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Atualizações 2025

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Como já todos perceberam, tenho andado afastado destas lides da escrita neste blog nos últimos anos, por mera opção. Durante muito tempo, dediquei parte da minha vida a causas públicas, entre elas a politica local. Em 2017 achei que seria a altura para me retirar dessas lides e dedicar-me exclusivamente às minhas atividades profissionais e à família. Reparei agora que a última publicação que aqui tinha feito, foi em Dezembro de 2022, aquando da tentativa de separação de várias freguesias no concelho de Águeda, entre elas Recardães e Espinhel. Nessa altura, todas as propostas de desagregação feitas no concelho foram aprovadas, à honrosa exceção da nossa. Assim, estas eleições autárquicas que acabamos de realizar, foram as primeiras após essas alterações. Depois dos resultados alcançados no dia de ontem, convém fazer algumas reflexões.  A primeira é que há uma tendência generalizada de o concelho e o país virarem à direita. A esquerda não está a conseguir reinventar-se e, como em pol...

UFRE corre o risco de desaparecer

A Assembleia de Freguesia de Recardães e Espinhel, aprovou uma proposta de desagregação da União das Freguesias.  Trata-se de uma decisão tomada por maioria, com votos a favor dos membros do PS e do CDS e com duas abstenções do lado do PSD. O executivo deixou claro que era contra esta decisão, mas a assembleia não teve a mesma opinião, o que não deixa margem ao executivo que não seja cumprir aquilo que ali foi decidido. Trata-se de um primeiro passo de um percurso, que ainda terá de passar por várias fases, começando pela submissão a votação na Assembleia Municipal e ainda pela Assembleia da Republica. Independentemente do desfecho final, fica claro que ambas as Freguesias são contra esta agregação. Aliás, acho que a votação acaba por ser escassa, perante o ambiente de descontentamento que se vive no seio da população. E não é uma simples opinião, pois o líder da "bancada socialista" teve oportunidade de frisar que auscultou a população e foram arras as opiniões favo...

Novos tempos, questões antigas

 Hoje consegui recuperar o acesso a este blogue, pois há muito tempo não sentia nem motivação nem disponibilidade para estas lides. Confesso que por vezes nem é falta de assunto, mas deve-se a um certo distanciamento programado e escrupulosamente cumprido. Passaram quatro anos em que fui resistindo à tentação de me intrometer na vida autárquica, embora poucos achassem que isso seria possível. Após todo este tempo, tenho reparado que existe uma certa "apatia" em volta dos velhos assuntos que continuam por resolver. Talvez o caso mais gritante seja o do tão proclamado "Centro Interpretativo do Arroz", na antiga Escola Primária em Espinhel. Depois de terem gasto mais de 50.000€ do nosso dinheiro, continua "às moscas" e sem ver a luz do dia. Naturalmente alguns foram resolvidos, como foi o caso da Rua da Fonte na Piedade, o Largo da Junta em Espinhel, a casa da Tia Graça em Casal de Álvaro e as casas de banho no Parque da Pateira. Talvez esta apatia se deva à ...

Barcos electricos na Pateira

Passados todos este meses (anos), hoje apeteceu-me voltar à escrita neste blogue. E isto vem a propósito de uma noticia vinculada no Jornal da Bairrada, de que existe um projeto para colocar barcos de recreio a energia solar na Pateira. Segundo o jornal, o projeto “Gaivotas Solares” já tem parecer positivo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), para navegar nas águas da Pateira a partir de julho. Convém  lembrar que este projeto foi proposto por mim em 2015, no âmbito do orçamento Participativo do concelho de Águeda. Logo aí, o ICNF tinha dado parecer positivo ao projeto, embora com algumas condicionantes, temporais e de rotas. Mas alguém da Câmara Municipal de Águeda, achou o projeto descabido e, sem nunca ter falado comigo, rejeitou-o, nunca tendo demonstrado os fundamentos. Desde essa altura que eu disse que, um dia, alguém ia apresentar essa ideia e que aí queria ver qual seria o parecer da Câmara. Por isso, vou aguardar as próximas notic...

Casal de Álvaro e o seu foral

Quando, em 2014, fomos confrontados com a celebração dos 500 anos do Foral de Casal de Álvaro, alertei para a falta de rigor que essa data configurava. Por todas as informações recolhidas na altura, era óbvio que se tratava de um "erro grosseiro" para o qual nunca encontrei explicação. Embora ache que na altura a autarquia acabou por reconhecer o erro, era tarde de mais e não fazia sentido alterar o programa das comemorações. Correi tudo muito bem, a festa foi bonita e a população, de um modo geral, ficou satisfeita com o desenrolar das comemorações. No entanto, cabe-me agora voltar a lembrar que a data correcta é mesmo 30 de Dezembro de 2019.  O nome de Casal de Álvaro deverá ter origem no nome de Álvaro da Cunha, senhor de Pombeiro (da beira).  Este fidalgo (filho de D. Leonor Teles (que foi depois rainha de Portugal por casamento com D. Fernando) e de Lourenço da Cunha, tambem ele senhor de Pombeiro, terá nascido já depois do divorcio entre sua mãe e ...

O que é preciso é calma - Versão 2019

Nos últimos tempos as coisas tem andado tão calmas que nem há motivo e/ou motivação para escrever alguma linhas. Talvez esta calmaria traduza a verdadeira essência da "coisa". A maioria da nossa gente contenta-se com a sua rua e/ou a sua valeta ajeitada. É isto que é preciso cuidar. Não vale a pena ter ilusões. Só o tempo pode alterar esta nossa condição. Não vejo força nem motivação para reivindicar mais obras, mais desenvolvimento ou mais autonomia. Somos um povo resignado. Tristemente resignado. Ao nosso lado vemos outras freguesias a desenvolver-se. Pessoal a trabalhar nas ruas todos os dias. Ruas, jardins, passeios, etc. Qual será o segredo? Para esses há dinheiro. Há máquinas. Há materiais. Qual é a diferença? Prometeram-nos "mundos e fundos". Íamos ser a segunda maior "freguesia" do concelho. Íamos ter máquinas , pessoal, influência, etc, etc, etc. E agora? Qual é o problema?  Sei que não deve ser fácil. Mas não foi por falta de aviso. A...

Uma surpresa - ou talvez não

Já há algum tempo que não venho aqui tecer os meus comentários sobre a actualidade da nossa terra. E, na minha ausência, muita coisas aconteceram: umas boas, outras nem por isso. Ao fim de quase 20 anos, finalmente vimos a Rua da Fonte, na Piedade, asfaltada (já não era sem tempo). Quanto à famosa "Vala do Morangal", tambem na Piedade, junto à qual já aconteceram vários acidentes, não percebo muito bem a solução encontrada. Se por um lado, o alargamento da estrada, com a deslocação da vala mais para dentro dos terrenos, e a colocação do lancil, dão mais segurança aquele troço, já a opção de colocar aquela tubagem para passagem da água parece-me claramente insuficiente. Tambem não percebo como é que anteriormente existia tanta exigência no tipo de construção e do material a usar, agora aparece esta solução de entubar parte daquele troço da vala, obstruindo a passagem da água. Assim que vierem as chuvas, não estou a ver aquilo a resistir à passagem da água e dos detritos. ...