sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Este é um país fantástico

Já dizia Júlio César, antigo imperador romano (100-44 a.C): "Há nos confins da Ibéria, um povo que nem se governa nem se deixa governar".
Este é realmente um povo incomum. Depois de uma época de extrema austeridade, em que o povo saiu à rua varias vezes em protesto, em que a classe média perdeu muito do seu poder de compra, em que muitas famílias perderam as suas casas, os seus filhos emigraram em busca de alternativas, eis que, este mesmo povo, decide continuar este caminho que tanto (aparentemente) lhe tinha custado a percorrer. 
Acredito que este povo tenha a esperança de que tenha valido a pena, e que a partir de agora, o caminho seja mais suave e, talvez um dia, lhe devolva uma melhor qualidade de vida. 
Mas eis que uma classe privilegiada, não tocada por esta austeridade avassaladora, não compreendeu o que se passou ao fim de todo este tempo. Uns, empolgados com os resultados (acho que nem mesmo eles os esperavam), acham que tudo continua na mesma e não tem que alterar a linha de rumo seguida até aqui. Outros, não perceberam que não conseguiram aquilo que parecia óbvio, e "ressaibiados", tentam iludir-se, querendo transformar uma derrota em vitória.
Esta, já longa, introdução serve para expor aqui uma solução que me parece tão óbvia, que às vezes me sinto um "perfeito anormal".
Então o(s) partido(s) que ganharam as eleições não tem o dever de formar um governo? Não é a eles que cabe encontrar uma solução estável para tentar levar esta legislatura até ao fim? Se é isso que diz a constituição, então que o façam. E que o façam o mais rápido possível. E que o façam sem grande alarido, sem ameaças e de boa-fé. Eles também tem de perceber que tem de fazer cedências. Assim como quem ficou em segundo lugar, não pode querer impor o seu programa na totalidade. Tem de saber ceder também. Só assim se poderá chegar a uma solução rápida e duradoura.
Se não conseguirem, então que se passe para a solução seguinte. Que se chame o segundo mais votado e que seja ele a propor uma solução igualmente estável.  Mas não é isso que se está a passar. Parece que todos se querem atropelar e fazer tudo ao mesmo tempo. Negociar à esquerda e à direita ao mesmo tempo, para ver que dá mais.
Se o bom-senso fizesse parte das qualidades desta gente, já tinha saído dali uma solução. Mas parece que o interesse dos partidos se sobrepõe ao interesse do país e, quando assim é, estamos realmente nas mãos de gente de muito fraca qualidade.


sábado, 10 de outubro de 2015

Assembleia de Freguesia: As inconformidades do costume...ou nem por isso

Desde a primeira hora que foi acusado de ter "excesso de zelo" e querer complicar o exercício do poder.
Como se costuma dizer, "não há uma segunda oportunidade para causar uma primeira impressão". E provavelmente terá sido isso que aconteceu.
Na altura da tomada de posse dos órgãos autárquicos, chamei à atenção para uns "pormenores" que não tinham sido cumpridos. Enquanto o Presidente da Junta, presidia ainda à assembleia, esta ficou por alguns instantes com 13 elementos, o que não era possível. Primeiro o Presidente da Junta teria de se retirar para a mesa do executivo e só depois "subia" outro elemento para o seu lugar. Mas a coisa passou assim e ninguém fez grande questão com isso. E isto já era uma questão que eu tinha levantado no mandato anterior, pois aconteceu exactamente a mesma coisa.
Agora, na penúltima sessão, o Presidente da Junta não compareceu e não delegou a sua função num dos seus colegas de executivo conforme manda a lei. Fiquei surpreendido em ver um vogal no lugar do presidente, pois isso não era habitual, embora a actual lei o permita. Mas a Presidente da Mesa não esclareceu qual dos elementos substituía o Presidente da Junta, embora fosse claro qual era, mas apenas pela posição que ocupava na mesa.
Na ultima Assembleia tive o cuidado de fazer jus à minha fama e alertar para mais esta inconformidade.O Presidente da Junta bem tentou arranjar uma desculpa dizendo que podia delegar em qualquer um dos outros membros, mas a lei é clara: 
2 — Compete ainda ao presidente da junta de freguesia:
.....
b) Proceder à distribuição de funções pelos restantes
membros da junta de freguesia e designar o seu substituto
nas situações de faltas e impedimentos.
É claro que não vem nenhum mal ao mundo por isso, mas há mínimos que se devem cumprir. Alguns dirão que; se fosse noutro tempo "caía o carmo e a trindade". Mas o que é certo é que fui o único a pensar no assunto e a dar pelo  lapso. Acredito que depois disto, pelo menos esta inconformidade não voltará a acontecer.
Outro dos "lapsos" que vejo acontecer frequentemente é o facto de vários membros da Assembleia misturarem os assuntos e falarem fora de tempo, sem que ninguém lhes chame à atenção. O período antes da ordem do dia serve para colocar questões novas, assuntos que não estejam relacionados com a ordem do dia, nomeadamente com a informação do Presidente da junta sobre o trabalho de executivo e a situação financeira. Mais uma vez, fiz o papel de "implicativo" e alertei para esta "balburdia" que se agrava de sessão para sessão. Acredito que, a partir de agora, também a Presidente da Mesa tenha mais atenção a estas situações.
Bem, já que tenho a fama, que ao menos tenha o proveito de contribuir para uma melhor produtividade nas assembleias. Que me perdoem os meus parceiros de bancada.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Cruzamento na Piedade continua um perigo

A situação do cruzamento da Piedade, na EN333, continua por resolver. As entidades, que podem e devem fazer qualquer coisa, "chutam" uns para os outros e a situação mantém-se na mesma. Para alem de mandarem a GNR colocar lá o radar de velocidade para multar os infractores, não se conhece nenhuma medida para controlar a velocidade e fazer respeitar as passagens de peões.
Já em tempo sugeri que fossem colocadas "lombas" para obrigar os condutores a diminuírem a velocidade. Rapidamente vieram os entendidos dizer que não era permitido fazer isso numa estrada nacional. Contrapus, dizendo que em Oiã, em frente à clínica, também lá existem lombas e é exactamente a mesma EN333. 
Cheguei também a sugerir que se marcasse a estrada com uma cor diferente, pois é uma das soluções mais económicas para sinalizar zonas de perigo e parece que surte bastante efeito.
Isto para não falar dos semáforos de velocidade, que sendo a solução mas dispendiosa, seria provavelmente também a mais eficaz.
Já há histórico de vários acidentes, alguns deles com gravidade, nesta zona. Cheguei a enviar algumas fotos para a Câmara Municipal a comprovar isso mesmo e a sugerir as várias soluções possíveis. Mas passados quase seis anos, tudo continua nas mesma.
Será que é preciso morrer lá alguém para, de repente, aparecerem os semáforos, como aconteceu na Mourisca, em Serém ou em Mamodeiro?

domingo, 4 de outubro de 2015

Rua da Ponte sempre vai ser alargada

Felizmente sempre houve acordo para alargamento na Rua da Ponte, em Espinhel, junto ao adro da Igreja.
Depois de algumas tentativas goradas de acordo com o proprietário, finalmente as obras de alargamento já se iniciaram. Este alargamento vai permitir melhorar o tráfego, a visibilidade para os peões e também o estacionamento.
Ainda sem saber os pormenores das condições da "negociação", cabe-me elogiar a boa vontade das partes para se chegar a um entendimento. Quando há dialogo e bom-senso, tudo se arranja.
Parabéns a todos.