segunda-feira, 23 de julho de 2018

Incêndio nas margens da Pateira

No passado sábado fui alertado, pela chamada de um amigo, de que havia um incêndio para os lados da Pateira em Espinhel. Como não estava nesta zona, aproveitei para ligar ao meu irmão e saber onde era e qual a dimensão do incêndio. Afinal era na zona do "Adouro", já em terras de Óis da Ribera.
Pelos vistos o fogo era de pequena dimensão e a rápida intervenção dos meios de combate, dominaram rapidamente o incêndio.
Não sei qual terá sido a origem, talvez uma queimada, ou algo mais "abusivo",  terá saído de controlo e alastrar às redondezas.
Mas o que me leva a escrever sobre este assunto e o perigo que existe naquela encosta. Terrenos abandonados, sem qualquer limpeza. Uma floresta descontrolada, com um misto de vegetação sem qualquer ordenamento nem limpeza. 
Um dia destes é mesmo a sério e não há meios de combate que nos acudam.
  

segunda-feira, 2 de julho de 2018

A Festa da Pateira e o Dia da Freguesia

Já  varias vezes aqui fiz referencia à importância que tinha o segundo domingo de Julho para a Freguesia de Espinhel, mas nunca é demais relembrar.
No tempo em que em redor da Pateira se faziam bailes e festas populares, um pouco por todo o lado, em Espinhel, no segundo domingo de Julho,  as pessoas reuniam-se nas margens do nosso "ribeiro", com os seus farnéis, por ali conviviam e merendavam. Os mais novos faziam um recinto, vedado com acácias, pois o dinheiro do bilhete era preciso para pagar ao "jazz" e não se podia facilitar. Ali dentro dava-se um pezinho de dança, tentava-se um "engate", que quando corria bem, podia alargar-se depois para as imediações.
Era um fim de semana de festa e todos se orgulhavam do seu baile ser melhor que o do vizinho.
As coisas foram mudando e as Festas da Pateira foram deixando de ter aderência e foram acabando um pouco por toda a zona ribeirinha. Em Espinhel, a ultima Festa da Pateira, penso que foi realizada em 1997 ou 1998.
Alguns anos depois, a Junta de Freguesia "pegou na data" e começou a comemorar o Dia da Freguesia. Foram anos de "expansão", a festa foi ganhando cada vez mais adeptos, chegando a alcançar perto de um milhar de participantes.
De manhã realizava-se o ciclo-turismo, dando a volta à Freguesia, depois seguia-se a Missa no parque, de seguida o almoço e, durante a tarde, havia muita animação e convívio entre todas as pessoas da Freguesia.
Era um dos momentos mais altos, e dos poucos em que as pessoas se encontravam durante o ano, já que a Freguesia é muito dispersa.
Com esta coisa da agregação, as coisas parecem estar a esvaziar-se um pouco. Aliada à constante alteração de datas, passando pela desistência do ciclo-turismo, sem que se encontrasse uma alternativa, são vários os motivos para que as coisas deixassem de ter o mesmo simbolismo e interesse de outros tempos.
Pese embora o esforço da Junta de Freguesia e de algumas associações, estamos longe de conseguir uma mobilização de outros tempos. Mas, pelo menos este ano, teremos uma festa no segundo domingo de Julho, a fazer lembrar outros tempos.
É o culminar de uma "Freguesia em Festa", que (quanto a mim) terá de procurar um outro formato para conseguir mobilizar as gentes destas duas freguesias tão grandes e tão dispersas.