Como já referi várias vezes, sou um defensor da renovação de mandatos nos cargos públicos. Acho que as pessoas não se devem perpetuar no poder. Por isso gosto de ver gente nova nestas lides da politicas. Mas...
Mas é preciso que essas pessoas sejam consistentes na sua acção. No dia a seguir às eleições, há trabalho pela frente. Para os que são eleitos para o poder executivo (Câmara e Juntas), há que assumir os cargos para que foram eleitos com determinação e coragem, porque quatro anos não são quatro dias. Para os que forem eleitos para os órgãos deliberativos (assembleias) é preciso preparar-se para trabalho que aí vem nos próximos quatro anos (isto se quiserem exercer com dignidade os ditos cargos).
Não sei se todos terão essa noção quando decidem abraçar esta causa, mas quem tem alguma experiência tem obrigação de os elucidar. O mais comum é que, a partir das eleições, já ninguém se lembre da campanha dos cartazes e panfletos, mas é aí que se vê o empenho das pessoas.
Reafirmo aquilo que disse no inicio, gosto de ver pessoas novas na politica, mas parece-me estranho que só de 4 em 4 anos é que veja certa gente empenhada nestas lides. Depois será mais do mesmo (ou não). Mas o mais comum é desaparecerem e mais as vê empenhadas em seja o que for. E daqui a mais 4 anos, lá virão novamente dar a cara numa nova campanha eleitoral.
É preciso dignificar os cargos para que somos eleitos. Fazer uma interversão de acordo com as nossas funções e convicções, nem que para isso nos "crucifiquem na praça pública". O importante é nós ouvirmos quem no elegeu e, no sitio certo, ousemos defender os seus interesses.
Eu estarei atento a estas e outras movimentações, porque isto é uma questão de ADN.