na zona das valas.

Cabe naturalmente à autarquia "pressionar" o empreiteiro para repor esta situação rapidamente, pois, como já aqui disse, não vale a pena vir com a desculpa que o terreno precisa de abater. Há outras zonas, onde as valas foram abertas depois desta e o "alcatrão" já foi reposto.

Para que não haja equívocos, não estou a falar da repavimentação da rua, mas sim da reposição do "alcatrão" que foi retirado na zona da abertura das valas para posterior reciclagem e recolocação no devido lugar.

A Escola "nova" da Piedade

Nos anos oitenta, final do século XX, a população da Piedade reivindicava com veemência a construção de uma nova escola primária.  As autoridades competentes acabaram por aceder a esta reivindicação e o edifício foi construído no Campo de Futebol da Feira. Passada cerca de uma década, a escola acabou por fechar por falta de alunos. Há cerca de dez anos a Câmara Municipal de Águeda, dona do imóvel, cedeu este edifício à Armep - Associação Recreativa, Desportiva e de Melhoramentos da Piedade. Que se saiba, a utilização do edifício é praticamente nula, pois a associação continua com a sede na antiga escola. Assim, numa altura onde os recursos são cada vez mais reduzidos, temos um edifício com uma localização privilegiada que está praticamente abandonado.

Aquilo que quero aqui, mais uma vez, reforçar é a necessidade de aproveitar estes recursos e coloca-los ao serviço da comunidade.

Um dos destinos possíveis para este edifício seria a sua cedência ao Clube de Caça e Pesca do Águeda e Cértima, que está actualmente sediado no edifício da sede da Junta de Freguesia em Espinhel. Este clube está mal instalado, num espaço exíguo, debaixo do palco do salão, partilhado ainda com a Arcel.

É claro que isto só seria possível com o acordo de todas as partes envolvidas. Mas acho que o bom senso imperar e seria possível chegar a bom acordo para todas as partes.

É preciso que alguém tome a iniciativa e que nos deixemos de "olhar apenas para o nosso umbigo" e passemos a ter uma visão mais racional e alargada. 

Banda Alvarense comemora 108º aniversário

Como dizia o amigo António Tavares, não é todos os dias que se participa num aniversário de alguém que faz 108 anos. Mas a verdade é que a Banda Alvarense acaba de "fazer" 108 anos de vida. E que vida!

Este 108º aniversário tem também um simbolismo ainda mais especial, pois é comemorado na sua nova sede. Um edifício requalificado, com o esforço de muita gente, que nos tempos que correm, deu muito do que tem para fazer cumprir mais este objectivo.

Estão todos de parabéns! Todos quantos, ao longo de todos estes anos, ajudaram a chegar até aqui e tornaram possível o alcançar de mais esta meta. Esta direcção, liderada pelo Bruno Abel, que apesar da sua predominante juventude, não deixou de demonstrar que quando se trabalha com determinação os resultados aparecem. Muitas outras pessoas, amigas da Banda Alavarense, que de uma ou outra forma contribuíram para esta obra. Mas uma referencia especial ao trabalho do José Morgado Abrantes. Um Alvarense determinado, que com a sua experiencia e força de trabalho, foi determinante para o cumprimento deste sonho.

Mas é necessário continuar o trabalho de todos estes anos, para honrar a memoria de quanto nos fizeram chegar até aqui, e também para garantir o futuro de todos estes jovens que fazem desta Banda uma das mais jovens e promissoras do Concelho.

Esta direcção parece não estar disponível para se apresentar a um novo mandato. Sente que deu o seu contributo para alcançar esta meta. Agora é tempo de dar oportunidade ao surgimento de novas pessoas, com novas ideias e com vontade de continuar a cumprir os objectivos da Banda. 

Esperamos então por novos protagonistas, que certamente, não deixarão de dar o seu melhor a esta colectividade, que enche de orgulho as gentes de Casal de Álvaro, da Freguesia e de todo o Concelho.

E, mais uma vez, parabéns a todos!

As obras no edificio da Junta em Espinhel

O final do mandato autárquico anterior ficou marcado por uma serie de obras de ultima hora. Uma dessas obras foi a remodelação do então edifício sede da junta de Freguesia de Espinhel. Essas obras foram objecto de um protocolo com a Câmara Municipal, onde se indica que seriam transferidos desta para a Junta uma verba de 30.000€. Segundo informação recente, metade desse valor já terá sido transferido faltando ainda os restantes 15.000€. Ora, até agora, não houve forma de chegar à informação de quanto é que já terá sido gasto nesta obra, mas parece-me que os trabalhos executados ainda não terão atingido o valor total da verba (30.000€). Fica assim a duvida se as obras ainda vão continuar ou se vão ficar por aqui. Daquilo que estava "prometido" falta, pelo menos, a abertura de uma porta na zona do bar da Arcel, virada para a frente do edifício e tapar a existente do alçado sul. Mas não menos importante é a zona envolvente do edifício. Depois de se ter adquirido o terreno anexo ao existente, na frente do edifício, nunca mais se mexeu nele ficando toda a envolvente com um aspecto degradante. É certo que as obras de saneamento também causaram algum impacto, mas agora é tempo de pensar num projecto com pés e cabeça para aquela zona.

Tomada de posse dos novos Órgãos Autárquicos

Ontem tomaram posse os novos órgãos autárquicos, para a Junta e Assembleia de Freguesia, da União das Freguesias de Recardães e Espinhel.

Numa sessão com algumas "gralhas", tomaram posse 12 elementos da coligação PSD/CDS (7 na Assembleia e 5 na Junta), 4 do PS e 2 da LP. 

O executivo da Junta ficou composto por: Pedro Gomes, Horácio Silva, Joana Vela, Vitor Figueiredo e Manuel Campos(Nelo), todos da coligação PSD/CDS.

Para a Mesa da Assembleia: Prudência Monteiro, Mónica Estima e Barbara Abrantes, também todas da coligação PSD/CDS.

Depois do acto de instalação e tomada de posse, o novo Presidente da Junta deixou alguns "recados" que essencialmente visaram agradecer a colaboração dos seus antigos colegas da Junta e Assembleia de Freguesia de Recardães e também o desejo de um bom entendimento na futura Assembleia de Freguesia.

Ficou no entanto a notar-se a falta de referencia à Freguesia de Espinhel e aos seus "antigos" órgãos autárquicos, nomeadamente ao executivo da Junta e ao seu presidente, que estando presente na nova Assembleia, terá provavelmente notada a falta dessa referencia.

Quanto à composição do novo executivo, nada de novo. Foram escolhidos os quatro elementos que se seguiam a Pedro Gomes na lista do PSD/CDS, o que era o esperado pela maioria das pessoas. No entanto quero aqui deixar a minha opinião pessoal, que é mais uma preocupação, sobre a representatividade dos diversos lugares da Freguesia.

Acho a dimensão da nova União de Freguesias é tão grande que deveria ter sido acautelada uma melhor distribuição dos lugares no executivo, de acordo com o conhecimento dos vários elementos da Junta. Penso que isso não foi devidamente acautelado, e se quiserem fazer um trabalho equilibrado, vão ter de fazer um grande esforço para o conseguir. A titulo de exemplo, vemos que todo o território dos 5 lugares a norte do Rio Águeda não tem qualquer elemento no executivo, o que na minha opinião, é um ponto menos bem conseguido pela coligação no poder.

Espero sinceramente que tudo corra pelo melhor e cá estarei para colaborar naquilo para que for solicitado, fazendo também as propostas que achar mais oportunas na defesa das nossas populações.

 

Contratação pessoal pela Junta

Em tempos difíceis no mercado de trabalho, como o que estamos a atravessar, as Juntas de Freguesia tem um papel importante na ajuda à resolução de muitos dos problemas de muitas famílias. O desemprego é um "cancro" que afecta muitas dessas famílias e, nalguns casos, é muito difícil voltar ao mercado de trabalho num curto espaço de tempo. Mas as Juntas de Freguesia tem regras muito apertadas na contratação e, na maior parte dos casos, o pessoal acaba por ficar em situação ilegal.

Mas o que hoje aqui quero referir é que, na minha opinião, as Juntas não devem contratar pessoal por períodos muitos longos (com as devidas exceções). A Juntas devem promover o regresso ao mercado de trabalho o mais rápido possível e não criar hábitos de dependência destes postos de trabalho. As juntas devem candidatar-se aos programas ocupacionais, existentes para pessoas que estejam a auferir de Subsidio Social de Desemprego e/ou Rendimento Social de Inserção. As Juntas de Freguesias não são empresas e devem estar disponíveis para cumprir um papel de complemento ao mercado de trabalho. Para cumprir estes objectivos, as Juntas de Freguesia devem ter, sempre que possível, disponibilidade para colmatar as graves dificuldades financeiras das famílias, derivadas da situação de desemprego. Ao manterem um quadro de pessoal mais restrito, acabam por ter melhores condições para cumprirem esse papel.

 

A tempo inteiro ou de corpo inteiro???

Durante a ultima campanha eleitoral, o assunto do presidente a tempo inteiro, meio tempo ou outro tempo qualquer, não teve a notoriedade que, quanto a mim, lhe devia ter sido dada. Os candidatos talvez tivessem algum receio da reacção do eleitorado a este assunto. Com uma Freguesia com a dimensão actual, é necessário gerir os seus destinos de maneira mais eficaz, utilizando outras "ferramentas" que até aqui nunca foram exploradas. Por isso tenho alguma expectativa sobre a maneira como o novo presidente, e o seu executivo, irá lidar com a situação.

Olhando para o exemplo do que se passava até aqui em Espinhel, tínhamos um presidente a tempo inteiro na função e as pessoas estavam habituadas e centrar as reclamações e solicitações na pessoa do presidente. No entanto os resultados são sobejamente conhecidos e não vou aqui falar novamente sobre isso. Em Recardães não tínhamos um presidente a tempo inteiro, mas tínhamos um outro elemento do executivo que, se não era a tempo inteiro, pelo menos tinha muita disponibilidade para a função. Neste momento a realidade é outra: o território aumentou e a disponibilidade parece ter diminuído. Ora aqui começa o grande desafio da nova gestão.

Há quem diga que a solução é colocar um "gestor" a tempo inteiro à frente das obras e assim colmatar algumas fragilidades do sistema. Eu não partilho desta opinião. Outra solução, seria atribuir "pelouros" aos elementos do executivo, dividindo assim as tarefas, na expectativa de chegar a todo o lado de forma mais eficaz. Aqui já me parece uma solução mais coerente, embora tenha duvidas sobre a forma como seria feita essa distribuição .

Acima de tudo é preciso encontrar uma forma de estar próximo dos cidadãos e ir ao encontro das suas necessidades sem defraudar as suas expectativas.

Não podemos "ter sol na eira e chuva no nabal". E estamos a falar de um mandato de quatro anos, não de quatro meses. Tem de haver capacidade de mobilização da equipa, que até aqui se mostrou unida e empenhada, durante todo o mandato. Ou temos realmente disponibilidade para dedicar à função ou então "a montanha irá parir um rato". 

A transição

Após as eleições autárquicas do passado dia 29 de Setembro, com o resultados conhecidos, estas semanas são de verdadeira azafama para preparar a transição do poder e a tomada de posse dos novos órgãos.

O que se fala é que o presidente cessante está com alguns problemas ainda para resolver, devido a despesas de ultima hora, que provavelmente já não tinham cabimentação orçamental. Mas isso é um problema entre o "antigo" e o novo executivo, pois a Assembleia foi deixada de parte nestas "negociações". Também a aprovação de contas acabou por não ir a Assembleia de Freguesia, ficando assim a responsabilidade do lado dos executivos.

A assembleia de instalação do novos órgãos autárquicos, está marcada para o próximo dia 14 (Segunda-feira), às 21h, em Recardães, na sede da Junta.

Com a maioria saída das eleições o novo "elenco" PSD/CDS (ou será só PSD???), fica com "carta branca" para eleger o novo executivo e a nova Mesa da Assembleia. O PS indicará os seus quatro elementos com assento na Assembleia, a coligação PSD/CDS indicará os sete e a LP deverá indicar dois elementos.

A grande a expectativa de saber como vai decorrer o mandato e a forma como o novo executivo pretende "relacionar-se" com a Assembleia de Freguesia. Os elementos do PS já reuniram e estão disponíveis para fazer uma oposição construtiva e colaborar da melhor forma para o bom funcionamento das instituições. Achamos que temos condições para dar um bom contributo, assim sejam criadas condições por parte da maioria.

Uma "desonestidade" politica

Na campanha eleitoral que terminou, tivemos alguns episódios em que devemos reflectir e a que eu me atrevo a chamar de "desonestidade" politica.

Em 1º lugar, a campanha feita pelo Presidente da Junta de Espinhel, com dinheiros públicos, nas Jornadas Autárquicas, que incluíram a celebre importação de material ortopédico e em que a autarquia gastou mais de 10.000€. Essa campanha acabou por se voltar contra ele próprio, pois o eleitorado não viu com bons olhos este comportamento.

Em 2º lugar, a campanha feita pela coligação, que usou a figura de uma pessoa como se fosse candidato à UFRE, o que afinal não era verdade. Com esta associação "abusiva" é possível que o eleitorado tenha visto essa pessoa como um candidato dessa coligação associado à União das Freguesias. Mas a verdade é que era apenas o nº 12 da lista à Assembleia Municipal.

É claro que se trata de uma pessoa com muito valor (se assim não fosse não a tinham "usado"). É vista na Freguesia de Espinhel como uma pessoa de trabalho e de princípios. É uma pessoa que estaria bem em qualquer equipa. É uma pessoa que eu estimo muito... mas, que me desculpem todos aqueles que estiveram neste processo, isto foi uma desonestidade politica.

Não quero com isto desculpar nada nem ninguém. Tivemos uma derrota politica e eu uma derrota pessoal. Quero apenas dizer que estaremos atentos e iremos "cobrar" todas as expectativas criadas, incluindo a participação dessa pessoa.

Um novo ciclo

Oficialmente o dia de reflexão e o dia anterior às eleições, mas para mim a reflexão é feita no dia imediatamente a seguir.

Fomos a eleições e o povo escolheu outra equipa para gerir os destinos da nossa Freguesia nos próximos quatro anos. Por isso perdemos esta eleição. Parabéns aos vencedores. Após esta reflexão, dedico hoje a este tema algumas linhas.

Terminou um ciclo. Um ciclo de 16 anos de governação independente, baseado num "regime presidencialista". Um estilo de governação que o povo achou que devia ser terminado. Começa agora uma nova etapa. Estou expectante e preocupado. Espero sinceramente que mude a forma e o conteúdo da governação. Expectante porque não conheço a forma de governar do novo presidente e preocupado porque uma União de Freguesias com esta área de intervenção vai exigir uma organização e uma dedicação muito acima daquilo que era habitual.

Com maioria, a nova equipa tem "carta branca" para fazer as opções que entender sem precisar de "negociar" com ninguém. No entanto não deixarei de intervir, e propor as medidas que entender serem as mais corretas na defesa do interesse das populações.

Nesta reflexão, houve também tempo para tentar perceber o que levou a população de Espinhel a preferir outra solução. Aparentemente as pessoas não ficaram assim tão descontentes com a agregação ou então já se esqueceram.

Parabéns aos vencedores e vamos ao trabalho!