quarta-feira, 27 de setembro de 2017

É bom ver gente nova na politica....

Como já referi várias vezes, sou um defensor da renovação de mandatos nos cargos públicos. Acho que as pessoas não se devem perpetuar no poder. Por isso gosto de ver gente nova nestas lides da politicas. Mas...
Mas é preciso que essas pessoas sejam consistentes na sua acção. No dia a seguir às eleições, há trabalho pela frente. Para os que são eleitos para o poder executivo (Câmara e Juntas), há que assumir os cargos para que foram eleitos com determinação e coragem, porque quatro anos não são quatro dias. Para os que forem eleitos para os órgãos deliberativos (assembleias) é preciso preparar-se para trabalho que aí vem nos próximos quatro anos (isto se quiserem exercer com dignidade os ditos cargos). 
Não sei se todos terão essa noção quando decidem abraçar esta causa, mas quem tem alguma experiência tem obrigação de os elucidar. O mais comum é que, a partir das eleições, já ninguém se lembre da campanha dos cartazes e panfletos, mas é aí que se vê o empenho das pessoas.
Reafirmo aquilo que disse no inicio, gosto de ver pessoas novas na politica, mas parece-me estranho que só de 4 em 4 anos é que veja certa gente empenhada nestas lides. Depois será mais do mesmo (ou não). Mas o mais comum é desaparecerem e mais as vê empenhadas em seja o que for. E daqui a mais 4 anos, lá virão novamente dar a cara numa nova campanha eleitoral.
É preciso dignificar os cargos para que somos eleitos. Fazer uma interversão de acordo com as nossas funções e convicções, nem que para isso nos "crucifiquem na praça pública". O importante é nós ouvirmos quem no elegeu e, no sitio certo, ousemos defender os seus interesses.
Eu estarei atento a estas e outras movimentações, porque isto é uma questão de ADN.

domingo, 24 de setembro de 2017

Uma campanha atípica

Esta é sem dúvida a campanha mais atípica que presenciei. A presença de um movimento independente, com a força de uma equipa que está no poder há 12 anos, vem baralhar muito as contas habituais. Por isso acho que ninguém poderá ter a certeza de um determinado resultado. No entanto há quem queira passar a mensagem de que está tudo resolvido. Mas eu sinto que não está. Nem ao nível do Município, nem da freguesia(s). Tudo (ou quase) ainda pode acontecer.
Não tenho acesso a sondagens, mas penso que o PS tem vindo a crescer na popularidade e consequentemente nas intenções de voto. A vinda do secretário-geral do PS, António Costa, a Águeda amanhã, para apoiar a candidatura de Paulo Seara, deverá dar um impulso significativo à candidatura de Paulo Seara. Mas é preciso que o partido consiga passar essa mensagem rápida e claramente à pessoas. E isso parece que não está a acontecer.
Ao nível da freguesia(s), as coisas também não estão muito claras e o PSD parece longe de ter o resultado de há 4 anos.
Falta uma semana para as várias candidaturas "queimarem os últimos cartuchos" e tentarem convencer as pessoas de que as suas ideias são as melhores.
Não escondo que gostaria de ver novos protagonistas á frentes dos nossos destinos, mas não virá nenhum mal ao mundo se isso não acontecer-
Duma coisa tenho a certeza; no dia 2 de Outubro terei de continuar a fazer o meu trabalho tal como acontecerá amanhã.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Um debate de unanimidade

Finalmente consegui ver o debate que ocorreu na passada quarta feira, no cine-teatro S. Pedro. entre os candidatos à Câmara Municipal de Águeda.
Achei a ideia interessante e tentei ver em directo, mas não consegui. Não consegui ir ao cine-teatro e a transmissão em directo da Águeda TV não tinha qualidade. Vi então em "diferido", o que tem a vantagem de poder "puxar atrás" e rever algumas intervenções que me causaram mais perplexidade.
Em primeiro lugar, confirma-se aquilo que já aqui escrevi; "somos todos Nadais". Não se ouviram criticas significativas de nenhum dos intervenientes. Tudo é para manter e, se possível, melhorar. Choca-me tanta unanimidade. E choca-me porque na rua vejo que não é assim. Vejo (e ouço) as pessoas a criticarem abertamente alguma opções de Nadais e algumas delas estavam ali. 
Tambem me choca a unanimidade sobre os temas mais importantes; Educação, ambiente, "coesão territorial" e cultura. E choca-me, não por achar que estes assuntos não possam ser motivo de acordo, mas sim por não ver uma ideia nova para "romper" com aquilo que não correu tão bem ou para fazer o que realmente falta fazer.
Nada, ou quase nada, sobre transportes. Como ligar a cidade ás freguesias e às zonas industriais? Isso sim promove "coesão territorial". 
Como facilitar a vida aos pais que pretendem deixar os filhos num local seguro e com boas condições, quando vão para os seus empregos antes das 8h da manhã? E depois da escola ao final da tarde? Isso sim ajuda a fixar as pessoas no concelho e atrair pessoas mais qualificadas.
Como requalificar os centros urbanos mais degradados nas freguesia e colocar essas casas no mercado (venda ou arrendamento) e assim fazer baixar o preços das casas? E, já agora, entroncar essas medidas com o investimento publico nessas zonas para torna-las mais atractivas e seguras de forma a que as famílias, principalmente as mais jovens, sejam atraídas para fora da cidade? Vamos deixar que se continuem a construir prédios na cidade e nos seus limites e deixar que as aldeias fiquem a "cair aos bocados"? E juntar a tudo isto uma rede de ciclovias, criando condições para a utilização de bicicletas ( eléctricas ou não) para as deslocações mais básicas das pessoas, com possibilidade de aluguer a preços acessíveis ou incentivos à compra para utilização efectiva?
Gostava de ter visto algumas destas propostas em debate, mas compreendo que ninguém queira arriscar a critica num palco tão importante. 
Gostei da elevação com que correu o debate, do interesse do publico pelo debate e da forma ordeira como todos se comportaram. Acho que os jornalistas podiam ter sido um pouco mais acutilantes e mais ousados nas perguntas que colocaram, pois podiam ter trazido ao debate mais vida e obrigado os candidatos a "despirem" aquela "pele de cordeiros" que traziam preparada.
Não podia deixar de analisar o que disseram sobre a Pateira. A Pateira sempre foi tema de campanha desde que me lembro. Mais uma vez a unanimidade a imperar; "Todos somos Pateira". Mas afinal o que é que pretendem fazer? Vamos ver... Vamos estudar... Vamos pressionar o estado central.
Resumidamente, acho que este debate serviu para ver o nível de preparação que cada um tem sobre a realidade do concelho e pouco mais. Espero, até ao final da campanha, poder falar mais a sério com, pelo menos, alguns deles e aferir o que realmente tem de novo para mostrar. Para já fiquei pouco esclarecido.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Obras na Junta avançam na recta final do mandato

Parece que as obras no edifício da Junta de Freguesia em Espinhel sempre vão avançar antes do final do mandato.
São obras essenciais que pecam por duas razões principais: São insuficientes e são tardias.
É certo que estas obras estavam previstas há algum tempo, mas sinceramente acho que , a ser verdade, fica mal a este executivo guardar estas coisas para a época de campanha. Se noutros tempos, muitos de nós, criticámos o anterior executivo por guardar estes "trunfos eleitorais", pois agora tenho de deixar aqui tambem a minha critica a este tipo de actuação. Faltam duas semanas para as eleições e, para quem esperou quatro anos por estas obras, acho que deveria ter um pouco mais de "bom-senso".
E não sei se irão ficar por aqui, pois faltam ainda alguns trunfos de ultima hora para apresentar, mas que estas duas semanas serão de grande actividade lá isso serão.
Salvaguardo aqui, que poderá haver outras razões, que não eleitorais, para a escolha do "timing", mas como diz o ditado; "para a mulher de César não basta ser séria, tem de parecer".

sábado, 9 de setembro de 2017

E se o mandato fosse um jogo de futebol?

Há algum tempo que não vinha aqui tecer mais alguns comentários à analise que tenho vindo a fazer.
Não me levem a mal, mas agora que tenho mais um pouco de tempo livre (visto estar a recuperar de uma pequena cirurgia), decidi fazer aqui uma analogia do mandato autárquico na UFRE, que está agora a terminar, com um jogo de futebol. Então vamos a isso:

As expectativas para o jogo eram altas. O campo estava "verdinho" e o tempo de feição. Estavam assim reunidas as condições para um grande jogo.
A equipada casa, munida dos seu melhores jogadores, entra a todo o gás, com o seu capitão no comando, carregando muitas vezes a sua equipa às costas, com um ritmo bastante alto.
O jogo esta aberto, havia espaço para todos e a equipa visitante explanava também o seu futebol com alguns lances bem conseguidos. o arbitro deixava jogar, contribuindo assim para a qualidade do espectáculo.
O publico parecia estar a gostar do jogo, raramente se ouviam assobios ou apupos, e assim decorreu a primeira parte.
Na segunda parte tudo mudou. Houve baixas, lesões, substituições e começou a ser notória baixa de rendimento em ambas as equipas, embora fosse mais notório na equipa da casa. 
O capitão da equipa da casa deixou de disputar os principais lances e a equipa ter-se-há ressentido disso. Assim, a equipa da casa remeteu-se ao seu meio campo e raramente chegava à baliza contrária. Ora, isto obrigou a equipa visitante a jogar na zona de meio campo e esporadicamente a fazer um ou outro contra-ataque.
O tempo de jogo foi-se esgotando e a equipa da casa parecia andar descoordenada. Mesmo assim, parecia querer guardar os últimos trunfos para a recta final. Mas as forças já não eram as mesmas e o desgaste começou a tomar conta da equipa, baixando ainda mais seu o rendimento.
A equipa visitante foi fazendo o seu jogo, na defensiva, pois as hipóteses de chegar à baliza contrária pareciam cada vez mais escassas.
Restava o tempo extra. A equipa da casa focava-se nessa ultima oportunidade e olhava para o banco à espera de uma solução milagrosa. Mas o tempo era cada vez menos e no banco não havia soluções.
O jogo terminaria assim empatado, com as duas equipas a saírem de campo com o sentimento de que o resultado podia ter sido outro, mas ainda assim, "do mal o menos".