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A mostrar mensagens de junho, 2016

É proibido baixar os braços

Há dias em que nos sentimos "em baixo". Talvez fruto de uma revolta que "moi" por dentro. Talvez resultado de vermos o nosso mundo" a decompor-se pouco a pouco. Mas, antes de mais, cabe-os fazer uma reflexão mais profunda. Tentar perceber a origem das coisas. O porquê de tudo o que nos está a acontecer. Será que estamos sozinhos? Será que temos o "mundo" contra nós? Será que estamos errados? Não. Tem de haver uma razão. Temos de "sair à rua" e tentar perceber o que se passa à nossa volta. Perceber como "dar a volta". Estamos proibidos de desistir. Os nosso filhos nunca no iriam perdoar, se um dia soubessem que baixamos os braços. Que não resistimos. Que viramos a cara, como se não fosse nada connosco. Talvez não seja preciso muito alarido. Talvez com pequenos passos, possamos reaver algo daquilo que nos tiraram. Aquilo que nos dá o alento que nos está a faltar neste momento. Aqueles que pensavam que, por um qualquer motivo, eu...

Levaram-nos os anéis e agora levam os dedos

Nos últimos tempos, em nome de uma suposta austeridade da qual não temos nenhuma responsabilidade , retiraram-nos o pouco que nos tinha sobrado dos tempos áureos em que foram historicamente importantes. Segundo alguns historiadores, estas terras terão sido povoadas há mais de 4.000 anos. Há 500 anos foi-nos concedido o Foral (junto com Is da Ribeira e Fermentemos, sendo Óis a sede desse concelho). Mas isso foi há demasiado tempo. Nos tempos modernos fomos perdendo importância. Fomos perdendo influência. Por várias razões, não conseguimos acompanhar a evolução de outras Freguesias vizinhas. Em 2013 fomos "agregados" por outros maiores, mais influentes e mais persistentes. E demos de barato esse facto. Aprovamos, validamos e alguns até saudaram esse momento "histórico".  Disseram-nos que não íamos perder a identidade, os usos e costumes. Mas isso já nós tínhamos perdido há muito tempo.  A id...

O 2º domingo de Julho era o Dia da Pateira e da Freguesia

Há muitos anos, as populações ribeirinhas tinham como tradição comemorar a Festa da Pateira, do Ribeiro ou da Lagoa. Era assim com Espinhel, Óis da Ribeira, Requeixo, Carregal, Rêgo e Perrães, pelo menos são os que me lembro. As pessoas reuniam-se nos "pousios", com as suas merendas e dançavam (os que podiam) ao som dos grupos da época. Foi assim, durante décadas. Hoje, já poucos mantêm essa tradição (penso que só Requeixo). Em Espinhel, a data festiva era o 2º Domingo de Julho. Mas como tudo na vida, essa tradição também se perdeu no tempo. No entanto, em boa hora, foi adaptada a "festividade" para se comemorar o Dia da Freguesia. Esta data passou então a ser um momento de reunião de toda a Freguesia, muito dispersa, e que necessitava de momentos de confraternização que fizessem crescer o sentido de união.  Assim foi durante muitos anos, sem nunca fugir à tradição de comemorar o 2º domingo de Julho. Até que um dia, alguém se le...

Um país de doutores

Esta semana tive a oportunidade de participar num seminário sobre a "Eficiência energética na reabilitação de edifícios".  Este é um tema que me "apaixona" e ao qual pretendo continuar a dedicar muito do meu tempo, pois é por aqui que quero seguir o meu projecto profissional. Mas o que me faz trazer aqui hoje esta experiência, não é o tema em si  ou questões técnicas com ele relacionadas.  O que me faz reflectir sobre este assunto é o facto de, entre os 14 oradores neste seminário, 10 fazem parte do sector público (organismos estatais e municipais, universidades, etc.) e apenas 4 pertencem ao sector privado. Ora, sem desprimor desta classe, parece-me que a reabilitação de edifícios, e a economia em geral, dependerão muito mais da iniciativa privada do que propriamente do sector publico. A maior parte destes oradores, fala de estudos, projectos e fundos comunitários para a reabilitação de edifícios. Aliás, um deles, chegou mesmo a ...

Cada coisa a seu tempo

Um belo dia, tive a oportunidade de passar umas horas com um amigo, a beber um excelente vinho branco (João Pires)  e a conversar, sem tempo, sobre as conjunturas da vida. Homem muito experiente, bem sucedido na vida, este amigo, teve no entanto muitas dificuldades ao longo do seu percurso. E também falamos sobre isso. Mas o que ficou dessa conversa, para alem da marca do vinho, foi uma citação crucial do meu amigo: Tudo na vida tem o seu tempo. E, no tempo certo, podemos fazer as coisas que quisermos. E é isso mesmo que hoje penso. Há um tempo certo para fazer cada coisa. A "ciência" está em escolher o tempo certo para a fazermos. Eu tenho aproveitado datas marcantes para fazer algumas das principais opções de vida. Foi assim no casamento, no nascimento dos filhos e, agora que estou a passar mais uma data importante (os 50 anos), irei também tomar decisões importantes. Brevemente irá fechar-se um ciclo. Um ciclo que já d...