sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Uma vida de sonhos - Parte 2

Nos últimos 10 anos tive uma actividade profissional muito intensa. Cheia de novas experiências, muita dedicação e até sacrifício. Cheguei a ser visto em casa como um "estranho", tal era o pouco tempo que ali passava. Quando os meus filhos me viam ali muito tempo, pensavam que algo estava a correr mal.
Em 10 anos, ajudei a crescer uma pequena empresa, que facturava uma dezenas de milhar de euros/ano, para uma totalmente diferente, que chegou a facturar quase dois milhões por ano.
Pelo meio ainda ajudei a criar uma nova empresa de "trading" (comercio internacional) que rapidamente chegou a facturar mais de um milhão de euros.
Mas, tudo isto parecia pouco, aos olhos de alguns. Por isso, arriscamos outros mercados para tentar ganhar alguma estabilidade e enfrentar a crise que se estava a instalar no mercado nacional.
Mas tudo saiu ao contrario. Nem crescimento, nem estabilidade, nem novas forma de contornar a crise. Com um endividamento excessivo e com a crise instalada nos mercados onde operávamos, fomos ainda "surpreendidos" por um ataque externo com o qual não estávamos a contar. 
Depressa percebi que dificilmente conseguiríamos resistir. Só mesmo com um "milagre". Bem tentamos, mas o "milagre" não aconteceu e acabamos por desistir nos finais de 2014.
Como devem calcular, isto foi um trauma difícil de ultrapassar. Aliás, talvez nunca o consiga ultrapassar verdadeiramente. Por isso, não me via/vejo a ter novamente uma "estrutura pesada" ao meu encargo para desenvolver a minha actividade profissional.
Daí ter criado um novo projecto profissional, à medida daquilo que um desejava: qualidade de vida, estabilidade e baixo risco. Uma "coisa" que dependesse essencialmente de mim.
É isso que continuo a procurar incessantemente. Para isso, estou à beira de abraçar mais dois novos desafios.
Um deles prende-se com um projecto de turismo (já em curso) e outro no ramo imobiliário.
São sonhos que vou perseguindo. Agora com mais cuidado que noutras fases da vida, mas nunca deixando cair aquilo que acredito que me realiza.
Vamos a isto!

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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Uma vida de sonhos - Parte 1

Desde muito cedo que fui uma pessoa determinada. Peguei nos meus sonhos e trabalhei para os concretizar. Uns consegui, outros ainda não. 
Um dia vi um electricista a trabalhar e decidi ali que queria ser electricista. Teria por volta dos 10 anos de idade. A vida continuou, estudei electrotecnia e tornei-me electricista por volta dos 18 anos.
Mas achava que só me poderia realizar pessoalmente se trabalhasse por conta própria. Aos 20 anos comecei a fazer alguns pequenos trabalhos por conta própria. Tinha dois "empregos". um na fabrica, como electricista de manutenção, e outro ao fim do dia e fins de semana em casa de pessoas conhecidas a fazer instalações eléctricas. 
Aos 21 contratei o meu primeiro colaborador, comprei o primeiro carro, uma carrinha Renault 4L nova, e fiz talvez o melhor negócio da minha vida (até hoje). Quando fui chamado a "negociar um aumento de ordenado, convenci o meu patrão a pagar-me o ordenado que eu tinha no ano anterior (a tempo inteiro), para eu trabalhar a meio tempo a partir desse ano. Não foi fácil esta tarefa, mas consegui. Foi assim durante dois anos. Tinha um gravador de chamadas de cassete em casa (coisa muito moderna para a época) e, à hora de almoço e ao final do dia, ouvia as mensagens que os clientes deixavam no gravador e respondia à solicitações. Fazia o trabalho de manutenção na fábrica e fazia instalações eléctricas em casas, fábricas e outros edifícios.
Passados esse dois anos, achei que tinha chegado a altura de arriscar tudo no negócio por conta própria e convenci o meu patrão a contratar-me à hora para fazer o trabalho na fábrica.
Foram anos de forte expansão, onde contratei vários funcionários, chegando a ter uma equipe de 14 pessoas e tendo uma carteira de obras em curso que chegou a mais de duas dezenas.
Em 1990, fruto do crescimento da actividade e aproveitando um bom momento do mercado imobiliário, decido arriscar numa loja de venda de sanitários e aquecimento central. Escolhi uma marca de referencia no mercado (a ROCA) e consegui uma "representação" para o concelho de Águeda. Era mais um sonho que se estava a realizar.
Mas as grandes marcas exigem muita experiência e firmeza e eu não estava preparado para esse desafio. Não estudei bem o mercado, não me rodeei das pessoas certas, fui apenas pela emoção, o que se revelou não ser suficiente. Acabei por (desesperadamente) propor à marca a entrega da loja, mas eles não aceitaram e tive que arcar com as consequências, o que me custou meia dúzia de anos de trabalhos e muitas horas de sono perdidas.
Mas, como diz o povo, "quando se fecha uma porta abre-se logo uma janela". Assim foi. Logo a seguir, fui desafiado por um parceiro de negócio, a juntar-me a ele em Aveiro e fazermos uma "grande empresa", aproveitando as mais-valias de cada um. Num primeiro momento fui cauteloso e cheguei a recusar. Não era fácil abandonar um mercado onde estava implantado à 15 anos e rumar a Aveiro, que para um "provinciano" como eu, era demasiado longe. Pedi um período de experiência e passado meio ano lá fui de "armas e bagagens" para Aveiro. 
Continua...

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Novos desafios

A idade vai trazendo outras formas de ver as coisas. Outra forma de encarar a vida e de enfrentar os desafios. A experiência vai deixando cair algumas expectativas e vai requerendo mais tranquilidade nas nossas decisões.
Por tudo isto, torna-se cada vez mais difícil tomar decisões arriscadas. Se por um lado não podemos por em causa aquilo que conseguimos, por outro sente-se que não podemos adiar certas decisões, com o risco de nunca as virmos a tomar.
Mas, há uma altura que se torna imperativo decidir. Nem que isso nos roube alguma tranquilidade e  algumas horas de sono.
Esse momento está a chegar. Há que virar algumas páginas. Não vale a pena continuar a adiar aquilo que achamos que nos realiza.
Os próximo dias serão de grandes mudanças. Espero que seja para melhor.
Vamos a isso!

terça-feira, 18 de setembro de 2018

O que é preciso é calma

Nos últimos tempos as coisas tem andado tão calmas que nem há motivo e/ou motivação para escrever alguma linhas.
Talvez esta calmaria traduza a verdadeira essência da "coisa". A maioria da nossa gente contenta-se com a sua rua e/ou a sua valeta ajeitada. É isto que é preciso cuidar. Não vale a pena ter ilusões. Só o tempo pode alterar esta nossa condição.
Não vejo força nem motivação para reivindicar mais obras, mais desenvolvimento ou mais autonomia. Somos um povo resignado. Tristemente resignado.
Ao nosso lado vemos outras freguesias a desenvolver-se. Pessoal a trabalhar nas ruas todos os dias. Ruas, jardins, passeios, etc. Qual será o segredo? Para esses há dinheiro. Há máquinas. Há materiais. Qual é a diferença?
Prometeram-nos "mundos e fundos". Íamos ser a segunda maior "freguesia" do concelho. Íamos ter máquinas , pessoal, influência, etc, etc, etc. E agora? Qual é o problema? 
Sei que não deve ser fácil. Mas não foi por falta de aviso. Agora...o que é preciso é calma.