A democracia participativa é talvez a mais justa forma de gerir a coisa publica. Em Portugal, após mais de 40 anos de democracia, temos ainda muito que aprender com exemplos históricos de participação na gestão dos nossos recursos.
Vi há dia um documentário sobre uma comunidade que, segundo vários registos, desde o século XVII, vivia numa espécie de "estado independente", dentro do próprio estado, e onde a população se regia por leis próprias e, mesmo com hierarquia, participava em todas as decisões importantes para a comunidade. Essa comunidade funcionava tão bem, que acabou "arrasada" do mapa em nome do progresso de um país que continua dos mais atrasados do seu continente.
Após todos estes anos, continuamos "escravos" de organizações, de vária índole, que continuam a fazer sempre as mesmas asneiras e a elegerem sempre os mesmos para os lugares cimeiros de poder.
Mas o povo, entre "novelas e futebol", lá vai de vez em quando às urnas, a pensar que realmente é ele quem decide. Como se isso não bastasse ainda nos dão mais umas benesses para nos fazer crer que realmente somos importantes.
Em tempos, cheguei a acreditar que um tal Doutor, vindo lá das Beiras, conseguiria mexer um bocadinho na coisa e que nada voltaria a ser como antes (no quartel de Abrantes). Mas, o que afinal acabou por acontecer é que, os do costume, lhe fizeram a folha e o dito acabou de rabo entre as pernas, talvez à espera de novos ventos. Passou assim ao lado, mais uma oportunidade de alterar (mesmo que pouco) as regras de escolha de quem realmente manda na coisa.
Tudo isto se passa à escala global, nacional e local. Sempre os mesmos a fazer as mesmas coisas e à espera de outros resultados. Ora isso, como bem ditam as regras, é pedir o impossível.
Portanto, todos podemos opinar, discutir, sugerir, mas no fim quem manda são sempre os mesmos.
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