quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Gravação das Assembleias de Freguesia

Após seis anos a bater-me pela transparência do que se passa nas Assembleias e pela facilitação de quem redige as actas, eis que finalmente consegui ver esta medida aprovada.
Para quem não está habituado a estas coisas, pode parecer insignificante mas, quem para está envolvido, isto pode fazer toda a diferença.
Já há muitos anos que as Assembleias Municipais no nosso concelho são gravadas. Nos últimos anos, para além da gravação audio, são tambem transmitidas via internet e assim passam a ficar gravadas em audio e video. Isto é uma mais valia e uma forma de abertura a toda a população que não tem hipótese de ir às Assembleias. Mas nas freguesias, que eu saiba, as gravações audio não são feitas de forma regular. Isto causa muitas duvidas na discussão e aprovação das actas, pois não é fácil que, passados três meses, as pessoas se lembrem de tudo o que se passou na assembleia anterior.
Se tudo correr como combinado, hoje teremos a primeira Assembleia de Freguesia com gravação audio oficial. Vai ser na Piedade, na sede da ARMEP, pelas 21.30h, e tem apenas um ponto na Ordem do Dia (para alem da informação do Presidente da Junta) relativo a mais uma revisão do orçamento. No entanto, no período "Antes da Ordem do Dia", não faltarão assuntos para debater o estado da Freguesia.
Apareçam!


sábado, 5 de setembro de 2015

Passagem de herbicida deixa cenário desolador nas valetas

As Juntas de Freguesia tem optado, de uma forma geral, pela aplicação de herbicida químico para matar as ervas nas valetas.
Nunca fui grande apologista desta solução para as valetas dentro das localidades. Para mim só tem desvantagens. Custa dinheiro, ainda mais agora com novas exigências da legislação. Tem de ser aplicado por técnicos habilitados, o que nem sempre acontece. É prejudicial à saúde (por mais que digam que não, o que é certo é que até é obrigatório colocar editais para avisar da sua aplicação). É prejudicial ao meio ambiente e, ainda por cima, deixa um cenário desolador alguns dias depois. As ervas, muitas com meio metro de altura, ficam secas mesmo em frente às casas, o que não é nada agradável de ver. Se, pelo menos, passassem depois a limpar o "lixo" que fica, ainda a coisa passava quase despercebida. Mas assim fica um cenário desolador.
Há já sistemas deservagem não-química no mercado. No Orçamento Participativo de 2015, em Águeda, há mesmo uma proposta para aquisição desse equipamento a titulo experimental. Eu acho que, pelos menos dentro das localidades, a enxada ainda é o sistema mais ecológico e prático. Se dá trabalho, lá isso dá. Mas qualquer dos outros sistemas também dá trabalho e é mais prejudicial para todos. 
O Presidente da Junta disse recentemente, que gostaria de aplicar um herbicida mais eficaz (passe a publicidade) ...o da Cimpor. Queria ele dizer que gostaria de cimentar mais valetas de forma a que as ervas deixassem de ser um problema. Mas, segundo ele, o dinheiro não chega para tudo e por isso vai aplicando do tal herbicida químico. 
A minha sugestão é que, pelo menos dentro das localidades, evitem colocar químicos, ou se os tiverem de colocar, pelo menos limpem as ervas antes ou depois da sua aplicação. E vejam os sistemas disponíveis no mercado que não poluam tanto e não deixem este triste cenário nas nossas aldeias.
Quanto ao tal "herbicida" da Cimpor (ou de outra marca), façam bem as contas e vejam quanto custo ao longo de quatro anos a colocação dos herbicidas e vejam para quanto km de valetas dariam para fazer.