segunda-feira, 31 de julho de 2017

Os anti-corpos

Já em tempos escrevi aqui sobre esta matéria. Há pessoas que conseguem "sobreviver" passando pelos "pingos da chuva sem se molhar". Vão-se desviando de pingo em pingo para não mancharem o fato. Não tem opinião sobre nada nem coisa nenhuma. Não se lhe conhece uma ideia original ou uma posição firme sobre nenhum assunto. Mas esses são os tais que se procuram.
Há dias falava com um colega sobre a exposição que temos (sim nós que assumimos uma posição na politica), ao defendermos afincadamente aquilo que achamos o melhor para a comunidade. Ganhamos alguns "amigos" e muitos "inimigos". Mas ganhamos acima de tudo: anti-corpos (parece que é assim que lhe chamam agora). Ter uma opinião, partilha-la e dispor-se a pô-la em prática é aquilo que defendo e o que tenho feito. Não é apenas "dar bitaites". É dispor-se a fazer. Propor soluções para os diversos problemas, foi sempre o meu lema. Há uma frase que alguns sabem que me caracteriza: fazer parte da solução.
Claro que alguns que lêem as minhas criticas, muitas vezes, não fazem ideia das propostas que tenho feito antes dessas criticas. As criticas tem como objectivo chamar à atenção para os problemas, Umas vezes resultam, outras não. Mas as pessoas conhecem-me pela frontalidade. Quando falo com elas é isso que esperam de mim. Aceito a critica e tento melhorar. Venham ter comigo e sejam frontais, tal como eu sou. Mas não me venham pedir para "passar pelos pingos da chuva" sem fazer estragos.




quarta-feira, 26 de julho de 2017

Uma campanha de incêndios

Em ano de autárquicas não falta quem se aproveite do tempo de antena, dado pela comunicação social ao tema dos incêndios, para aparecer e ter o seu "momento de glória".
Vale tudo. O importante é aparecer o mais possível e dizer aquilo que quem está do outro lado quer ouvir. Não importa o que não se fez nestes últimos anos; sim porque muitos destes autarcas estão há anos à frente dos destinos destas terras e (pergunto eu) o que é que fizeram para minimizar este inferno que todos os anos assola o país?
Por outro lado os analistas, acreditam que este é o momento de atacar ou defender o governo, conforme a sua tendência politica.
Aquilo que a oposição não conseguiu fazer neste ultimo ano e meio, os incêndios e o "incendiários" estão a fazê-lo num mês. 
Onde tem andado todos estes "especialistas" durante os últimos anos? Alguem se preocupou com a prevenção? Não. O que importa é a tragédia. Mortes, casas ardidas, aldeias evacuadas, e muitas imagens em directo. E a culpa é do governo, da protecção civil, do Siresp, do .....
Triste país que nem se governa nem se deixa governar.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Um misto de sentimentos

Chegado quase ao final de mais um mandato na Assembleia de Freguesia, há um misto de sentimentos que toma conta de mim.
Foram oito anos a tentar defender uma nova forma de fazer politica. Defendendo ideias, convicções, independentemente de quem viesse.
No 1º mandato as coisas foram difíceis desde o inicio, pois após ter sido eleito Presidente da Mesa da Assembleia no dia da "instalação", acabei destituído alguns meses depois. Analisando agora a esta distancia, ainda bem que me destituíram. Ao passar a ser um simples membro da Assembleia, permitiu que tivesse mais liberdade de intervenção e o "combate politico" foi ainda mais aberto a partir daí.
No final desse mandato, já com a agregação dada como consumada, era preciso garantir uma transição pacifica e conseguir um compromisso de que não perderíamos os serviços conquistado até aqui. Por isso aceitei dar mais um contributo para tentar defender a nossa freguesia e acabar com determinados vícios instalados à demasiado tempo.
Passados estes quatro anos, alguns objectivos foram cumpridos e outros nem por isso. Fica o orgulho de uma transição pacifica (ao contrário de outros à nossa volta), de uma "convivência saudável" com as pessoas no executivo e colegas de Assembleia e ainda de algumas conquistas para a nossa terra.
Mas fica muita coisa por fazer. A Assembleia continuou (como no mandato anterior) a ser pouco activa, pouco escutada e poucas vezes se impôs perante o poder executivo. As maiorias absolutas tem coisas boas, mas não permitem a negociação e muitas vezes da negociação é que saem as melhores soluções.
Tambem as "grandes obras" ficaram por fazer. O arranjo do largo da Junta em Espinhel continua por fazer, o alargamento do acesso à Lavoura de Casal de Álvaro, quem vai para Cabanões, continua igual, o arranjo da "Vala do Morangal", na Piedade, e aquela berma/passeio até Espinhel, está na mesma. Os caminhos rurais e florestais continuam uma miséria, os limites da Freguesia continuam errados nos mapas e ninguém faz nada, o Parque da Pateira perdeu a sua principal infra-estrutura e grande parte da sua beleza natural....
Não querendo desvalorizar o esforço feito pelo actual executivo para contrariar o atraso que vínhamos acumulando há anos, continuo ainda a "bater na mesma tecla", ainda está por provar se realmente alguém saiu beneficiado desta agregação.
Mas nem tudo está perdido. "Atrás de nós virá quem melhor fará", e eu espero sinceramente que no próximo mandato haja mais iniciativa, mais envolvimento da parte de todos (membros do Executivo e da Assembleia) para encontrar as melhores soluções para as nossas gentes.
Eu não estarei lá, mas estarei atento e disponível para ajudar no que me for possível, independentemente de quem lá ficar.    

domingo, 9 de julho de 2017

Hoje era a Festa da Pateira e o Dia da Freguesia

No segundo domingo de Julho, as pessoas pegavam nos seus farnéis e deslocavam-se para as margens da Pateira para festejar esta dádiva da natureza.
Aí se fazia um recinto, com recurso às acácias existentes nas redondezas, com um mastro de eucalipto no centro e um palco. onde actuava um grupo musical. A festa era rija e a meio da tarde as famílias e amigos dispersavam pelas sombras das proximidades para usufruírem das suas merendas.
Tudo foi evoluindo, o parque foi melhorado, com colocação de mesas e a construção de um edifício com casas de banho e bar, em que a cobertura passou a servir de palco e as coisas pareciam melhorar lentamente.
Depois de alguns anos de interregno na celebração da festa, a Junta de Freguesia passou a organizar, nessa mesma data, o Dia da Freguesia. Assim aconteceu durante mais de uma dezena de anos, até que uma qualquer lei ditada por uns oportunistas que se instalaram no poder, retirou aquilo que tanto tinha custado a conquistar.
Entretanto, aproveitando a onda, outros aproveitaram para se "vingar" de um lugar que tinha deixado de ter a importância de outras épocas. E assim se perdeu mais uma tradição que tinha nascido com o objectivo de unir uma Freguesia muito dispersa e sem uma identidade comum.
Essa falta de identidade, aliada a várias fracturas, criadas por anos de poder instalado, mais preocupado em se manter do que em unir, fizeram com que parte da população aproveitasse a oportunidade para lhe mostrar o cartão vermelho e acabar com qualquer sonho de união.
A partir daí foi o que se viu. O povo escolheu e agora restam as lembranças daquilo que foi e tambem do que poderia ter sido se nos tivéssemos unido.
Mudaram o nome, mudaram a data,  e como se de alguma doença contagiosa se tratasse, acabaram com qualquer réstia de tradição que nos ligasse ao antigamente.
Mas é mesmo assim; quem faz a cama acaba por se deitar nela.. 

domingo, 2 de julho de 2017

Autárquicas vão em passo de caracol

Ainda com algum secretismo, mas começam a surgir os primeiros nomes para a liderança das listas na UFRE.
O PSD vai mesmo avançar com Manuel José Campos (Nelo), até agora vogal da Junta de Freguesia, mas que ultimamente tem assumido o comando da maioria dos assuntos do executivo, ou pelo menos, tem dado a cara por eles.
A lista do movimento independente "Juntos" será ser liderada por Emanuel Balrreira, residente em Casal de Álvaro e a trabalhar em Recardães na área da contabilidade.
O Bloco de Esquerda deverá apresentar Cláudia Afonso, residente em Recardães para liderar a sua lista.
O PS continua a trabalhar para apresentar um peso pesado, mas escusasse a revelar o nome. As possibilidades mais faladas são de Jorge Oliveira e João Alves, mas parece que ainda nada está decidido.
Quanto ao CDS, a coisa não se apresenta fácil e ainda não há nada de certo para esta candidatura.
Tambem do lado da CDU não há ainda qualquer sinal de avanço da sua candidatura por estas bandas.
Volto a referir que causa-me alguma estranheza o facto de as coisas estarem tão atrasadas, pelo menos quando comparado com outras campanhas anteriores.