terça-feira, 3 de abril de 2012

Reforma Administrativa do Poder Local: Os "Tachos"...

Na semana passada a ANAFRE, organizou um protesto em Lisboa contra a Reforma Administrativa do Poder Local.
Li nas noticias, que supostamente 200 mil pessoas reuniram-se no Rossio para se manifestarem contra esta reforma.
Li ainda, que a ANAFRE e os seus associados financiaram a deslocação de vários grupos para esta manifestação (carece de confirmação).
Nas minhas habituais pesquisas, encontrei um artigo no Jornal I, que traz a "lume" algumas contas curiosas - escrito por Pedro Fernandes Antunes e publicado em 2 Abril 2012:
Escrevi, a 12 de Fevereiro, acerca da improbabilidade dos 300 mil manifestantes no Terreiro do Paço. 300 mil pessoas em 35 mil metros quadrados dá 9 pessoas por metro quadrado. Fiz o teste em casa e mal deu para seis. Ora, o Rossio tem cerca de 15 mil metros quadrados. Com 200 mil manifestantes estamos a falar de 14 pessoas por metro quadrado. Mais uma vez os jornalistas deviam ter feito contas em vez de cegamente aceitarem os números da ‘organização’.  
Realmente vale a pena fazer algumas contas, nem que seja para desmascarar aqueles agarrados ao poder, que cegamente usam e abusam do nosso pouco dinheiro para fazerem propaganda, para defenderem os seus "tachos" com unhas e dentes.
A Reforma Administrativa é realmente urgente e necessária. Tem é de ser bem pensada e bem discutida. Não vale a pena dizer que vai ser voluntária, pois isso nunca vai acontecer. Terá de ser o Poder Central a decidir qual o modelo a seguir.
Um modelo que tenha em conta a diversidade do país. Um modelo que não fique só pela agregação de Freguesias. Um modelo que crie a dimensão aos órgãos autárquicos de modo a ir ao encontro da especificidade do seu território. Haverá locais onde nem fará sentido existirem Freguesias, como é o caso de centros urbanos. Mas haverá outros onde até pode haver necessidade de se criarem outras.
O que não pode acontecer, e que é o que eu temo que aconteça, é que "a montanha vá parir um rato" e fique tudo mais ou menos na mesma.

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